Foi isso que fez a derrota do Inter acontecer

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JB Filho Repórter

·25 de outubro de 2025

Foi isso que fez a derrota do Inter acontecer

Mais uma derrota do Inter. E mais uma vez uma atuação preocupante.
Não fosse o Vitória ter perdido nos minutos finais de partida pro Corinthians, o Internacional estaria a um ponto do Z4. Isso mesmo. A tabela é a única coisa que poderá salvar uma queda, pois no futebol tá difícil de acreditar.
Gente, com minutos, poderia estar 3 x 0 pro Fluminense. E, se eles aproveitassem todas oportunidades, o primeiro tempo seria 5 x 1.
Sim, porque o Inter teve uma chance de gol que ninguém sabe até agora como aconteceu. O Alan Patrick foi conduzindo um contra-ataque, Bruno Henrique finalizou mal e a bola parou do nada no pé do Vitinho. Ainda não sei como o Vitinho errou. Só que essa foi a única jogada chara de gol.
De resto, o Fluminense teve 62% de aproveitamento e 15 finalizações só no primeiro tempo. O jogo deles era quase todo na direita de ataque do Flu, na esquerda de defesa colorada.
O sistema defensivo foi péssimo. Toda hora tentando fazer linha de impedimento e toda hora os caras entravam na base dos toques como queriam e ficavam em condições de finalizar.
Ivan foi o único jogador de vermelho e branco que se salvou. Fez defesas milagrosas. Não fosse ele, era goleada na certa no Maracanã.
Aliás, não fosse o Ivan e uma grande parte dos erros do Fluminense nas finalizações. Jamais vou querer desmerecer o goleiro colorado, mas fosse o Inter, estaríamos dizendo que os atacantes estão perdendo gols. E também tem esse fator preponderante. O Flu finalizava quase que displicente. Também por isso não foi mais.
Ramón Diáz é responsável pelo que tá em campo. Taticamente, o Inter começa com um 4-3-1-2, com Alan Patrick naquela função de antes, sendo meio que um meia que chegava no ataque, que não teria referência. Depois, no intervalo, Ramón meteu três zagueiros, o Vitinho foi de ala pela esquerda e o Borré apareceu no ataque. Minutos depois, sem nenhum resultado eficiente, acabou com os três zagueiros, voltou com o Vitinho de ponta-direita e a solução foi o Ronaldo no meio. O Inter terminou o jogo com uma linha defensiva de Alan Benítez, Clayton Sampaio, Juninho e Pablo, guri da base que fez seu segundo jogo como profissional.
Alguém vai dizer que o Guardiola também faz diversas alterações táticas e toda hora há uma novidade. Sim, não é errado mudar. O problema é quando se tenta três ou quatro esquemas e nenhum deles funciona. Nada tá bem. Nem com três zagueiros, com três volantes ou jogando com ou sem centroavante. Isso recaí sobre o treinador.
Em geral, parte da torcida e da imprensa adora criticar jogadores por raça, gana ou vontade. Eu combato muito isso. Como jornalista, tento avaliar situações além disso. Porém, tem jogos que são emblemáticos. Diversos jogadores do Inter davam o famoso trote em campo quando viam o Fluminense entrando a toques a ponto de finalizar.
A sensação que temos é que o grupo de jogadores parece distante da realidade. Não há sequer indignação. Nem aquele grupo nervoso porque tá tenso por tudo que tá acontecendo existe. Isso é preocupante.
Grande parte da torcida já desistiu. É só olhar que estão doando ingressos e mal tem 20 mil pessoas no Beira-Rio. Agora, um jornal carioca meteu uma manchete falando “tá em crise, chama o Inter”. E a resposta dos jogadores foi essa que vimos em campo.
Galera, o 1 x 0 foi pouco pelo que se viu dentro de campo. Era só ter uma finalização melhor que o Fluminense tinha goleado.