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·21 de novembro de 2025

Hulk, o ídolo que segue os passos de Ronaldinho rumo ao trono do Atlético Mineiro

Imagem do artigo:Hulk, o ídolo que segue os passos de Ronaldinho rumo ao trono do Atlético Mineiro

Quando os torcedores do Atlético Mineiro pensam nos três maiores ídolos do clube, todos concordam: Hulk, Ronaldinho e Reinaldo. A pergunta que gera debate é: em que ordem?

Essa discussão em um dos clubes mais tradicionais do Brasil pode ser resolvida no sábado, quando Givanildo Vieira de Souza, conhecido como Hulk, disputar a final da Copa Sul-Americana, em Assunção, contra o Lanús, da Argentina.


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Se conquistar o título, o capitão de 39 anos finalmente terá um troféu continental com o clube de Belo Horizonte, e argumentos sólidos para ser considerado, de forma isolada, o maior ídolo da história alvinegra.

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Hulk, em lance do gol do Atlético-MG. (Foto: RODRIGO BUENDIA / AFP)

A concorrência é pesada: Ronaldinho deu ao Mineiro, em 2013, sua única Copa Libertadores, após ser reverenciado nos estádios da Europa por suas acrobacias; já Reinaldo é uma lenda que detém o recorde de maior artilheiro do Galo, com 255 gols.

Hulk é o maior goleador do Atlético no século XXI, com 134 gols em 283 jogos, além de ter conquistado o Brasileirão de 2021, a Copa do Brasil e uma Supercopa.

Embora a Sul-Americana seja o segundo torneio mais importante do continente, “se ganharmos a Copa Sul-Americana, acho que o Hulk se coroará como o maior ídolo da nossa história”, diz à AFP Vinícius França, profissional de marketing esportivo, de 25 anos, apaixonado pelo Mineiro.

Para outros, como Tiago França Louvera, analista financeiro de 28 anos, a questão já está decidida: “Se o Atlético vencer a Sul-Americana, será apenas mais um passo, um detalhe para torná-lo o maior ídolo da história. Para mim, ele já é, mas isso colocará o laço final”.

Superatleta

Em Belo Horizonte, o nome Hulk não remete ao super-herói da Marvel, mas ao superatleta musculoso de mais de 90 kg que chegou ao Mineiro em 2023, após passagens pelo futebol do Japão e clubes europeus como Porto e Zenit.

Em 2024, quando a torcida já o adorava, ele esteve perto de alcançar o Olimpo atleticano ao disputar a final da Libertadores.

Mas o time comandado pelo técnico Gabriel Milito perdeu por 3 a 1 para o Botafogo, mesmo com um jogador a mais desde os dois minutos, após expulsão de um rival.

“Pagamos um preço alto, uma oportunidade única de ganhar a Libertadores; infelizmente, não fomos capazes de aproveitar”, lamentou Hulk à época.

Meses depois, no canal Charla Podcast, ele afirmou que aquele foi um dos piores momentos de sua carreira. É algo que “não quero viver nunca mais na vida”, disse.

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Foto: Pedro Souza / Atlético-MG

“Sobrenatural”

Em 2013, o Galo foi uma sensação continental. Uma campanha mágica de Ronaldinho, sob o comando de Cuca, culminou com a única Libertadores do clube.

Mas, apesar do título histórico, Ronaldinho não é plenamente identificado com o preto e branco. Um ano após a conquista, foi para o Querétaro, do México, e encerrou a carreira no Fluminense, o quarto clube brasileiro que defendeu, além de Flamengo, Grêmio e Atlético-MG.

Hulk, em contrapartida, só vestiu outra camisa no Brasil: a do Vitória, da Bahia, no início da carreira.

“Ronaldinho teve sua importância, mas se olharmos o contexto geral, o que o Hulk vem fazendo todos esses anos, desde que chegou ao Atlético, é algo sobrenatural”, opina o torcedor Wenderson Diniz, de 26 anos.

As comparações com Reinaldo remetem a tempos distantes. Entre 1973 e 1985, ele marcou mais gols do que qualquer outro jogador do Galo e virou símbolo de resistência contra os clubes dominantes da época, de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Também foi uma figura social importante na luta contra a ditadura (1964-1985).

Mas parte da torcida não perdoa o fato de ele ter defendido o Cruzeiro, maior rival, e de ter confessado, já aposentado, que gostaria de ter jogado no Flamengo.

“Isso diminuiu a idolatria por Reinaldo”, afirma o torcedor Vinícius França.

Por outro lado, “Hulk é um jogador acima da média, fora do comum na nossa história”.

“Hulk significa grandeza para mim”, conclui Tiago França Louvera.

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