Grêmio foi gigante e conseguiu a famosa vitória “contra tudo e contra todos”
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Olha, eu não vou conseguir nem rebater alguém que disser que foi “contra tudo e contra todos”. Porque foi desse jeito que o Grêmio ganhou a partida.
Como eu sei que tá todo mundo querendo falar sobre isso, terei que começar sobre arbitragem. Pra mim, o Grêmio foi duplamente prejudicado. Não foi pênalti no Bernabei e teve uma falta clara no segundo, que impediria a marcação do pênalti. No lance do Bernabei, tem o toque, mas claramente o argentino já estava em queda. Ele forçou totalmente. O toque no pé dele acontece durante a queda. Claramente forçado. Depois, o Borré puxa acintosamente o Noriega. Puxa pela camisa é anti-jogo. Tem que marcar. A intensidade só valeria pra análise do cartão ou se fosse um simples escorregão da mão na camisa do rival. Claramente não é o caso. Pra esticar a camisa assim, foi forte e com intensão. Ou seja, duplo erro do Marcelo de Lima Henrique.
Mano começou jogando com um sistema que variava entre um tripé de meio-campo com um conhecido 4-2-3-1, com o Edenilson centralizado. Por que eu deixo essa variação? Porque o Edenilson pegava na bola sempre na meia pela direita. Ele era o auxiliar do Pavón.
Willian jogou aberto na esquerda. E que partida fez. Dá pra ver que é diferente quando toca na bola, quando pensa o jogo. Willian sabe quando tinha que ir pra cima, quando tinha que acelerar, quando era momento de virar a bola pro outro lado. Como destaques, foi o responsável pela jogada do primeiro gol e deu assistência do segundo. Baita estreia. É diferente.
Marcos Rocha foi outro gigante. Capitão, foi a liderança do time. Quando o Noriega estava chorando, apareceu pra ajudar o companheiro. E esse cara chegou há dias aqui. Mostra o porquê tem tanta bagagem na carreira. Com a bola, quase se consagrou aos dois minutos, quando acionou o Pavón nas costas do Bernabei e o Carlos Vinícius não fez.
Aliás, ali estava o jogo gremista. Sim, eu sei que os dois primeiros gols saíram na ponta-direita de ataque, mas jogar nas costas do Bernabei era o caminho. O Grêmio demorou um pouco para forçar isso. Quando forçou, Alysson matou a partida.
Alysson merece o crédito de ter feito seu primeiro gol no Brasileirão em Gre-Nal. É seu segundo gol na carreira. Antes, tinha feito só contra o São José, na pequena Recopa Gaúcha. Agora, mudou de patamar. E tem o mérito de ter feito o diferente por ali.
Carlos Vinicius fez seu gol e foi muito bem quando esteve em campo. Uma pena a sua lesão. Em lance que poderia ter marcado gol, não fosse a lesão.
Avaliação dividida pro André Henrique. Entrou bem, marcando um dos gols, mas comete um pênalti grosseiro. Perdeu totalmente o tempo da bola e acertou só o Aguirre.
Volpi foi pouco acionado, só que aos 36 minutos e aos 38, fez as defessas do jogo ao salvar uma cabeçada do Ricardo Mathias e depois do Carbonero, que tinham endereço. Se pagou nesses dois lances. Sua atuação teve esse ponto alto. Além disso, quase pegou no primeiro penal. Então, nota positiva.
Cuélllar foi soberano no meio-campo. Foi gigantesco. Jogou ocupando todos os espaços possíveis. Isso que seu parceiro Arthur não estava em um bom dia. E a prova que foi gigante é que o Dodi não conseguiu ser nem perto do que ele foi (é verdade que em boa parte o Grêmio estava com um a menos ali).
Arthur foi muito mal. Muito mesmo. Esquece a expulsão (pelo menos agora), ele não conseguiu ser o centro do time. Em momento algum foi o motorzinho. Confesso que nem vi os números de quantos passes ele trocou e tal. Bastava olhar pra campo que não se via o time jogando no entorno dele, como é seu talento. Sobre a expulsão, não há muito o que reclamar. A bola não estava em disputa e ele acertou a panturrilha do Carbonero. Falta e pra vermelho. Nesse lance, acertou o VAR.
Noriega até chorar, chorou. E eu entendo ele. Não cometeu o erro do primeiro pênalti, mas deixou na reta no segundo. Seria um pênalti correto não fosse a falta anterior. Mesmo assim, é preciso saber que deixou o dele na reta em dois lances. Precisa melhorar nesse ponto.
Pavón fica na média de lances bons e outros nem tanto. Por vezes, conseguia iniciar bem as coisas, mas errava logo em seguida.
Bom, o bom sendo me manda vir aqui dizer que o Grêmio precisa ter sequência. Não pode o Gre-Nal ser um jogo isolado. No primeiro turno, a atuação empolgou todo mundo. A gente imaginou que era dali pra frente. E foi a única boa grande até então. Sim, pra mim, nem contra o Galo foi um grande jogo. Agora, a atuação voltou a ser gigantesca. Tem que seguir assim.