FPF adota nova medida para jogos do Campeonato Paulista: “Portões fechados” | OneFootball

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Após relatos de violência, a Federação Paulista de Futebol (FPF) definiu que, nas duas próximas rodadas do Campeonato Paulista Sub-11 e Sub-12, as partidas acontecerão de portões fechados. A adoção da medida foi anunciada nesta sexta-feira (29).

“Essa é uma medida educativa, que reforça nosso compromisso em colocar a integridade e a formação das crianças acima de qualquer outro interesse. O futebol nessa faixa etária deve ser sinônimo de aprendizado, convivência, diversão e alegria, e é esse padrão de arquibancada que trabalharemos para garantir”, afirmou Fábio Moraes, diretor executivo de competições da FPF.

A decisão, recomendada pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, foi tomada devido ao aumento de ocorrências em 2025. No ano passado, foram registradas 34 ocorrências, enquanto nesta temporada já são 46 casos de mau comportamento dos pais e familiares dos jovens atletas, que compõem a maioria da torcida presente nas competições de base.

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“Após meses de conscientização, ainda registramos episódios inaceitáveis de condutas de adultos nas partidas de base. Essas duas categorias reúnem as atletas e os atletas mais jovens das nossas competições. Queremos arquibancadas de respeito e alegria, e o exemplo começa conosco”, disse Mauro Silva, vice-presidente da FPF.

Durante as partidas, foram relatadas ofensas destinadas às crianças que estão em campo, à arbitragem e comissões técnicas, brigas entre torcedores, arremesso de objetos nos gramados e outros casos. Xingamentos, ofensas racistas, homofóbicas e gordofóbicas são algumas das agressões verbais sofridas pelos atletas.

Em um dos casos, revelado pelo ge, gritos homofóbicos marcaram uma das partidas. Os indivíduos presentes nas arquibancadas diziam que “LGBT não pode bater pênalti” para uma das crianças em campo. Neste episódio, o supervisor do clube, que estava no camarote, foi até os torcedores para pedir que parassem com os insultos. Na ocasião, alguns pais e responsáveis pelos atletas discordaram da atitude do dirigente e discutiram com ele.

De acordo com a reportagem, em outra situação, um homem teria entrado no setor visitante de um jogo portando uma arma de fogo. Ele foi informado que, por se tratar de uma competição de crianças, a situação não era apropriada. O torcedor apresentou a Carteira Funcional e Certificado de Registro de Arma de Fogo, e alegou que não poderia ficar desarmado.

Entre tantos casos que ameaçam o ambiente, a entidade organizadora do futebol paulista afirmou que a punição valerá para os dois próximos jogos das competições.