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·13 de novembro de 2025
Flamengo lamenta punição e reforça alerta interno após julgamento de Bruno Henrique

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O Flamengo deixou o julgamento de Bruno Henrique no STJD com uma mistura de alívio e frustração. O clube comemorou a absolvição no artigo 243-A, que tratava de possível manipulação esportiva, mas lamentou a multa de R$ 100 mil do artigo 191. Internamente, a avaliação é de que o caso termina com impacto para a imagem do jogador e para o Flamengo.
O vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Flávio Willeman, destacou que a punição financeira mantém um ponto de discordância no STJD. Ele reforçou que o clube respeita o Tribunal, mas não considera a decisão ideal.
“Digo que não saio 100% satisfeito com o julgamento, porque o atleta ainda foi punido, mas o recado que eu queria deixar, em nome do Clube de Regatas do Flamengo, é de confiança na Justiça Desportiva brasileira. Decisão judicial se cumpre ou se recorre, e o Flamengo assim o fez”, disse.
Willeman também afirmou que o Flamengo trata o caso como um alerta interno. Segundo ele, as reuniões sobre integridade esportiva serão intensificadas tanto no profissional quanto na base e no feminino. Afinal, o julgamento de Bruno Henrique deixou claro o risco de interpretações envolvendo o ambiente das apostas.
“Acho que é possível extrair algo positivo desse julgamento: o alerta para que todos os clubes informem cada vez mais os seus atletas. O Flamengo faz isso quase duas vezes por ano e continuará fazendo.”
O advogado Michel Assef Filho reforçou que o Flamengo não considera o julgamento motivo de comemoração. Para ele, o processo deixou claro que Bruno Henrique não teve conduta de manipulação, e que o STJD reconheceu essa distinção ao afastar o artigo mais grave.
“A gente não comemora decisões como essa. Não deveríamos nem estar aqui, a verdade é essa. O Flamengo entende que os atletas precisam tomar cuidado, muito cuidado, neste mundo de apostas, e por isso apresentamos anualmente tudo o que deve ser evitado”, disse o advogado do Flamengo.
A diretoria do Flamengo considera que o julgamento de Bruno Henrique no STJD expôs a necessidade de ampliar o trabalho de prevenção interna. O clube já mantém protocolos de integridade, mas entende que o episódio reforça a urgência de blindar atletas quanto ao uso de informações sensíveis, especialmente diante do ambiente de apostas esportivas.
Assef destacou que as provas apresentadas no julgamento do STJD deixaram claro que o caso de Bruno Henrique não se assemelha a nenhum episódio da Operação Penalidade Máxima, que envolvia recebimento de valores, aliciamento e acordos explícitos. Para o Flamengo, essa diferença foi essencial para afastar a acusação de manipulação.
Com a decisão, Bruno Henrique está liberado para atuar pelo Flamengo nas rodadas finais do Brasileirão e na final da Libertadores, e o clube reforça que o julgamento no STJD servirá como guia para ampliar ações educativas dentro do futebol rubro-negro.









































