Investidor da SAF do Atlético-MG é preso em operação feita pela Polícia Federal | OneFootball

Alvo de operação da Polícia Federal por venda de títulos de crédito falsos, Daniel Vorcaro, investidor da SAF do Atlético-MG e dono do Banco Master, foi preso na segunda-feira (17), no aeroporto de Guarulhos, quando tentava sair do país em um voo particular para Malta, e levado à Superintendência da PF, em São Paulo.

De acordo com as investigações, o banco emitia CDBs aos clientes e não pagava o valor de até 40% da taxa básica do mercado, prevista no momento da contratação do serviço.

A ação aconteceu um dia depois da instituição, que passa por problemas financeiros, ser adiquirida pelo consórcio do grupo de investimento Fictor Holding Financeira, que conta com investidores dos Emirados Árabes Unidos. Com a compra, que passaria por aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o Master receberia um montante imediato de R$ 3 bilhões.

A venda do Banco Master teria sido determinante para uma possível tentativa de fuga do mandatário. Assim que soube da conclusão da negociação, Daniel Vorcaro teria deixado o banco na tarde de segunda-feira, em um helicóptero, e se deslocou até Guarulhos, onde embarcaria em um avião particular para sair do Brasil. Ele pretendia estar ausente quando a notícia da venda do Master fosse revelada, segundo a PF.

Após a prisão de Vorcaro, o Banco Central comunicou a liquidação extrajudicial do Master e o congelamento dos bens dos antigos gestores e controladores da instituição. Deste modo, a operação de compra da instituição foi interrompida.

INVESTIMENTO NA SAF DO GALO

Antes de entrar na mira da PF, Daniel Vorcaro chamou a atenção pela suposta associação de dois fundos de investimentos, utilizados por ele para adquirir uma parcela da SAF do Atlético-MG, com o crime organizado.

Entre 2023 e 2024, o banqueiro investiu R$ 300 milhões na SAF do Galo, esse valor teria como fonte fundos de investimentos investigados pelo Ministério Público de São Paulo suspeitos de serem utilizados como parte de esquema de lavagem de dinheiro ao PCC.

Em nota, o Atlético-MG disse que o Galo Forte é um veículo regular e registrado na CVM, administrado pela Trustee Distribuidora de Títulos Mobiliários Ltda., e que não tem conhecimento de qualquer irregularidade.