Trivela
·12 de agosto de 2022
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·12 de agosto de 2022
O Freiburg entra nesta edição da Bundesliga como candidato a uma vaga na Champions. Vem de uma ótima temporada e se reforçou bem no mercado. Diante das boas perspectivas, uma sinal positivo começava a surgir no Estádio Europa Park nesta sexta: com atuação segura, o clube da Floresta Negra vencia o Borussia Dortmund. Entretanto, bastou um lance para mudar a história do jogo. O goleiro Mark Flekken tomou um frangaço, o Freiburg desabou depois disso e o Dortmund arrancou para a virada nos 15 minutos finais. Os aurinegros abrem a rodada na liderança, graças ao triunfo por 3 a 1. Os jogadores que saíram do banco fizeram a diferença, em especial o garoto Jamie Bynoe-Gittens, ponta de apenas 18 anos que começa a ganhar espaço.
O Borussia Dortmund contou com a estreia de Anthony Modeste no comando de ataque, enquanto tinha o encontro de Nico Schlotterbeck contra o antigo clube. Não era problema para o Freiburg. Depois de um início equilibrado, a equipe de Christian Streich começou a tomar conta das ações ofensivas e a buscar o jogo pelos lados, especialmente com Vincenzo Grifo e Christian Günter na esquerda. O Dortmund não conseguia criar tanto e, quando encaixou um contra-ataque aos 22, Mark Flekken pegou firme a batida de Modeste. Apesar de um tiro perigoso de Rolland Sallai logo depois, os aurinegros então deram sinais de melhora e passaram a rondar mais, mas sem aproveitar as oportunidades.
No entanto, o Freiburg tinha qualidade para buscar o resultado, especialmente nas bolas paradas. Um aviso surgiu numa falta cobrada por Grifo, que exigiu a defesa difícil de Gregor Kobel. O gol saiu aos 35, na sequência do escanteio. Christian Günter cruzou, Mathias Ginter ajeitou e Michael Gregoritsch deu uma cabeçada fatal, que morreu na bochecha da rede. Não deu chances a Kobel. Os anfitriões cresceram e queriam o segundo na reta final do primeiro tempo. Grifo e Sallai incomodaram depois dos 40. O BVB parecia atordoado, sem passar de alguns arremates frouxos.
Marius Wolff entrou no lugar de Thomas Meunier na volta para o segundo tempo e o Dortmund tentava aparecer mais no campo de ataque. Andava difícil de passar pela encaixada marcação do Freiburg. A primeira boa chance veio aos 10, mas o chute de Mahmoud Dahoud saiu ao lado da trave. E a pouca produtividade ofensiva dos aurinegros deixava a equipe no limite. Quase o segundo dos anfitriões veio aos 20, quando Sallai chutou rasteiro e Kobel fez grande defesa. Gregoritsch também encontrou liberdade algumas vezes, sem caprichar na finalização. O Freiburg estava cômodo com a situação. Edin Terzic passou a acionar seu banco, com as entradas de Jamie Bynoe-Gittens aos 19, depois Youssoufa Moukoko aos 25 e então Julian Brandt aos 31.
O empate do Dortmund, aos 32, só aconteceu por um lance de extrema sorte – com contribuição patética de Flekken. O garoto Jamie Bynoe-Gittens tabelou pelo meio e arriscou o chute de fora da área. Era uma defesa simples e Flekken estava com as duas mãos no arremate. Porém, foi com os dedos moles e deixou passar. A bola subiu e traiu o arqueiro, caindo direto no gol. Um frangaço. E foi o que injetou confiança no BVB. Wolf arriscou um chute para fora e Bynoe-Gittens bateu mal diante de Flekken, antes que a virada saísse.
O lance do segundo gol, aos 39, também contou com a participação essencial dos homens que saíram do banco. Bynoe-Gittens aproveitou o espaço na entrada da área e partiu para cima, em diagonal. Acionou Brandt, que se esforçou para ajeitar a bola dentro da área. Diante do gol, Moukoko fuzilou. E, mesmo com a entrada de Daniel Kofi-Kyereh na sequência, o Freiburg desmoronou. A vitória do Dortmund se sacramentou aos 43. Wolf arrancou pela direita, deu um corte seco na marcação e chutou cruzado. O caminho estava congestionado, mas a bola morreu nas redes. A história da partida não mudaria mais.
O Borussia Dortmund começa bem a Bundesliga. Não teve uma atuação de encher os olhos nesta sexta, mas soube reagir e aproveitou muito bem o seu banco de reservas. Mais importante, derrotou dois potenciais candidatos ao G-4 neste início de campanha. Já o Freiburg fica com o gosto amargo. Era melhor em campo, até a falha de Flekken mudar tudo. Mentalmente, não é o time mais forte, como já tinha ficado expresso na reta final da temporada passada.
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