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·12 de fevereiro de 2021
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·12 de fevereiro de 2021
O segundo semestre da temporada 2020/21 chegou e com ele o medo de sempre do torcedor do Liverpool: Jogadoras do elenco livres para assinar pré-contrato com outros clubes. Desde 2015 essa questão passou a ficar cada vez mais evidente e os erros foram se acumulando ano após ano no time, quando tínhamos uma equipe bi campeã inglesa e perdemos os nomes mais importantes das campanhas dos títulos. Do mesmo modo, em 2018, a história se repetiu e o Liverpool cedeu para os seus principais adversários atletas promissoras, tendo o desmanche mais impactante da sua história.
Logo depois de conquistar o título nacional pela segunda temporada consecutiva, o Liverpool foi do céu ao inferno em questão de poucos meses. O primeiro nome a deixar o elenco, ainda em 2014, ao final da FA Women’s Super League daquele mesmo ano, foi o da estrela inglesa Lucy Bronze. Por questões de discordâncias salariais, a defensora deixou o clube. Naquela temporada, a equipe não conseguiu repetir as boas atuações das campanhas anteriores e quase foi rebaixada, terminando na vice lanterna. Em seguida, o treinador Matt Beard anunciou que estava de partida para o futebol estadunidense, e com ele veio o desmanche.
O time perdeu nomes como o da atacante Natasha Dowie e também o das meias Fara Williams, Katrín Ómarsdóttir e Nicole Rolser, todas importantíssimas nas conquistas das Reds e com o nome na história do clube.
2018 marcou o fim de uma era no Liverpool. Após a saída do técnico Scott Rodgers, que era o assistente do Matt Beard, um número considerável de importantes jogadoras do nosso elenco também deixou o clube. Assim, tivemos mais um desmanche. Nomes como o da Gemma Bonner, Caroline Weir, Sophie Ingle, Alex Greenwood, Siobhan Chamberlain, entre outros, foram para outras equipes inglesas, onde todas já foram campeãs com os seus respectivos novos times. Com isso, o novo comandante do Liverpool Women, Neil Redfearn, teve que ir ao mercado e montar um elenco novo – praticamente do zero – com 12 novas chegadas.
Com menos de 1 semestre à frente das Reds, o técnico Redfearn deixou o clube para assumir um cargo nas divisões de base do Newcastle. Depois disso, a diretoria anunciou a Vicky Jepson como a nova treinadora do time, tendo a confiança e apoio total do elenco. Com a saída da Vicky, o clima no vestiário não é mais o mesmo. Muitas dúvidas existem sobre quem assumirá o cargo, e as jogadoras vivem um momento de incertezas sobre o futuro delas. Vamos explicar caso a caso sobre tudo que pode acontecer na próxima janela de transferências.
A primeira saída se deu pela ex treinadora Vicky Jepson, que teve a sua demissão anunciada em janeiro. As jogadoras do elenco foram pegas de surpresa e não gostaram da decisão da diretoria, que emitiu uma nota oficial dizendo que está analisando nomes do mundo inteiro na busca de um novo comandante. Por enquanto, o cargo está sendo interinamente ocupado pela assistente técnica da equipe Amber Whiteley.
No Liverpool desde janeiro de 2018, a Babajide por muito tempo foi a jogadora mais ativa da equipe dentro de campo, e renovou o seu contrato no verão passado com o clube. No entanto, é nítido que o seu desempenho caiu nos últimos jogos. A atacante vem enfurecendo boa parte da torcida com decisões erradas em campo, privilegiando seu próprio jogo e não o coletivo. Algumas postagens nas redes sociais também irritaram seus seguidores. Além de parabenizar uma jogadora rival que atuou contra a equipe, Babajide compartilhou a notícia da morte de um bombeiro comparando a situação dele no quartel com a sua no clube.
Com vínculo até 2022, ela solicitou a saída do clube por empréstimo no último mês de janeiro, mas teve o seu pedido negado. É provável que ela não siga no elenco para a próxima temporada.
A atacante Melissa Lawley, a defensora Becky Jane e a meia-campista Jade Bailey foram os três nomes anunciados pelo time na offseason de 2019. No próximo mês de junho, as jogadoras completarão dois anos no clube e esse é o período contratual padrão adotado pela diretoria no passado recente. Sendo assim, elas já estão, inclusive, livres para assinar um pré-acordo com outras equipes e só permanecerão em caso de renovação com o Liverpool
A goleira Rylee Foster chegou do futebol da América do Norte ao time com um contrato de 18 meses e é mais uma que já está livre para assinar pré-contrato com outra equipe. Torcedora do Liverpool assumida, ela é um nome que a imprensa britânica acredita que renovará. Já o caso da Rachel Furness é cheio de incertezas. Principal nome do nosso elenco desde que chegou, acredita-se que ela também assinou contrato com duração de 1 ano e meio. Caso que não pode ser confirmado, já que não termos acesso à informações sobre o contrato da norte irlandesa.
Ainda em janeiro do ano passado, a jovem Missy Bo Kearns, que é atleta do time desde as categorias de base, assinou o seu primeiro contrato profissional com o clube. Apesar de não se saber o tempo do contrato firmado entre a jogadora e o Liverpool, especula-se que a scouser ainda tem pelo menos mais 1 ano de contrato.
Niamh Fahey, Leighanne Robe, Razza Roberts e Kirst Linnett foram quatro jogadoras que chegaram ao clube no verão de 2018, e na offseason passada renovaram o seu vínculo com o time. As defensoras Fahey e Robe prolongaram o seu contrato com as Reds por mais duas temporadas, e sairão da equipe apenas com pagamento de multa rescisória. Já o futuro da galesa Roberts está em aberto. Com casamento marcado para a metade de 2021, os próximos passos da meia-campista está em aberto. Sobre a Linnett, não tivemos acesso à informações do novo contrato da atleta, mas espera-se que também tenha sido até o verão europeu de 2022.
A Amy Rodgers foi mais uma que estava na equipe e renovou. Se formando na faculdade de Liverpool, a jogadora tem vínculo com o time apenas até o final dessa temporada e, depois, estará livre para se mudar pra qualquer cidade no país.
Taylor Hinds, Amalie Thestrup e Meikayla Moore foram as jogadoras de linha contratadas. As três assinaram acordo de 2 anos. A experiente goleira Rachael Laws também foi anunciada como reforço do Liverpool, mas a política com atletas da posição é diferente. Antes dela, as opções pro gol eram a alemã Anke Press e a Fran Kithcing, que durante o tempo de ambas no time, assinaram sempre contrato de 1 temporada.
As atacantes Ashley Hodson e Jess Clarke, além da Babajide, são as nossas únicas atletas sobreviventes do êxodo do verão de 2018 no elenco atual. Em abril de 2019, elas renovaram com o Liverpool, ao que tudo indica, por mais 2 anos, e são dois nomes que sofreram bastante com lesões durante esse período. Caso se confirme que a extensão contratual delas é realmente até abril de 2021, elas podem nem terminar a atual temporada com a equipe.
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