Guardiola assumiu o City há oito anos... Motivação ou 'última dança' da soberania? | OneFootball

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·03 de julho de 2024

Guardiola assumiu o City há oito anos... Motivação ou 'última dança' da soberania?

Imagem do artigo:Guardiola assumiu o City há oito anos... Motivação ou 'última dança' da soberania?

Não é exagero dizer que Pep Guardiola transforma os clubes por onde passa. Certamente, a passagem por Barcelona e Bayern de Munique, gigantes da bola, não se compara ao impacto do espanhol na história do Manchester City.

Já são oito temporadas à frente dos Cityzens, com a nona temporada por vir em 2024/25. Em último ano de contrato, Pep admitiu que a despedida pode estar próxima e citou a falta de motivação como um grande motivo para isso.


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“A realidade é que estou mais perto de sair do que ficar. São oito anos, serão nove. No momento, a sensação é só que quero ficar na próxima temporada. No momento, não sei exatamente qual é a motivação para seguir, porque é difícil encontrá-la quando tudo está feito. Mas conhecendo os jogadores do Manchester City, eu sei que, quando estivermos lá, diremos: por que não vencer hoje?", declarou Guardiola após conquistar mais uma vez a Premier League.

Perto de uma década no lado azul de Manchester, o cartel de Guardiola é impressionante. São 17 títulos conquistados em oito temporadas, com seis títulos de Campeonato Inglês, quatro Copas da Liga, duas Copas da Inglaterra e duas Supercopas da Inglaterra a nível doméstico.

O grande sonho foi obtido em 2022/23, com o título da Liga dos Campeões, e os Cityzens ainda aumentaram a sala de troféus com o Mundial de Clubes e a Supercopa da Europa. Guardiola, porém, é muito mais do que os títulos.

Quando chegou ao Bayern de Munique, na temporada 2013/14, o clube recém tinha dominado o futebol europeu, com Jupp Heynckes. De acordo com o lateral Rafinha, à época no clube e atualmente no São Paulo, a chegada do espanhol foi com o "pé na porta".

"O Guardiola falou que a gente não sabia jogar futebol, e a gente vindo da conquista da tríplice coroa (risos). Tínhamos ganhado a Bundesliga, a Copa da Alemanha e a Champions League. O nível que nossa equipe atingiu foi impressionante, ficamos não sei quantos jogos sem perder. É uma coisa absurda, o resultado é impressionante. A forma como ele transforma as equipes que ele trabalha... É um cara que não deixa a peteca cair, sempre em cima, cobrando, tirando o melhor dos atletas que estão sob o comando dele. É muita coisa", relembrou Rafinha em entrevista à TNT Sports Brasil.

A invencibilidade que Rafinha não se recorda do número exato foi de 24 partidas. Naquela temporada de estreia, o Bayern de Munique ficou de cinco de agosto a sete de dezembro sem conhecer qualquer derrota. Curiosamente, o revés viria justamente contra o City, comandado por Manuel Pellegrini, pela fase de grupos da Liga dos Campeões.

O eterno rival

Desde sua passagem na Alemanha, Pep Guardiola se acostumou a encontrar um oponente à altura. A rivalidade com Jurgen Klopp teve início entre Bayern de Munique x Borussia Dortmund, e prosseguiu na Inglaterra, quando Klopp assumiu o comando do Liverpool, em 2015.

O alemão é o único treinador do planeta, dos que encararam Pep em mais de cinco jogos, que possui retrospecto positivo. Em 30 jogos, são 11 vitórias para as equipes de Klopp, 10 para as de Guardiola e nove empates. Em uma entrevista emotiva, Guardiola falou da importância de Klopp na carreira.

"Vou sentir muito a falta dele. O Jurgen [Klopp] tem sido uma parte muito importante da minha vida. Me levou a outro nível como treinador. Temos um incrível respeito um pelo outro. Tenho o feeling de que ele voltará. Quero lhe agradecer muito pelas palavras, mas ele sabe perfeitamente que, nos bastidores, esse clube me dá muito, muito suporte. De outra forma, sozinho não conseguiria fazer isto. Sou humilde o suficiente para compreender isso", declarou o espanhol no último mês de maio.

Prestes a completar nove anos de City, com 17 troféus e sem o grande rival para mirar... O City e Guardiola buscam motivação para a temporada 2024/25. Resta saber se para manter o domínio, ou para uma última dança nos campos ingleses e pela Europa.

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