Fluxo FC: Do ‘patinho feio’ para uma potência mundial na Kings League | OneFootball

Quando o convite para participar da Kings League Brazil chegou ao Fluxo, não foi exatamente uma surpresa, mas sim uma oportunidade. À frente da operação futebolística da organização, o diretor de operações Alex Watanabe viu ali uma chance única de expandir os horizontes do grupo consagrado no cenário dos eSports. Surgia o Fluxo FC, time que em poucos meses passou de incógnita a uma realidade e potência na modalidade.

“Na hora a gente topou, não tem nem o que pensar”, lembra Watanabe. “Como a gente já existe na parte de esportes com o Fluxo GG, agora temos o Fluxo FC.”

A Kings League, idealizada por Gerard Piqué e alavancada por grandes nomes como Neymar, encontrou no Fluxo a interseção perfeita entre influência digital e ambição esportiva.

A ponte entre games e futebol

Acostumado com a excelência no universo gamer, o Fluxo decidiu mergulhar no novo formato de futebol com o mesmo espírito competitivo. Mas, como explica Alex, a motivação inicial não era estatística.

“A gente quer performar bem, que o resto a gente vai trabalhando em paralelo. O negócio é jogar.”

Com uma base fiel no universo dos jogos, o desafio era cruzar a fronteira e conquistar o público futebolístico. E foi exatamente o que aconteceu.

“A gente realmente atinge um novo público. A parte de games está consolidada. Agora, queremos trazer quem gosta de futebol pra conhecer o Fluxo”, comenta o diretor.

De Arujá ao mundo: a construção do Fluxo

O ponto de partida do Fluxo no futebol veio de iniciativas paralelas: peladas e campeonatos amadores que reuniam amigos e influenciadores. Watanabe e Cerol tinham uma conexão pessoal com o jogo. “Ele adora jogar futebol, tem o futebolzinho dele semanal que é sagrado, assim como eu tenho”, conta Alex.

Quando a Kings League entrou no radar, com um empurrãozinho do próprio Neymar, o projeto ganhou corpo. O time foi montado com cuidado, apostando em nomes nem sempre badalados, mas com grande potencial. “Sempre fomos o patinho feio, ninguém acreditava no Fluxo”, confessa Watanabe. “Mas o nosso objetivo principal era ir pro Mundial. Fomos. Ponto.”

E foram mesmo. O Fluxo FC chegou às semifinais tanto na edição brasileira quanto no Mundial da Kings League, disputado em Paris. “Por detalhe, a gente perdeu. Mas sucesso e potência nós já somos. Somos o 3º ou 4º melhor do mundo, se pensar bem.”

Fluxo fez grande campanha na Kings Brazil e no Mundial – Foto: Maurício Rummens

Cultura própria, operação eficiente

Ao contrário de outras equipes que tentam copiar fórmulas de sucesso, o Fluxo FC tem sua identidade e um modo de operação muito próprio.

“Não fico olhando muito pro outro lado. A minha grama é super verde. A gente tem nosso estilo de trabalhar, nosso foco, nossa equipe. Muito respeito com nossa staff”, comenta o dirigente.

O foco está no coletivo e isso inclui uma atenção especial ao bem-estar dos atletas. “Já estamos conversando com marcas pra melhorar suplementação, alimentação, equipamentos. Quero fazer até jantar com eles depois do treino. Coisas pequenas, mas que mostram que a gente se importa”, conta.

O futuro do Fluxo FC

Apesar de um início brilhante, o Fluxo FC não pretende se acomodar. Ser semifinalista do mundo é um marco, mas não o destino final. “O que eu mais quero agora? Ser campeão. Só falta esse detalhezinho”, projeta Alex.

As próximas temporadas serão de evolução tática e estrutural. Alex admite que a parte técnica está nas mãos da comissão, enquanto ele cuida do “chão de fábrica”: logística, estrutura, conforto. Mas confia que o time seguirá crescendo. “Tem muita coisa pra melhorar. Mas eles estando bem, eu estou bem.”

Enquanto a Kings League continua se firmando como um novo fenômeno esportivo global, o Fluxo FC se mostra cada vez mais pronto para cravar seu nome entre os grandes. Não mais como o patinho feio, mas como uma potência em formação.

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