Festa, discursos e confiança: Corinthians divulga bastidores de título da Libertadores Feminina

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Central do Timão

·23 de outubro de 2025

Festa, discursos e confiança: Corinthians divulga bastidores de título da Libertadores Feminina

Por Vinícios Cotrim | Redação da Central do Timão

Pela sexta vez na história, o Corinthians foi campeão da Libertadores Feminina, em jogo dramático com o título decidido na última penalidade batida. Na última quarta-feira, 22, o clube divulgou os bastidores da conquista, iniciando pelo pré-jogo com declarações de três destaques da competição: Lucas Piccinato, Gabi Zanotti e Nicole.

O treinador foi quem iniciou falando. “Uma trajetória com algumas dificuldades a mais, no quesito adversários muito competitivos na primeira fase; um grupo que imaginávamos ser muito forte e que, ao enfrentar aqui, se mostrou ainda mais forte do que esperávamos. Não começamos bem a competição. Iniciamos com um empate amargo diante do Independiente del Valle, em um jogo no qual não conseguimos ter eficiência. Mas tivemos muita sobriedade para buscar esse título a partir do segundo jogo”, disse o comandante.

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“Fizemos dois grandes jogos de mata-mata (diante do Boca Juniors, da Argentina, e da Ferroviária), uma goleada contra uma equipe local e outra partida contra uma equipe brasileira, sabendo o quão difícil isso é”, completou.

Foto: Reprodução/Corinthians TV

Gabi Zanotti foi a artilheira do Corinthians e da competição, dando valor para a experiência no time. “A palavra que define a nossa trajetória nessa Libertadores é ambição, porque, sem dúvidas, esta é a edição mais especial para o Corinthians, já que garante vaga no Mundial de Clubes, e isso sempre foi a nossa missão desde 2018, quando traçamos algumas metas”, ressaltou a camisa 10.

Mesmo com histórico positivo nos pênaltis, Nicole não precisou fazer defesas durante o jogo, mas antes da decisão falou sobre a dificuldade da competição e a cobrança interna do elenco.

“Para mim, o jogo mais difícil é sempre a estreia. Acho que a gente sente um pouco o gramado, o clima, os adversários. Estamos nesse momento de adaptação inicial à competição. Acho que é sempre um jogo difícil. Este ano foi difícil, ano passado foi difícil, mas eu acho que, com muita cobrança e vontade das meninas, a gente não se deixou abalar por isso. Essa vontade de continuar vencendo fez toda a diferença”, enfatizou a arqueira.

Foto: Staff Images Woman/Conmebol

As jogadoras chegaram ao estádio com muita animação, cantando música da torcida alvinegra. No vestiário, o clima foi descontraído, mesmo com a concentração que logo foi cobrada por Lucas Piccinato na preleção.

“Estão ansiosas? Eu também! O momento em que a gente perder, isso fod**. É uma ansiedade boa! […] A reflexão de tudo que a gente já falou dentro da competição, para fechar essa última partida; tudo que a gente já construiu com a carreira individual de cada uma aqui; tudo que a gente passou para viver momentos como o de hoje. Cada uma tem uma história bonita pra caral**”, iniciou o comandante.

“A gente tem muito hater , tem muita gente que odeia a gente, e é fato: quanto mais a gente crescer na modalidade, quanto mais a gente crescer como jogadora, mais gente vai querer ser contra a gente. Mas olha quanta gente ama a gente, e é por elas que a gente vai jogar hoje. É pelas pessoas que a gente ama, é pelas pessoas que estavam com a gente no nosso pior momento da temporada. São por eles, pelos 30 milhões de corinthianos que estão torcendo pela gente lá no Brasil. Essa tem que ser a mentalidade!”, completou.

Na sequência, ele exaltou a união do elenco nesta temporada pela busca de todos os títulos possíveis. “Em Santana de Parnaíba (contra o São Paulo, pela Copa do Brasil), a gente fechou uma roda, e eu falei: ‘Se a gente ficar junto, a gente vai ganhar a Libertadores’. E, no último jogo, provou que a gente está junto. A gente saiu uma dando a mão para a outra. Quando a Jaque perdeu o pênalti (contra a Ferroviária), todo mundo foi lá e deu a mão, porque a gente sabia que a próxima ia fazer. E esse é o espírito que vai fazer a gente sair campeão daqui. Se uma errar, a outra vai consertar. Todo mundo correndo por todo mundo”

Foto: Reprodução/Corinthians TV

O Corinthians converteu todos os pênaltis, com Gabi Zanotti, Vic Albuquerque, Thais Ferreira, Mariza e Jhonson, nesta ordem. O Deportivo Cali perdeu uma as cobranças, acertando o travessão, após pressão feita pela goleira Nicole na jogadora adversária.

Decisiva durante todo o campeonato, Gabi Zanotti foi exaltada como a melhor jogadora da competição, com o prêmio Rainha da América, pela segunda vez consecutiva. O torcedor Valter Berg, que acompanha o time feminino de forma fervorosa, elogiou a camisa 10.

“Ela merece ser a Rainha da América de novo, vai ser a artilheira, e a gente fica impressionado com ela. Aos 40 anos, correndo muito no jogo contra o Boca, eu falei: ‘Calma, Zanotti, você não vai aguentar’. E não adiantava, ela estava em todos os lugares do campo. É incrível, mas ela se cuida também, né? Merece muito, é um amor de pessoa e joga muito!”, disse Valter Berg.

Confira os bastidores na íntegra:

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