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·27 de junho de 2024

James Rodríguez: o ídolo e craque da Colômbia que não engrena no São Paulo

Imagem do artigo:James Rodríguez: o ídolo e craque da Colômbia que não engrena no São Paulo

Um craque com uma grande dicotomia a ser discutida. Pela seleção, James Rodríguez é o camisa 10 e segue intocável na escalação colombiana para a Copa América. Pelo São Paulo, o astro não passa de um jogador preterido e esquecido no elenco, sem ter, até hoje, uma sequência de jogos considerável.

Na estreia da competição sul-americana, um passeio do colombiano: com duas assistências, James foi crucial na vitória frente ao Paraguai, por 2 a 1. Mas, porque será que o jogador não consegue seguir com o mesmo brilho quando defende as cores do São Paulo?


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Intocável para Néstor Lorenzo

Na escalação da Colômbia de Néstor Lorenzo para a Copa América, James é crucial. Com a camisa 10 na armação do jogo e manutenção da estabilidade ofensiva, o jogador é uma das peças mais importantes para a fluidez do jogo colombiano há um tempo considerável.

Mesmo em instabilidade e decadência na carreira nos últimos anos, James Rodríguez não deixa a peteca cair com a camisa da seleção colombiana. Pela equipe nacional, o meia de 32 anos começou como titular em 16 das 20 últimas oportunidades que vestiu as cores amarelas e azuis.

A função do camisa 10 é garantir que o jogo colombiano saia como o esperado. Em muitas oportunidades na partida contra o Paraguai, James recuava entre os volantes para, em ligações diretas, organizar o ataque da Colômbia desde a defesa, com a sua qualidade e técnica refinadas.

James acertou 88% dos passes que tentou na estreia da Copa América, contra os paraguaios. Em deslocamento livre, o meia se mostrava onipresente: aparecia tanto na direita, como na esquerda e no meio, para servir os companheiros e auxiliar na construção dos gols.

E, se o destaque principal do futebol colombiano hoje em dia é Luís Díaz, que atua pelo Liverpool, na seleção é outra história. Se não fosse por James Rodríguez, o atacante do clube inglês, além dos demais companheiros, não teria as chances que tem de orgulhar os torcedores nacionais.

James é o motor da seleção colombiana.

No Tricolor, a situação é outra

Com a camisa do São Paulo, James Rodríguez parece outro jogador. Apesar da técnica e da qualidade, o meia colombiano não consegue manter uma sequência de jogos e, quando atua, passa longe do brilho que ostenta com a camisa da seleção.

Até agora, em 22 participações oficiais com a camisa tricolor desde 2023, James marcou dois gols e contribuiu com três assistências. Mas, a grande questão é o motivo pelo qual o atleta não consegue se fixar como um jogador importante no clube, mesmo com os três diferentes técnicos com quem trabalhou na equipe.

Na temporada atual, após preparação e recuperação de lesão durante o Campeonato Paulista, a premissa é de que James fosse titular no começo da Libertadores. Porém, além das questões físicas, o colombiano de 32 anos foi preterido no meio campo tricolor: James atuou em apenas quatro das 19 partidas que o clube jogou depois do Estadual.

O estilo tático do São Paulo, ao contrário do colombiano, não permite um camisa 10 imóvel, como o meia mostrava ser pelo Tricolor. A pulga fica atrás da orelha: pela Colômbia, o ex-Real Madrid não se mostra "estático" e se movimenta pelo campo ofensivo em diferentes zonas do gramado, como citado anteriormente.

Além disso, o jogador não consegue demonstrar a mesma genialidade e técnica que esbanja com a camisa amarela da Colômbia. Os motivos? Praticamente indecifráveis. Sejam questões de relacionamento, de instrução tática ou até de vontade do próprio atleta. É difícil saber.

Bastidores turbulentos na Barra Funda

O jogador, inclusive, chegou a ficar a poucos detalhes da rescisão com o Tricolor, muito por conta de não atuar com frequência e de atritos com Dorival Júnior e Thiago Carpini. Mas, pouco tempo depois, o colombiano voltou atrás e foi reintegrado ao elenco.

"O que atrapalhou um pouco foi o controle de carga que fizemos na pré-temporada por um incomodozinho na panturrilha", disse Carpini sobre a instabilidade de James, que ainda pontuou que sair foi "um desejo do próprio atleta", no período que a rescisão quase foi acertada.

É verdade que James não é o mesmo jogador pelo clube paulista. A questão que fica é o motivo disso. Bem, esse pode ser mais um dos questionamentos nunca respondidos no futebol brasileiro.

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