Inter é humilado em São Januário, tá trabalhando para ser rebaixado e só um milagre pode lhe salvar

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JB Filho Repórter

·29 de novembro de 2025

Inter é humilado em São Januário, tá trabalhando para ser rebaixado e só um milagre pode lhe salvar

Essa noite, vimos o típico jogo de time que caí. Isso é retrato de quem trabalha pelo rebaixamento. Aliás, já podemos dizer que o Inter trabalhou para ser rebaixado. A única dúvida agora é se irá cair ou não.
Neste momento, a melhor chance de escapar é torcer para o Mirassol confirmar o favoritismo e bater o Vitória. Se, por ventura, o Vitória vencer, o Inter vai pra zona de rebaixamento. Isso mesmo, pra zona. Faltando apenas duas rodadas pro Brasileiro acabar.
Em campo, a partida tem dois tempos completamente distintos. Só que, nos dois, o Inter perde e perde muito feio para o Vasco. Nos dois cenários, com ou sem chuva.
A goleada é tão expressiva que os dirigentes não poderão sequer reclamar do gramado sem boas condições de jogo no segundo tempo.
Bom, vamos por partes. Emíliano (que é o técnico, é ele quem faz tudo, o Ramón tá louco pra aposentar e só fica aqui pelo filho), começa com Aguirre na lateral-direita, um tripé no meio-campo, tentando a tática de ter Vitinho e Carbonero no ataque, mas ambos abrindo nas pontas porque o Alan Patrick seria o falso 9.
Não deu nem pra saber como começaria. Afinal, com menos de dois minutos, Aguirre tenta dar uma caneta no cara, perde a bola e acontece o gol dos caras.
Com menos de 10 minutos, tá 2 x 0, quando Rochet tem sua primeira falha. Sim, primeira, pois Rochet tem pelo menos mais duas falhas na partida. Rochet é responsável direto pela goleada. Poderia não ter conseguido evitar a derrota, mas o tanto de gols tomados foi por culpa dele.
Com 16 minutos, Emíliano se vê obrigado a mudar. Aguirre deixa o campo, Bruno Gomes vai pra lateral e Ricardo Mathias entra no ataque, com Alan Patrick voltando a ser meia. Gente, quando o treinador precisa mudar com 16 minutos, é porque errou e errou rude na escalação.
Bom, o Inter até acha um gol. Gol achado. Não tem outra explicação. Jogaram uma bola na área e ela entrou.
Após uma hora e meia parado, o Inter não queria jogar. A gente não sabia, mas ter ido pro hotel e voltar amanhã poderia ter sido melhor. Ou não, né? Talvez, a humilhação seria a mesma. O Vasco estava bem no primeiro tempo também.
O Inter volta tomando gol com os mesmos dois minutos, dessa vez do segundo tempo. E o gol é emblemático porque começa com uma bola perdida do Ricardo Mathias. Todo mundo fala a mesma coisa dele, não compete como tem que competir. Tem bola no corpo, o que lhe falta é ser profissional. Tem a ferramenta, só não quer usar. É chamado até de preguiçoso no bastidor. Assim não dá.
A partir desse gol, tudo acabou. Porém, os caras gostam de sofrer. Teve gol com o Luis Otávio desmoronando na frente da área e o Rochet levando chute sem ângulo, com ele metendo a bola pra dentro do seu próprio gol. Isso é humilhante. O Coutinho, esperto que é, viu que o Rochet tava aceitando de longe e começou a finalizar pra testar. Olha o nível que chegaram.
Na boa, o Vasco atropelou o Inter fisicamente. Eles tomavam a frente em todos os lances. Competiram muito mais.
Incrivelmente, o time do Diniz teve menos posse de bola e trocou menos passes. Só que eles competiram. Eles tomavam a frente em qualquer lance relevante. Foram muito mais estratégicos.
Não existe comprometimento dos jogadores. O Carbonero levou o terceiro amarelo. Mais uma vez, no momento decisivo, toma cartão. Ele não tem a menor noção de onde está. Na boa, não é o tipo de jogador que um clube precisa ter no seu elenco. Descompromissado, pra dizer o mínimo.
Bom, eu não consigo aqui falar individualmente sobre cada jogar. Afinal, todos foram mal. Ninguém fez nada bem. Simples como isso. Todos mal. Nem sequer um sinal de indignação se viu. Desmotivação é a palavra. Perdidos também pode explicar o que acontece ali.
Gente, o resumo é que esse é o tipo de jogo simbólico de quem vai cair. Eu ainda acredito que dá pra torcer pelo Mirassol amanhã e depois ganhar do Bragantino, na última rodada, e escapar. Agora, se cair, vamos lembrar dessa como a partida emblemática do rebaixamento. Tá meio na cara isso.