Jogada10
·01 de setembro de 2025
Festa excessiva traz Flamengo de volta à realidade

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·01 de setembro de 2025
O clima de alucinação que tomou conta de todo o Flamengo, acabou sendo decisivo para os dois pontos perdidos para o Grêmio no Maracanã, no empate de 1 a 1 que mostrou a verdadeira face do Rubro-Negro que o mundo do futebol tenta transformar na maior equipe do planeta, e que está distante disso, notadamente com um treinador que é limitado. O Rubro-Negro terá dificuldade para brigar pelo título, como esta coluna já havia previsto faz tempo.
O Flamengo é apenas um participante do Brasileiro, ao contrário do que tanto se fala. E a possibilidade de desperdiçar muitos pontos – dada também a tabela complicada que terá pela frente – daqui para frente é real.
O Grêmio correspondeu às expectativas, lançando um esquema defensivo teoricamente intransponível. E foi, aos poucos, dificultando cada vez mais a possibilidade de oferecer espaço ao Flamengo. O time carioca, começou em alta velocidade, com a certeza que o jogo era uma continuidade da goleada sobre o Vitória.Mas com 10 minutos já estava evidente que seria necessário muita imaginação para superar a barreira gaúcha.
O Rubro-Negro não criava oportunidades e ainda corria o risco de sofrer contra-ataques, o que deixava a partida sem emoções, pois se a equipe tricolor mantinha a retaguarda fechada, também não ameaçava, e o da casa repetia aquele futebol habitual, com dezenas de passes para os lados, sem oferecer perigo ao Grêmio.
O público diminuiu a euforia inicial, e começou a perceber que estava diante de outro jogo, levando-se em conta que a quantidade de gente que vai hoje ao Maracanã e que não têm muita noção de futebol é enorme. Com meia hora, fico claro que uma vitória pelo placar mínimo seria ótima. Aos 40, surgiu enfim uma chance: Arrascaeta deu a Pedro, que bateu em cima do goleiro. Aos 41, puxeta de Pedro, que Noriega evitou na linha. O drama, previsto pelo oba-oba provocado pela mídia e por torcedores ignorantes, exibia a sua cara. O problema do Flamengo é que o treinador escala, arama, substitui e justifica mal, e teria partir dele, Filipe Luis, a tarefa de resolver a questão.
Não ocorreram mudanças no intervalo. O Rubro-Negro retornou tentando pressionar, mas é fato que o quadro geral era o mesmo, ou seja, o time com a bola, esbarrando na retranca de Mano Meneses, que já parecia mais preocupado em evitar a derrota que buscar a vitória. A felicidade – até ali – é que o time carioca conta com um gênio chamado Arrascaeta, que aos sete minutos tabelou com Pedro e criou um espaço para bater como sé craque faz, e acertar o canto esquerdo de Thiago Volpi: 1 a 0. O que se esperava, a partir de então, qual seria a iniciativa do técnico do Grêmio, pois o resultado já não lhe interessava. O Flamengo trocou Plata por Luiz Araújo. E a equipe gaúcha mudou Cristian Olivera e Braithwaite por respectivamente Aravena e Cristaldo, o que, teoricamente, ampliaria o seu poder ofensivo.
Aos 25, o Grêmio lançou Pavón e passou a arriscar os ataques, e como sempre ocorre, o Rubro-Negro, mesmo com mais espaços, não conseguia decidir, até porque o ritmo já baixara demais, daí as entradas de Évertton Araújo e Bruno Henrique, saindo La Cruz e Pedro. Não se tira Pedro de campo.
O Grêmio resolveu partir para o tudo ou nada. Aos 37, Pavón levantou, a bola bateu na mão de Ayrton Lucas, e o árbitro marcou o pênalti. Thiago Volpi, sim, o goleiro, cobrou sem problemas e igualou: 1 a 1. O fim de jogo do Flamengo foi lamentável: o time carioca no bagaço, confuso, errando passes, sem força para reagir. O pior é suportar os elogios absurdos e e presença de Filipe Luis como técnico, o que ocorrerá enquanto o Rubro-Negro não se distanciar da ponta, no Brasileiro, e for eliminado na Libertadores.