PL Brasil
·05 de setembro de 2019
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·05 de setembro de 2019
Confira a segunda parte do Guia da PL Brasil para a nova temporada da Women’s Super League!
Nesta segunda parte, vamos comentar os times. Por ordem alfabética, equipe a equipe, um histórico, análise e projeção das doze equipes que participam do torneio nesta edição.
Em 2018/19: 1º
Quando se fala em evolução do futebol feminino ao redor de todo o mundo e valorização que envolve a modalidade, há que se olhar com muito carinho para o Arsenal Women. É um dos grandes exemplos de sucesso no esporte, e que levou três atletas à final da Copa do Mundo pela Holanda: Vivianne Miedema, Danielle van de Donk e Jill Roord.
Fundado em 1987 ainda como Arsenal Ladies Football Club, o clube londrino empilha taças. Além de ser o recordista de títulos em solo inglês de todas as competições nacionais, é o único na Inglaterra a ter conquistado a UEFA Women’s Champions League. Em 32 anos, a equipe já levou 60 títulos, e é a maior vencedora da FA WSL, com três taças.
Na temporada passada, em 20 jogos disputados, a equipe comandada pelo australiano Joe Montemurro venceu 18 e perdeu apenas dois. Além disso, o time feminino do Arsenal balançou as redes em 70 oportunidades e sofreu 13 gols. A goleadora Vivianne Miedema foi a artilheira do campeonato com 22 gols, enquanto a atacante Beth Mead, titular da seleção inglesa, foi a líder em assistências, com 12.
A equipe feminina do Arsenal segue forte em todas as competições que disputará em 2019-20. O clube se movimentou no mercado e contará com Manuela Zinsberger, substituta para o gol de Sari van Veenendaal, que foi para o Atlético de Madrid. O time de Londres, que sedia suas partidas no Meadow Park em Borehamwood, ainda trouxe as defensoras Jennifer Beattie e Leonie Maier.
Se no futebol masculino utilizamos a expressão “homem-gol” para grandes artilheiros, não existe nada mais justo do que traduzirmos “mulher-gol” para Anna Margaretha Marina Astrid Miedema, conhecida como Vivianne Miedema.
A artilheira (22 gols) e melhor jogadora da última WSL, e finalista da Copa do Mundo com a Holanda, ostenta recordes e grandes números em todos os lugares por onde passa. Miedema já é a maior artilheira da história da seleção holandesa – incluindo o time masculino – com 61 tentos em 82 partidas disputadas. Tudo isso com 23 anos de idade.
Projeção da PL Brasil: briga pelo título
Em 2018/19: 4º
Em 1968, um grupo de torcedoras locais que disputavam partidas amistosas deu origem ao Birmingham City Women’s Football Club. Mas só em 2016 a equipe se tornou completamente integrada ao Birmingham City, tradicional clube inglês que surgiu em 1875.
Atualmente a equipe sedia suas partidas no SportNation.bet Stadium, casa do Solihull Moors, clube da National Football League, na cidade vizinha. O Birmingham foi um dos fundadores da FA WSL e um de seus primeiros protagonistas, alcançando o vice nas temporadas 2011/12 e 2012/13 – e as semifinais da Champions League em 2014.
Na última edição da liga nacional, a equipe foi a quarta, com 40 pontos (13 vitórias, seis derrotas e um empate). Para a nova temporada, a expectativa é de tentar repetir o bom desempenho, mas com um elenco cercado de incertezas e bastante renovado, após uma tumultuada janela em que dez jogadoras deixaram o clube.
Dentre as principais perdas está a de Ellen White, atacante da seleção inglesa, responsável por 21 gols em 26 partidas da FA WSL pelo Birmingham e artilheira da edição 2017/18. A solução foi investir em jogadoras novas, com destaques para Abbi Grant (com passagens marcantes por Glasgow e Anderlecht) e Brianna Visalli (cinco gols e seis assistências pelo West Ham na última temporada).
Kerrs Harrop está entre as grandes da história do Birmingham. No clube desde a criação da FA WSL, já são 124 partidas e 12 gols marcados. Ela participou de campanhas como as do título da FA Women’s Cup em 2012 e do caminho até as semifinais da UWCL em 2014.
A experiente zagueira de 28 anos é um dos pilares da equipe e uma das principais responsáveis pelo ótimo desempenho defensivo na temporada 2018/19. Na época passada, foram nove clean sheets e apenas 17 gols concedidos em 20 jogos, a terceira melhor marca da competição (só atrás de Arsenal e Manchester City).
Projeção da PL Brasil: meio de tabela
Em 2018/19: 9º
Com pouca tradição no cenário inglês, o Brighton and Hove Albion Women Football Club juntou-se à equipe masculina em 1990, logo antes do clube se tornar um dos fundadores da Premier League.
O sucesso da equipe feminina começou apenas em 2015/16, quando conquistou a vaga na FA WSL 2. Dois anos depois, o time já carimbava o acesso à elite inglesa. E desde que chegou à primeira divisão, as Seagulls passaram a receber suas partidas no Broadfield Stadium, casa do Crawly Town, equipe que atualmente disputa a League Two.
O projeto do Brighton é de se firmar entre os grandes do futebol inglês e, a longo prazo, projetar-se no cenário internacional. Mas a primeira temporada na FA WSL foi decepcionante, com 12 derrotas e míseras quatro vitórias. O resultado foi o nono lugar, além do terceiro pior ataque e da segunda pior defesa do campeonato.
Assim, para a temporada que se inicia, brigar contra o rebaixamento ainda é, sem dúvidas, uma grande preocupação para Hope Powell, lendária treinadora da seleção inglesa, no clube desde 2017. Com uma filosofia de planejamento e cautela, o clube preservou a base de seu elenco, mantendo as principais jogadoras, e fez contratações pontuais.
O destaque do time vai para para a promissora Ellie Brazil, que chegou ao Brighton na última temporada após período na Fiorentina. Uma curiosidade a respeito da atacante é que ela foi medalha de ouro nos 800 metros do English School Athletics Championships – campeonato nacional estudantil do país – em 2015.
Com passagens por várias categorias de base da Inglaterra (sub-15, 17, 19, 20 e 21), a atacante de 20 anos disputou 17 partidas da FA WSL 2018/19, com quatro gols marcados. Com mais experiência na liga, é uma promessa de gols para a temporada do Birmingham.
Projeção da PL Brasil: briga para não cair
Em 2018/19: 6º
O Bristol City Women’s Football Club é uma equipe tradicional do futebol feminino na Inglaterra, sendo uma das agremiações fundadoras da liga e a primeira a construir um estádio exclusivamente dedicado ao futebol feminino no Reino Unido.
Mesmo assim, com a exceção de duas finais da FA Cup, o Bristol nunca alcançou campanhas de grande destaque. Depois de duas temporadas brigando contra o rebaixamento, o time treinado por Tanya Oxtoby conseguiu uma valorizada sexta colocação na última WSL.
Para 2019/20, depois do meio de tabela ano passado, a expectativa é manter o desempenho e, quem sabe, surpreender os times mais fortes. Para isso, o time conta com nomes como Sophie Baggaley, Loren Dykes e Carla Humphrey. O Bristol sedia seus jogos no Stoke Gifford Stadium, em Filton, com capacidade para 1.500 pessoas.
O destaque do time continua sendo a jovem goleira Sophie Baggaley, de 22 anos. Baggaley esteve na seleção do campeonato passado, além de ter recebido o prêmio de Melhor Jogadora do Ano na votação do público. Visada por outros clubes, Baggaley estendeu o seu contrato com as Vixens por mais dois anos em maio.
Esta é a sua terceira temporada pelo Bristol, com passagem anterior pelo Birmingham. Em 2017/18, a inglesa chegou a vencer também o prêmio de Defesa da Temporada. Pela seleção, tem passagens por todos os níveis da base, mas ainda não atuou no profissional.
Projeção da PL Brasil: meio de tabela
Em 2018/19: 3º
Fundada em 1992 como Chelsea Ladies FC por torcedoras do time masculino dos Blues, hoje a equipe feminina do Chelsea é uma das mais poderosas da Inglaterra. Em 2010, seis anos após sua afiliação oficial ao clube, o Chelsea Women foi um dos fundadores da FA WSL. Desde então, as Blues já foram bicampeãs da liga (2015 e 2017/18) e da FA Cup (2014/15 e 2017/18).
Apesar da boa campanha recente na UEFA Women’s Champions League (semifinalista), a verdade é que o momento do Chelsea Women é mais de reconstrução do que de favoritismo na FA WSL. Após um decepcionante terceiro lugar na temporada passada, o clube acabou ficando sem vaga na edição atual da Champions League.
Para bater de frente com os poderosos Manchester City e Arsenal, além dos emergentes Manchester United, Liverpool e Tottenham, o Chelsea manteve seus principais nomes e ainda contratou a meia-atacante Guro Reiten. Um dos destaques da Noruega na última Copa, Reiten, de 25 anos, foi titular em todas as partidas de sua seleção no Mundial.
Com a chegada de Reiten, além da manutenção das excelentes Ramona Bachmann, Fran Kirby e Erin Cuthbert, espera-se um ataque bem poderoso do time azul. Resta saber se a defesa, desfalcada da goleira Hedvig Lindahl (fim de contrato), terá rendimento semelhante, o que tornaria o Chelsea novamente um verdadeiro desafiante ao título. O Chelsea manda seus jogos no Kingsmeadow, em Londres, para 4,8 mil pessoas.
As Blues contam com ótimas atacantes (como a inglesa Kirby e a suíça Bachmann), mas quem brilhou mesmo na temporada passada foi a escocesa Erin Cuthbert. Ela foi revelada pela base do Rangers, mas começou sua carreira no Glasgow City, aos 16 anos. Aos 19 se transferiu ao Chelsea, e em dois anos ganhou uma FA WSL e uma FA Cup.
Em 2018/19, Cuthbert foi a terceira artilheira do Chelsea na liga, com oito gols em 19 partidas, além de contribuir com cinco assistências. As boas atuações acabaram lhe rendendo o posto de Jogadora da Temporada do Chelsea. Mais madura e experiente com a participação escocesa na Copa, ao que tudo indica ela deve se desenvolver e brilhar ainda mais.
Projeção da PL Brasil: briga pelo título
Em 2018/19: 10º
Continuidade e tranquilidade. O Everton Ladies Football Club acredita nestes dois pilares para começar a temporada na WSL com o pé direito. As Toffees não tiveram um bom desempenho na última edição da competição e precisarão mostrar mais serviço para que não voltem a figurar na segunda divisão do país.
Mesmo fundado no ano de 1983 ainda como Hoylake WFC, foi só em 1995 que a instituição passou a fazer parte do Everton Football Club. Antes disso, o que é hoje o Everton Ladies foi chamado de Leasowe após uma junção com o clube Dolphins YC.
Um dos mais tradicionais times da Inglaterra, o Everton já passou por alguns perrengues. O time foi rebaixado à segundona do campeonato em 2014 e só voltou em 2018, tendo ficado com a terceira colocação na WSL 2 em dois anos consecutivos. O Everton Ladies joga no estádio Haig Avenue, em Southport, com capacidade para 6.008 pessoas.
Um bom desempenho do Everton Ladies Football Club passa pelos pés da atacante Simone Magill, camisa 10 do time. A norte-irlandesa foi eleita a jogadora do ano pelo clube na temporada 2018/19 e deve ser peça importante para buscar uma melhor colocação na FA Women’s Super League.
Nascida na pequena cidade de Magherafelt, a atleta foi a principal responsável pela criação ofensiva do Everton na temporada 2018/19. Em uma temporada de novidades na equipe, a exemplo da chegada do comandante Willie Kirk, Magill somou 21 partidas, três gols e duas assistências nas competições nacionais.
Projeção da PL Brasil: briga para não cair
Em 2018/19: 8º
O Liverpool FC Women já viveu altos e baixos. É bicampeão da FA WSL (2013 e 2014), mas também já sofreu com o rebaixamento. Atualmente, passa por uma reestruturação e busca novamente os dias de glória.
O clube foi fundado em 1989, como Newton LFC, e foi só em 1994 que passou a se chamar Liverpool FC Women. A equipe manda seus jogos no Prenton Park, que tem capacidade para 16.587 pessoas. O caminho porém, ainda é extenso.
O Liverpool não tem um dos melhores times da competição e a treinadora Vicky Jepson, que chegou ao time durante a última temporada, terá trabalho. A missão é melhorar a modesta oitava colocação de 2018/19, e os sinais são animadores. Durante a pré-temporada a equipe chegou a vencer o Rangers, da Escócia, por 8 a 1.
O time buscou se reforçar na preparação para este ano. A principal contratação é a da atacante Melissa Lawley. No currículo, ela tem duas FA Cups e uma Continental Cup, além de uma semifinal de Champions League com o ex-clube, o Manchester City. Com apenas 25 anos, é uma esperança para levar o Liverpool de volta à briga por títulos.
Courney Sweetman-Kirk é uma atacante inglesa de 28 anos. Revelada pelo Leicester City, passou por Coventry City, Notts County e Doncaster Rovers. De lá, foi para o Everton, e após ser a artilheira da equipe em 2017/18, se transferiu para o rival local.
A jogadora repetiu o feito de seu antigo clube e foi a artilheira do Liverpool última temporada, com 10 gols em 17 jogos. Nos Reds desde 2018, ela também tem passagens pela seleção inglesa sub-23 e é uma das referências da equipe que busca a ascensão no cenário nacional.
Projeção da PL Brasil: meio de tabela
Em 2018/19: 2º
A busca pela excelência é comumente citada pelo City Group, e com o Manchester City WFC não é diferente. Atual vice-campeão da Women’s Super League, a equipe neste ano vai em busca do segundo título na história da liga feminina.
O clube é bem estabelecido na elite inglesa. Já conquistou o título em 2017 e foi por duas vezes (2018 e 2019) segundo colocado. Na última temporada, além do vice-campeonato, o clube conquistou as duas copas nacionais. O consolidado comando é de Nick Cushing, no clube desde 2008 e à frente do time feminino desde 2013.
A temporada já começa com um importante desafio: no Etihad Stadium, o City enfrenta o recém-promovido Manchester United (primeiro clássico de Manchester na história do futebol feminino). Essa será a segunda vez que as meninas jogarão no estádio – a primeira foi em 2014. Os outros compromissos do time acontecem no Academy Stadium, do Campus Etihad, para sete mil pessoas.
Experiente, com rodagem e vitoriosa. Essa são algumas das características de Ellen White, atacante de 30 anos e 1,70m. Ela foi uma das artilheiras da última Copa do Mundo, com seis gols, e agora defenderá as cores do City. White começou a carreira no Chelsea e passou ainda por Leeds United, Notts County, Arsenal e Birmingham.
A atacante inglesa foi contratada junto ao Birmingham como principal nome para a temporada. Ela tem uma importante missão: substituir a habilidosa Nikita Parris, que foi para o Lyon. A nova esperança de gols do City, porém, não entrará de imediato em campo, já que está machucada.
Projeção da PL Brasil: briga pelo título
Em 2018/19: 1º da Women’s Championship (segunda divisão)
Quinze meses após ser fundado, o futebol feminino do Manchester United finalmente estreará na elite. A equipe comandada pela ex-jogadora Casey Stoney conquistou 55 de 60 pontos na segunda divisão passada (18 vitórias, um empate e uma derrota, 98 gols marcados e sete sofridos). A dificuldade tende a aumentar, mas o time já mostrou que pode estar entre os melhores.
Apesar da perda da capitã da equipe, Alex Greenwood, para o Lyon, as Red Devils contrataram dois nomes experientes que agregarão muito para o meio-campo: a galesa Hayley Ladd, já conhecida nos gramados ingleses por atuar pelo Birmingham, e a holandesa Jackie Groenen.
A esperança de gols ainda é da artilheira Jessica Sigsworth. Na temporada passada, foram 18 em 19 partidas. Tendo que elevar a qualidade de jogo, é esperado que a camisa nove mantenha o seu para ajudar o time a corresponder às expectativas.
Mesmo recém-chegado, o time do Manchester United (que joga no Leigh Sports Village, para 12 mil pessoas) tem potencial para ficar entre os melhores. A disputa pelo título ainda é distante, mas terminar entre os cinco melhores é um resultado mais provável, podendo até beliscar uma vaga na UWCL.
Jackie Groenen é vista como um dos principais nomes da futura geração holandesa do futebol feminino. A jovem de 24 anos se destacou na Copa do Mundo e, após boa temporada com o Eintracht Frankfurt, ela, que já atuou pelo Chelsea, foi recrutada pelo United.
Seu controle de bola é fascinante, sua visão de jogo é muito boa e seu passe é o que completa essa meio-campista ideal. Ao chegar, Jackie agrega muita qualidade para um meio de campo já formado pelas habilidosas Mollie Green e a grande cobradora de faltas Katie Zelem.
Projeção da PL Brasil: meio de tabela
Em 2018/19: 5º
Engana-se quem pensa que o Reading, há sete anos longe da Premier League em sua versão masculina, é candidato ao rebaixamento na FA WSL. Apesar de suas dificuldades no futebol masculino, a equipe feminina das Royals tem feito um bom papel desde a sua promoção à elite do futebol feminino inglês.
Fundado em 2006, o Reading FC Women subiu à FA WSL em 2015 após o título da segunda divisão. Desde a chegada à elite, as Royals se consolidaram como uma das cinco principais equipes da liga, alcançando o 4º e 5º lugares nas duas últimas temporadas. A casa da equipe é o Adams Park, em High Wycombe, para 9,6 mil pessoas.
Grande parte disso se deve ao maior investimento na equipe, além da contratação, em 2017, da lenda Fara Williams. Entretanto, o Reading terá um desafio maior pela frente na atual temporada. Com o aumento de 11 para 12 times na liga, além da chegada dos poderosos Manchester United e Tottenham, a briga deve se tornar mais complicada.
O clube ainda terá de lidar com a perda da ponta/lateral Gemma Davison, negociada junto ao Tottenham. Para tentar recompor o time diante de tal desfalque e tamanha concorrência, foram contratadas a zagueira Kristine Laine, a volante Angharad James e as atacantes Maxime Bennick e Amalie Eikeland.
É difícil encontrar no futebol mundial jogadoras com o currículo e o calibre da experiente meia Fara Williams. Possivelmente a maior jogadora inglesa de todos os tempos, Williams é a recordista de jogos pela seleção (170), além de ter 40 gols marcados.
Williams chegou a viver nas ruas de Londres até ser revelada pelo seu clube de coração, o Chelsea. Aos 17 anos transferiu-se para o Charlton Athletic e lá começou a chamar a atenção. Após rodar por Everton, Liverpool e Arsenal, ela ajudou a mudar o patamar do Reading, sendo fundamental nas campanhas de 4º e 5º lugares em 2017/18 e 2018/19, respectivamente. Em 20 jogos na última WSL, foram 11 gols e três assistências.
Projeção da PL Brasil: meio de tabela
Em 2018/19: 2º da Women’s Championship (segunda divisão)
Depois de muita luta, o Tottenham Hotspur Women finalmente vai fazer a sua temporada de estreia na Women’s Super League. Com o vice-campeonato na segunda divisão da temporada passada (atrás do Manchester United), as comandadas de Karen Hill garantiram sua vaga na elite do futebol feminino inglês.
Mas a vida das Lilywhites não deve ser moleza na primeira divisão. Além de todas as dificuldades naturais de uma equipe recém-promovida, o Tottenham vai mudar o local de suas partidas, deixando de jogar no Theobalds Lane e passando a mandar suas partidas no The Hive, casa das London Bees, onde cabem 6,5 mil pessoas.
Para se dar bem em sua estreia na liga, o Tottenham renovou com 11 jogadoras, como a capitã Jenna Schillaci, defensora de 35 anos que veste a camisa dos Spurs há onze temporadas. Rianna Dean, artilheira do time em 2018/19, é a esperança de gols.
A atacante de apenas 20 anos é uma promessa do Tottenham e do futebol inglês. Rianna Dean já defendeu as seleções de base da Inglaterra e marcou 14 gols na última Championship pelos Spurs. Foi a vice-artilheira da segunda divisão em 2018/19 e é uma das que permanecem no elenco.
Curiosamente, seu começo de carreira foi no rival Arsenal, onde veio a ser revelada. Porém, sem espaço, foi para o Millwall e se destacou. Agora na WSL, a camisa 9 do Tottenham busca dar um passo maior na carreira e projetar seu nome entre as melhores.
Projeção da PL Brasil: meio de tabela
Em 2018/19: 7º
Fundado em 1991, só na temporada passada o West Ham United Women FC alcançou a elite do futebol inglês. Após chegarem à final da FA Cup (derrotadas pelo Manchester City), as meninas do West Ham entram em seu segundo ano de WSL querendo mais uma vez surpreender e mostrar que seu lugar é entre as melhores.
O time que joga no Rush Green Stadium (estádio para três mil pessoas em Romford) fez seis contratações, cinco delas com mais de 26 anos. Com isso, é de esperar um time mais experiente e sólido. O maior desafio é lidar com as limitações – é uma equipe que vence seus jogos mais na base da vontade do que pela qualidade.
Em 20 jogos da WSL passada, foram 11 derrotas, dois empates e apenas sete vitórias, marcando 25 gols e sofrendo 37. Resultados que fizeram com que o time terminasse em uma posição relativamente boa, sétimo – 23 pontos acima da zona de rebaixamento e 24 abaixo da classificação para a Champions League.
Em suma, a temporada das Hammers tende a ser mais promissora do que a última, e com o passar dos anos, a projeção é melhorar cada vez mais. Um feito como o de chegar à final da FA Cup pode ser improvável, mas a regularidade prevista é bem maior. Os resultados serão consequência.
A esperança cai nos colos de uma das contratadas para 2019/20, a francesa Kenza Dali. Formada pelo Lyon e ex-jogadora de Paris Saint-Germain e Dijon, a atacante de 28 anos, além de agregar na qualidade, traz grande experiência ao elenco.
Seu currículo é bastante vasto, contando com um título de Champions League e um pentacampeonato da primeira divisão francesa. Na temporada passada, pelo Dijon, foram seis gols em 17 jogos. Já na equipe de Paris, marcou 36 tentos em 89 partidas.
Projeção da PL Brasil: meio de tabela
Texto produzido por Hugo L’Abbate, Leonardo Parrela, Igor Martins, Lucas Pires, Felipe Altarugio e Rafael Brandão.
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