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·30 de dezembro de 2025

Guanaes explica recusa ao Botafogo e reforça compromisso com projeto do Mirassol

Imagem do artigo:Guanaes explica recusa ao Botafogo e reforça compromisso com projeto do Mirassol

Rafael Guanaes abriu os motivos que o levaram a recusar a proposta do Botafogo e optar pela permanência no Mirassol, mesmo sendo o plano A do clube carioca para substituir Davide Ancelotti. Em entrevista ao ge, o treinador deixou claro que a decisão foi construída a partir de um planejamento pessoal e profissional já bem definido.

“Houve outras situações que não vêm ao caso, como o Botafogo, mas aquilo que eu tinha definido com o Mirassol, junto com meu empresário e minha família, já estava desenhado”, afirmou.


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Segundo Guanaes, a possibilidade de dar sequência ao trabalho iniciado no clube paulista pesou mais do que uma mudança imediata de cenário. Para ele, a continuidade é fundamental para alcançar resultados mais consistentes.

“A partir do contato com o clube sobre uma sequência, avaliamos os dois lados e vimos com bons olhos a continuidade desse trabalho. Acredito que os melhores resultados vêm ao longo do tempo, com mais produtividade, mantendo as ideias na espinha dorsal, como estamos fazendo. Isso é muito atrativo”, explicou.

O técnico também destacou a identificação com o projeto esportivo e humano do Mirassol, apontando que a escolha vai além do campo.

“O clube representa aquilo que eu desenho para mim e para minha família, e é assim que também contribuo com o Mirassol”, completou.

Guanaes, de 44 anos, tem contrato com o Mirassol até o fim de 2026 e optou por permanecer para conduzir o time na inédita disputa da Copa Libertadores. Mesmo com a histórica quarta colocação no Campeonato Brasileiro e a vaga direta na fase de grupos, o clube estará no pote 4 do sorteio por não ter pontuação no ranking da Conmebol. Caso aceitasse a saída, o treinador ou o clube interessado teriam que arcar com uma multa equivalente aos salários restantes até o fim do vínculo.

Vaga na Libertadores

Valorizado no cenário nacional, Rafael Guanaes foi eleito o melhor técnico do Brasileirão pela CBF. Sob seu comando, o Mirassol disputou 37 partidas, com 18 vitórias, 13 empates e apenas seis derrotas, alcançando um aproveitamento de 60,4%. A equipe marcou 62 gols, sofreu 37 e passou 11 jogos sem ser vazada, números que refletem o equilíbrio entre eficiência ofensiva e solidez defensiva.

Empolgado com a estreia na principal competição sul-americana, o treinador não esconde o aspecto emocional que envolve a Libertadores.

“Eu gostaria de conhecer La Bombonera. Pela tradição, pela camisa, pelos argentinos em si. Já conheci Buenos Aires, fiz curso lá, gosto de treinadores argentinos como Simeone e Bielsa. Imagino o quanto deve ser difícil jogar lá, mas, pensando no cenário todo e nos aspectos emocionais, é muito motivador disputar um jogo desse nível”, disse, antes de brincar: “Seria um sonho realizado jogar contra o Boca na Bombonera. Mas jogar na altitude, estou fora (risos).”

Apesar do entusiasmo, Guanaes reforçou que o planejamento do Mirassol será pautado pela cautela e pelo foco no curto prazo.

“Sendo muito sincero, precisamos pautar nosso planejamento com equilíbrio, humildade e sabedoria. As prioridades são o Brasileiro e iniciar bem o Paulista, que é muito difícil, talvez o estadual mais equilibrado do país”, destacou.

Por fim, o treinador pregou paciência em relação à Libertadores, que começa apenas em abril. “Estamos focados no Paulista e, logo na sequência, em começar bem o Brasileiro. Não podemos perder o foco. A Libertadores começa em abril, temos uma estrada muito longa. Vamos jogo a jogo, entendendo os resultados, para lá na frente estarmos bem preparados.”

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