Flick se recusa a associar derrota da Alemanha a protesto por braçadeira “One Love” | OneFootball

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·23 de novembro de 2022

Flick se recusa a associar derrota da Alemanha a protesto por braçadeira “One Love”

Imagem do artigo:Flick se recusa a associar derrota da Alemanha a protesto por braçadeira “One Love”

O técnico Hansi Flick, da seleção da Alemanha, negou que os protestos contra a intolerância no Catar e a disputa legal com a Fifa tenham sido uma distração para sua equipe, que perdeu de virada por 2 a 1 para o Japão, nesta quarta-feira, em sua estreia na Copa do Mundo.

“Não. Não vamos recorrer ao uso de desculpas, isso seria muito fácil para nós”, respondeu Flick ao ser perguntado se os jogadores poderiam ter perdido o foco diante do embate sobre o uso da braçadeira “One Love” a favor da diversidade e contra a discriminação da comunidade LGBTQIA+.


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Na última segunda-feira, a Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) anunciou que o goleiro e capitão Manuel Neuer não usaria mais a faixa, apesar de ter prometido fazê-lo nos meses que antecederam a competição, por conta de uma proibição da Fifa que previa punições em campo, como a distribuição de cartões amarelos ou vermelhos.

Apenas 24 horas antes do início da partida, a entidade deu entrada em uma ação na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para tentar revogar a proibição, argumentando que a Fifa censurou o uso “de um símbolo de diversidade e direitos humanos”.

Ainda que Neuer não tenha usado a braçadeira (ao menos, à mostra), os 11 jogadores da seleção alemã taparam a boca na foto oficial antes da partida como forma de protestar contra a decisão. Simultaneamente, a DFB emitiu um comunicado que dizia: “Negar-nos o uso da braçadeira é o mesmo que nos negar a voz”.

Flick reiterou a importância desse ato e afirmou que foi “um sinal dos jogadores que mostra como a Fifa está nos pressionando”, mas rejeitou que este tenha sido o motivo da derrota.

O atacante Kai Havertz apoiou a decisão de sua equipe e disse à AFP no final da partida que “era a coisa certa a fazer, mostrar às pessoas que tentamos ajudar onde podemos e que a Fifa não facilita para nós”.

Sobre a partida, o treinador alemão pontuou a falta de eficiência de seu time e o desempenho da seleção japonesa. “O Japão tem uma grande equipe, são bem organizados, tecnicamente fortes e bons em nível tático”, analisou. “Nós podemos, e devemos, fazer melhor”, concluiu.

O próximo confronto da Alemanha será diante da Espanha, neste domingo, pela segunda rodada do Grupo E, que também conta com a Costa Rica.

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