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·04 de junho de 2025

Flu desiste de abrir empresa nos EUA e enfrentará alta tributação nos EUA, assim como outros do BR

Imagem do artigo:Flu desiste de abrir empresa nos EUA e enfrentará alta tributação nos EUA, assim como outros do BR

O Fluminense, um dos quatro clubes brasileiros classificados para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA que inicia em 14 de junho, decidiu não abrir uma empresa nos Estados Unidos para receber as premiações da competição, uma alternativa pensada para reduzir a carga tributária. A decisão segue a mesma tomada por Flamengo, Botafogo e Palmeiras, que também desistiram do modelo.

Inicialmente o Flamengo chegou a aprovar em conselho a criação da empresa, mas recuou. No caso do Fluminense, após análises internas, a solução escolhida foi aderir ao regime americano conhecido como ECI (effectively connected income), que estabelece a tributação do prêmio como se o clube fosse uma empresa americana, mas sem que seja criada uma estrutura societária nos EUA.


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Além disso, o Fluminense terá que arcar com a tributação de até 37% sobre os dias trabalhados em território americano por jogadores e alguns membros da comissão técnica ou funcionários que ultrapassem a isenção para quem recebe menos de US$ 3 mil anuais. A regra considera o número de dias que os atletas e integrantes da delegação ficam nos EUA e sua remuneração anual para calcular o imposto devido.

A FIFA repartiu o prêmio de participação destinado aos clubes brasileiros, no valor total de US$ 15,21 milhões, em dois grupos: 52% pela participação efetiva no Mundial, com tributação pelo modelo americano; e 48% por eventos anteriores ao torneio, como o uso da imagem e a classificação, que não estão sujeitos à tributação nos EUA.

Segundo as regras, sobre o lucro bruto referente à primeira fase, o Fluminense pagará uma alíquota de 21%, considerando que alguns custos — como transporte, hospedagem e alimentação — são dedutíveis. Depois desse desconto, haverá uma nova tributação de 30% sobre o valor remetido ao Brasil, caracterizada como dividendos provenientes de uma empresa americana.

Essa carga tributária tem gerado desconforto não apenas no Fluminense, mas em vários clubes participantes do Mundial. Enquanto a FIFA costuma negociar isenções fiscais com países-sede para torneios como esse, as regras de tributação local para jogadores e membros da delegação nem sempre estão previstas, causando impacto financeiro direto.

No cronograma divulgado pela FIFA, o Fluminense deve receber os pagamentos da “Carteira Virtual” em etapas:

  • 29 de maio: valor referente ao Pilar de Participação, descontados possíveis adiantamentos;
  • 27 de junho: saldo do Pilar de Participação e pagamento do Pilar de Desempenho para eliminados na fase de grupos;
  • 15 de agosto e 30 de setembro: pagamentos finais relativos às fases anteriores para todos os clubes participantes.

O Fluminense segue, portanto, atento às regras fiscais e preparando-se para atuar na competição com os custos associados à tributação americana, reforçando a importância do planejamento financeiro para manter a competitividade em torneios internacionais.

Reunião do Conselho Delibertativo para esclarecimento

Na última sexta-feira, o Fluminense realizou uma reunião do Conselho Deliberativo, onde o vice-presidente geral, Mattheus Montenegro, explicou aos conselheiros os detalhes da operação financeira para o mundial e respondeu alguns questionamentos. Montenegro, que é advogado tributarista, expôs que o melhor caminho foi a decisão pela não abertura da empresa em solo americano e a adesão ao modelo ECI (effectively connected income), conforme explicado acima.

Fonte: GE e ST

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