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·02 de dezembro de 2022

Foto: Reprodução/BBC

Imagem do artigo:Foto: Reprodução/BBC

É bem verdade que, desde seu apontamento e mesmo durante o período de bola rolando, a realização da Copa do Mundo no Qatar gera inúmeros questionamentos por conta da cultura restritiva existente no país em relação aos direitos humanos e também a orientação sexual.

Todavia, a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão da Copa para TV aberta e fechada, caminhou na linha oposta a essa ideia ao promover estreias importantes na história do jornalismo esportivo em relação aos Mundiais.


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Além de Renata Silveira se tornar a primeira mulher a narrar uma partida de Copa do Mundo em canal aberto, o comentarista Richarlyson também tem papel importante no caráter da representatividade por ter sido o primeiro atleta de grande visibilidade no Brasil a se assumir bissexual.

Outro evento marcante em relação ao tratamento dessas questões foi o fato da comentarista Alex Scott, da emissora britânica BBC, estar à beira do gramado com a braçadeira constando as cores do arco-íris e a mensagem “One Love”. O item seria usado por seleções europeias, mas a FIFA, seguindo a legislação local onde o homossexualismo é criminalizado, proibiu a utilização com ameaça de sanção para aqueles que seguissem com a ideia.

Na avaliação de Deives Rezende Filho, especialista em ética, diversidade e inclusão, manifestações tanto como a de Alex Scott como as iniciativas da Rede Globo são essenciais tanto para exercer a ideia de representatividade como, especialmente, criticar e combater frontalmente qualquer tipo de preconceito:

“O preconceito é um dos grandes motivos pelos quais as pessoas sentem dificuldade e não querem se assumir no trabalho. Mas outro ponto importante é a representatividade. Quando você vê que a grande maioria das pessoas em cargos de liderança são pessoas heterossexuais e cisgênero, isso tem um impacto muito grande a pessoa LGBTQIA+, reforçando a criação de barreiras para esta pessoa se assumir.”

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