FEDERAÇÃO PARAGUAIA SAI EM DEFESA DE BOBADILLA E PROMETE BRIGAR POR "INTEGRIDADE DO JOGADOR" | OneFootball

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·29 de maio de 2025

FEDERAÇÃO PARAGUAIA SAI EM DEFESA DE BOBADILLA E PROMETE BRIGAR POR "INTEGRIDADE DO JOGADOR"

Imagem do artigo:FEDERAÇÃO PARAGUAIA SAI EM DEFESA DE BOBADILLA E PROMETE BRIGAR POR "INTEGRIDADE DO JOGADOR"

Volante durante partida pela sua seleção nas Eliminatórias (Ernesto Ryan/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo


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O caso Bobadilla ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (29), com a divulgação de uma nota oficial da Associação Paraguaia de Futebol onde o volante é defendido das acusações feitas de que ofendeu de forma xenófoba o lateral-esquerdo Navarro, na partida entre São Paulo e Talleres pela Copa Libertadores, na terça-feira (27).

A entidade máxima do futebol paraguaio manifestou apoio ao jogador, afirmando que irá recorrer à Conmebol e à Fifa para garantir sua defesa e integridade, diante das acusações e da repercussão do caso.

A federação paraguaia considera importante proteger seus atletas em situações que envolvem disputas internacionais e possíveis sanções esportivas. O texto ainda elogia Bobadilla e o descreve como um "ótimo profissional e de excelente índole" (leia o texto completo abaixo).

A Polícia Civil agendou o depoimento do volante Bobadilla sobre a acusação de xenofobia para a próxima sexta-feira (30), na Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva).

Investigadores estiveram na tarde de quarta-feira (28) no CT da Barra Funda para entregar a intimação ao jogador, que já tinha ido embora após reunião privada com a diretoria do Tricolor.

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, outros jogadores do São Paulo devem ser intimados a comparecerem para prestarem depoimento como testemunhas de defesa de Bobadilla na acusação de ter ofendido o lateral-esquerdo Navarro, do Talleres, de forma xenófoba.

Isso porque o venezuelano do clube argentino tem duas testemunhas que compareceram na delegacia e prestaram depoimento favorável à vítima. Além dos próprios policiais militares, que deram testemunho favorável a Navarro.

A confusão começou aos 41 minutos do segundo tempo, enquanto o São Paulo comemorava o segundo gol. Bobadilla e Navarro discutiram. O jogador do Talleres ameaçou deixar o jogo e chegou a chorar, literalmente. Acabou consolado até mesmo por jogadores do Tricolor e pelo árbitro.

Navarro e outros integrantes do elenco e comissão técnica do adversário foram até o posto da Polícia Militar no Morumbi relatar o ocorrido e denunciar o paraguaio do Tricolor.

Após a partida, Luciano foi o primeiro a ir de encontro a Bobadilla e tirou o paraguaio de campo correndo para evitar maiores problemas.

A PM chegou a ir ao vestiário do São Paulo para colher o depoimento de Bobadilla, mas o jogador deixou o estádio tão logo saiu de campo.

Após a partida, o jogador do Talleres foi às redes sociais e contou sobre o ocorrido.

"Quisera poder ter em minhas mãos a solução para o problema de fome pelo qual passa o meu país. Espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Mas não creio que pode se fazer muito contra a pobreza mental", escreveu.

"Nunca me envergonharei das minhas raízes, irei até as últimas consequências frente ao ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil com Bobadilla", completou.

"A vítima, que é o Navarro, foi encaminhada à delegacia, ouvimos ele. Falou que ouviu essa frase em espanhol do Bobadilla. Duas testemunhas confirmaram a versão da vitima. O árbitro disse que não presenciou nada do ocorrido, só antes ou depois do episódio. Os policiais militares foram ouvidos também. Agora precisamos ouvir o Bobadilla. É importante. Precisamos confrontar o que ele tem a dizer com o que já tem no inquérito policial", completou o delegado Baptista.

Vale lembrar que no grupo do São Paulo da Libertadores teve um exemplo de jogador punido (por quatro meses) pela Conmebol por xenofobia: Pablo Ceppelini, do Alianza Lima.

Segundo a Conmebol, o jogador uruguaio infringiu o artigo 15.1 do código disciplinar da entidade, que proíbe qualquer atitude que "menospreze, discrimine ou atente contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas por motivos de cor da pele, raça, religião, origem étnica, gênero ou orientação sexual".

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