Trivela
·20 de julho de 2022
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·20 de julho de 2022
A Inglaterra está na semifinal da Eurocopa Feminina em 2022. Depois de uma partida duríssima, como, aliás, era esperada, as Lionesses venceram por 2 a 1 em Brighton, com o segundo gol saindo apenas na prorrogação. Mais do que isso: o empate só veio nos minutos finais do tempo normal. Definitivamente, não faltou emoção na classificação das inglesas, que seguem como favoritas no torneio.
A Espanha vinha de uma classificação difícil na fase de grupos. Sem as suas duas principais jogadoras, a melhor do mundo Alexia Putellas e outra atacante, Jennifer Hermoso. As duas acabaram fora da Euro por lesão. Mesmo assim, o time comandado por Jorge Videla conseguiu manter o estilo e manter o time no caminho. A derrota para a Alemanha mostrou que o time teria dificuldades contra times mais fortes, mas que também poderia complicá-los.
A Inglaterra, por sua vez, conseguiu fazer uma grande primeira fase. Venceu seus três jogos e chegou como favoritíssima. Primeiro, porque joga em casa e o público tem comparecido aos estádios. O principal, porém, é que a equipe comandada por Sarina Wiegman é muito boa em campo, organizada e com muitos bons talentos. Wiegman ainda traz a experiência de ter sido campeã desse torneio em 2017, por Países Baixos.
O primeiro tempo foi um duelo pela bola. A Espanha gosta de manter a posse, é parte da sua estratégia, mas a Inglaterra não abriu mão dessa disputa. Ainda que a Espanha tenha ficado mais com a bola, o que se viu foi equilíbrio nesse aspecto. As inglesas conseguiram amenizar a posse de bola espanhola e torná-la pouco produtiva – algo que já se imagina que poderia acontecer com as duas principais atacantes da seleção fora da Euro.
Com o seu estilo de jogo de passes, a Espanha deixou a Inglaterra desconfortável no primeiro tempo. Ficou mais perto do gol adversário e, eventualmente, levou bastante perigo em cabeçadas de Patri Guijarro e Irene Paredes. Marta Carona também levou perigo em um chute. Aos poucos, porém, a Inglaterra encontrou seu ritmo, ganhando as bolas aéreas na defesa e no ataque. Chegou a marcar um gol com Ellen White, mas foi anulado por impedimento.
A Espanha conseguiu abrir o placar logo no começo do segundo tempo, aos oito minutos. Uma linda jogada de Athenea Del Castillo, que deu um lindo drible, chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro para a camisa 9, Esther González, que dominou, girou e finalizou para marcar: 1 a 0. Um belo gol espanhol, que surpreendeu os torcedores no estádio.
O gol espanhol deixou o estádio tenso. O nervosismo apareceu, mas a Inglaterra, pouco a pouco, conseguiu retomar o controle do jogo. A Espanha, por sua vez, naturalmente foi recuando, até porque via uma imposição física das inglesas que as obrigava a ir para trás para segurarem o resultado.
O empate veio aos 37 minutos, de forma dramática. Os ingleses já estavam tensos no jogo, com dificuldades para chegar ao ataque. A pressão inglesa aumentava, tentando de todos os jeitos e o gol saiu justamente em um lance de abafa. Depois de cruzamento da direita, Alessia Russo ajeitou de cabeça e Ella Toone completa para o fundo da rede: 1 a 1.
A virada veio na prorrogação. Aos seis minutos, a Inglaterra tomou a bola no meio-campo, Georgia Stanway recebeu, avançou e soltou uma bomba, no canto, e marcou: um golaço e virada das Lionesses: 2 a 1.
Mais inteiras fisicamente, as inglesas controlaram a partida na prorrogação, sem dar muitas chances de recuperação para a Espanha. As espanholas, com problemas para ter força de ataque, sentiram o baque.
No fim, a classificação foi garantida com o apito final, o que colocou o estádio em chamas. A torcida fez muita festa, assim como as jogadoras inglesas em campo. As espanholas choravam a desclassificação, algo que dói especialmente por ter ficado tão perto.
A Inglaterra espera o vencedor do confronto entre Suécia e Bélgica para saber quem enfrentará na semifinal, no dia 26 de julho.