Jogada10
·17 de março de 2025
Futuro de Lucas Paquetá no futebol começa a ser definido em julgamento nesta segunda

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·17 de março de 2025
O meia Lucas Paquetá passará a ser julgado por má conduta em relação a apostas a partir desta segunda-feira, 17, em audiências que devem se arrastar por cerca de três semanas. Denunciado em maio do ano passado, o jogador do West Ham corre risco de banimento do futebol, visto que este é o desejo da Federação Inglesa de Futebol (FA) – ao menos de acordo com veículos da imprensa local.
Paquetá responde por violação às regras de conduta relacionada a apostas esportivas em quatro jogos da Premier League entre 2022 e 2023. O brasileiro nega veementemente a acusação e defende sua inocência alegando, inclusive, prejuízos à sua imagem e danos aos familiares.
“Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar. Cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações que pude durante estes nove meses. Nego as acusações na íntegra e lutarei com toda as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários”, defendeu-se o meia.
Acusações formais da entidade inglesa indicam que o meia teria forçado cartões amarelos nas partidas diante do Leicester, no dia 12 de novembro de 2022; Aston Villa, no dia 12 de março de 2023; Leeds United, no dia 21 de maio de 2023, e Bournemouth, no dia 12 de agosto de 2023.
A acusação contra o brasileiro refere-se à Regra E5.1 da FA, que diz que um jogador “não deverá, direta ou indiretamente, tentar influenciar, para fins impróprios, o resultado, o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência em ou em conexão com um jogo ou competição”.
A FA alega, portanto, que o meia “procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto nessas partidas. Buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou duas pessoas lucrem”.
FA pede banimento do meia brasileiro – Foto: Divulgação/West Ham
Não há especificidade no livro de regulações disciplinares da FA quanto às sanções para quem violar tal regre. Contudo, ainda segundo o ‘ge’, em caso de informações privilegiada para o propósito de apostas, a suspensão de um atleta pode variar de seis meses até banimento por toda vida, além de multa financeira.
Restará a comissão reguladora avaliar se o brasileiro providenciou informações e ajuda às autoridades envolvidas. O veredito poderá amenizar uma possível punição por violações no caso do brasileiro. Vale destacar que o meia ainda teve seu nome citado no descumprimento da regra F3, podendo figurar como má conduta para responder questões ou providenciar documentos.
Segundo consta no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito, Lucas Paquetá havia ”prometido” o cartão amarelo como “presente de aniversário” ao irmão Matheus Tolentino. Tal informação fez parte da delação do empresário Bruno Lopez à CPI das Apostas.
À CPI, Lopez reconhece que “teve conhecimento prévio da manipulação” e realizou uma aposta combinada em jogos do meia e de Luiz Henrique – que defendia o Bétis (ESP) à época. O empresário soube que Paquetá havia garantido a punição através de seu contato, Marlon Bruno Nascimento da Silva.