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·11 de setembro de 2025

Flamengo tem estrutura à altura de clubes da NBA e NFL, afirma fisiologista

Imagem do artigo:Flamengo tem estrutura à altura de clubes da NBA e NFL, afirma fisiologista

Coordenador de ciência do esporte do Flamengo, Cláudio Pavanelli detalhou o dia a dia da fisiologia do clube em entrevista à Flamengo TV. O profissional destacou o uso de dados, tecnologia e metodologia integrada com a comissão técnica. O ponto mais forte, segundo ele, é a estrutura rubro-negra, que considera ao nível de NBA e NFL.

“Hoje a gente pode afirmar que o Flamengo tem uma estrutura de altíssimo nível que não perde para nenhum clube, seja do futebol americano, do basquete ou do próprio futebol da Europa. Mas o mais importante dessa estrutura é oferecer a esses profissionais a ferramenta necessária para eles trabalharem”, disse Pavanelli.


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O coordenador ressaltou que cada detalhe do processo é pensado para transformar dados em ferramentas para a comissão técnica. O dia a dia inclui questionários sobre sono, alimentação e outras atividades rotineiras. Após os jogos, essas atividades são aprofundadas para avaliações bioquímicas e outros exames.

"Depois do atleta responder às perguntas, tiver as primeiras coletas do dia, estar já com o uniforme, tomar o seu café da manhã ou o almoço, já vem aqui para a sala de treinamento para iniciar ou pela reabilitação, na parte da fisioterapia ou diretamente aqui no treinamento, já para preparar o seu organismo para o treinamento que vai ser realizado", afirmou Cláudio Pavanelli.

Totens no Ninho: informações diárias que direcionam treinos e prevenções

O trabalho da fisiologia começa nos totens espalhados pelo Ninho do Urubu, onde cada atleta responde a questionários sobre sono, hidratação, dores, alimentação e nível de estresse muscular. “Essas informações são geradas para a gente para ter encontros e tomar as melhores decisões para cada atleta."

Ele reconhece que a repetição pode parecer cansativa, mas é essencial para o acompanhamento. Isso porque permite alterações específicas para cada atleta no treinamento. Evitando assim que problemas ocasionais, como uma noite mal dormida, comprometam o rendimento ou se torne uma complicação maior.

A gente sabe que é todo dia uma pergunta, toda hora tem que responder, mas é fundamental. Às vezes esse atleta sentiu um incômodo ou não dormiu bem por um motivo, o filho está doente. Para a gente poder dar essa informação para toda a comissão técnica e eles tomarem a decisão."

Nos dias posteriores aos jogos, os cuidados são ainda mais rigorosos:

"Análise de variabilidade de frequência cardíaca, coleta de análise bioquímica, ver a desidratação do atleta. Ou seja, algumas informações mais precisas para serem tomadas as ações mais próximas do ideal para cada um", complementou Pavanelli.

Flamengo possui tecnologia exclusiva na América Latina

Pavanelli destacou também como a tecnologia se tornou fundamental para simplificar a rotina dentro do clube. Cada atleta utiliza um relógio integrado ao sistema do centro de treinamento, que se conecta aos aparelhos da academia. Assim que o jogador aproxima o dispositivo, a série aparece na tela do equipamento.

“Se a gente programou o treinamento, já vai aparecer exatamente o que é para ele fazer no dia, seja pela fisioterapia ou preparação física. Como eu disse anteriormente, a grande diferença é a tecnologia. A maioria dos equipamentos, aparentemente, são exatamente que a gente encontra na academia, convencionais”, explicou.

O Flamengo conta ainda com um recurso inédito na América Latina e raro até na Europa. Trata-se de um equipamento específico que simula corrida, arranque e sprint em condições controladas. Para Cláudio Pavanelli, esse tipo de tecnologia é um privilégio.

“Alguns aparelhos são específicos para atletas. Faz a realização do movimento ou de uma corrida, de um arranque, um sprint em alta intensidade. Esses aparelhos são os primeiros na América Latina. Grandes clubes da Europa, são alguns apenas que conseguiram com essa nova tecnologia", disse, antes de completar:

"A grande diferença é que você analisa a aplicação da força em todo o movimento, então em cada grau articular você tem exatamente o que está sendo realizado com a sobrecarga que eu coloco, a velocidade que você imprime o movimento”, concluiu o coordenador.

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