Esporte News Mundo
·23 de junho de 2023
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Que o Fluminense vive um relacionamento muito complicado com a lateral esquerda é fato. Há anos o clube passa por dificuldades na posição e, ano após ano tentando resolver o problema, ele ainda continua. Com essa adversidade, Fernando Diniz tentou achar uma solução para o setor, que nem o clube teve em 2019 com Caio Henrique – obra do próprio treinador, porém ainda não teve resultado.
Desde que retornou ao clube no ano passado, Diniz já improvisou nove atletas como lateral-esquerdo, sendo a grande maioria vindos do meio-campo. Confira os jogadores:
O atacante, hoje emprestado ao São Paulo, foi o pioneiro dessa nova experiência. Tendo seus momentos bons e ruins na posição, pode-se dizer que Caio foi o que mais desfrutou da improvisação, já que no clube paulista ainda continua desempenhando a função e vem em uma boa fase.
Yago foi testado em ambas as laterais, logo depois de Caio. Entretanto, o volante, que se transferiu para o Bahia no início da temporada, não rendeu muito bem nas posições.
Com a má fase de Caio Paulista e a pouca ineficiência de Cristiano, Diniz decidiu por improvisar Alexsander na lateral esquerda logo em sua estreia no profissional, contra o São Paulo no ano passado. Até a chegada de Marcelo, a promessa não saiu da posição. De todos, foi o que desempenhou melhor, porém a improvisação atrapalhava um pouco o jovem, que obteve maior potencialização na sua posição original.
O volante, que passou a ser lateral direito, também foi realocado para a esquerda na reta final da temporada passada e até respondeu bem o teste. Continuou por lá no início do ano, porém, o jogador viu sua passagem no Fluminense se encerrar depois de ter errado um pênalti contra o Botafogo, pelo Campeonato Carioca, onde não se entendeu o motivo de Calegari ter cobrado a penalidade. Logo depois, perdeu espaço e acertou sua saída por empréstimo ao Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos.
Recém chegado ao Fluminense, Guga sofre bastante com a mudança de lado na posição. O lateral não desempenha bem estando na esquerda, obtendo bastante dificuldade na marcação e também no ataque.
Vindo por empréstimo junto ao Santos, Pirani também foi mais uma “vítima” das improvisações. O volante, no entanto, foi bem quando requisitado, tendo melhorado a postura do Fluminense nas derrotas para Flamengo, pela Copa do Brasil, e River Plate, pela Libertadores, onde o Tricolor não estava bem em campo.
Reforço do Fluminense para o ano, Giovanni, apesar de ter perdido espaço com Diniz, também foi testado como lateral. Na partida contra o Corinthians, pelo Brasileirão, no mês passado, entrou no lugar de Guga pela esquerda e se mostrou até razoável. A mexida no entanto foi interpretada como uma cartada de desespero de Diniz, que bagunçou o time todo em busca de empatar o placar contra o Timão.
Alexandre Jesus, que é atacante, vem treinando como lateral esquerdo há alguns meses. Começou a jogar na posição no confronto contra o Paysandu, pela Copa do Brasil, e foi extremamente mal nos poucos minutos que jogou. Seu segundo e último jogo foi no empate para o Goiás no início desse mês, onde também não foi bem.
Felipe, zagueiro proveniente da base tricolor, foi, por enquanto, o último da lista. O jovem entrou na lateral esquerda no duelo contra o Atlético, na última quarta (20), no lugar de Guga, que se lesionou, e recebeu alguns elogios. A entrada dele no entanto foi por ser o único jogador de defesa presente no banco de reservas, já que nunca foi testado por Diniz nos treinamentos.
Tirando Caio Henrique, há tempos que o Tricolor não sabe o que é ter um atleta fixo da posição jogando bem por ali. A extensa lista de jogadores de outros setores na lateral esquerda é resultado de um péssimo planejamento do Fluminense para a posição. E se continuar assim, a tendência é que o torcedor continue a sofrer por mais tempo com o “fantasma da lateral”.