AVANTE MEU TRICOLOR
·16 de fevereiro de 2025
FERROLHO TRICOLOR: São Paulo reforça marcação, perde criatividade, mas segura Palmeiras e empata sem gols
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·16 de fevereiro de 2025
Luciano disputa bola com Estêvão (Agência Paulistão)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
Ataque contra defesa.
De uma maneira bem singela, assim poderia ser resumido o empate sem gols entre Palmeiras e São Paulo, na arena rival, na noite deste domingo (16), pela décima rodada do Campeonato Paulista.
Mas sejamos justos. De certa forma a maior das preocupações dos torcedores tricolores era quanto à disposição defensiva da equipe nos últimos jogos. Em clássicos, então, a derrota para o Santos seguia viva na memória.
E foi pensando nisso, talvez, que o técnico Luis Zubeldía surpreendeu na escalação desta noite. Sob a desculpa do gramado sintético, sacou Lucas e Oscar dos 11 iniciais e armou o time com três zagueiros. E o que se viu foi um São Paulo bem postado defensivamente e nulo no ataque.
Pelo menos no primeiro tempo, onde o rival também não conseguiu articular seu jogo e a pasmaceira (e as faltas) tomaram conta.
Parecia que a noite ia ser de total desânimo, mas as coisas melhoraram na etapa final. Quando salvo uma chance de Lucas, o São Paulo realmente virou ferrolho total ante um Palmeiras que cresceu de produção e apareceu com mais intensidade no ataque. Mas Flaco López perdeu duas chances claras (uma delas defendida em milagre de Rafael) e eles perdem pontos importantes para alcançar o objetivo de chegar ao mata-mata.
Já classificado às quartas de final, o São Paulo agora depende só de si para liderar o Grupo C e ter a vantagem do mando de campo. Tem 16 pontos, quatro a mais que o Novorizontino. A posição pode ser consolidada às 21h35 (de Brasília) da quarta-feira (19), contra a Ponte Preta, no Morumbi,.
A própria esquematização tática do São Paulo mostrava que o dia ia ser de muita pasmaceira na arena do rival. Com três zagueiros e sem meias-atacantes de ofício, o primeiro tempo mostrou um jogo extremamente picado, com os dois times tendo muita dificuldade em articular a bola e furar as defesas.
Isso, claro, descontando um pouco o jogo são-paulino, que sem ter como infiltrar pelo meio e sem criatividade para organizar seu jogo a partir do meio-campo, buscava explorar a bola em profundidade pelos lados do campo.
Não deu certo, mas a disposição ofensiva parecia pouco importante ante a proposta tricolor de reforçar sua maior deficiências na temporada até aqui: o espaço entre linhas e a exposição da zaga ao ataque adversário.
Sorte no jogo, azar no amor: o São Paulo encaixotou o Palmeiras, certo, mas era inofensivo no ataque. E o primeiro tempo foi de uma partida sem nenhuma emoção.
Para não dizer que não falamos das flores, aos 43 Luciano arriscou um chute de fora da área, na única chance efetiva do Tricolor no jogo.
Na volta do intervalo, a conjunção de um Palmeiras que precisava do resultado para não dar adeus ao Paulistão logo na primeira fase, com um São Paulo que sentiu o surgimento dos espaços para articular, melhorou o jogo por completo.
Tá certo, eles foram melhores, criaram uma excelente oportunidade aos 11, com Flaco López desviando de cabeça livre um cruzamento na medida. Mas o São Paulo conseguiu uma resposta rápida: cinco minutos depois, Lucas, que entrara em campo, ficou com um desvio errado de Mayke, invadiu a área e bateu cruzado rasteiro com perigo para Weverton.
Poderia ser o indício de um toma lá de cá, mas o que se viu foi o rival entendendo melhor as coisas em campo e conseguindo construir em cima dos buracos que surgiram no ferrolho tricolor.
E depois de Gustavo Gómez desviar de cabeça no veneno uma cobrança de escanteio, foi a vez de Flaco López, de novo, perder excelente chance clara de abrir o placar. Quer dizer, mérito de Rafael. Aos 26, Estêvão fez boa jogada individual pela direita tabelando com Aníbal e alçou para o atacante testar firme e o arqueiro tricolor fazer milagre para impedir o gol.
O tempo foi passando e o São Paulo seguia se segurando como dava. Mas apesar do ímpeto, as chances concretas rarearam e empate foi selado. Somando o quarto jogo seguido do Tricolor sem vitória. Mas, ao menos hoje, sejamos francos: ninguém se importa, não é mesmo?