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·08 de junho de 2021

Jogadores da seleção brasileira vão disputar a Copa América?

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A Copa América 2021, que vai ser realizada no Brasil, ainda nem começou e já coleciona polêmicas. Entre elas - e por causa delas - surgiu a possibilidade de que a seleção brasileira boicotasse a disputa do torneio.

Desde a notícia de que o Brasil seria a nova sede da Copa América, que antes seria realizada na Colômbia e na Argentina, tem havido muita mobilização no país. Além de torcedores que se manifestaram contrários à realização do torneio em meio a pandemia de Covid-19, parte dos jogadores do Brasil também não ficou satisfeito.


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Entre as reclamações, a principal era sobre a postura de Rogério Caboclo, presidente da CBF, agora afastado do cargo, e como o mandatário tratou o assunto. No dia anterior à divulgação da nova sede, o cartola teve uma reunião com os líderes da seleção, e não mencionou o tema com eles.

Uma possível tensão entre Caboclo e a comissão técnica da seleção também incomodaram, principalmente na possibilidade de Tite ser substituído no comando do Brasil.

Além das críticas ao presidente, os jogadores também tinham o desejo de usar as datas reservadas para a Copa América para disputar os jogos adiados das Eliminatórias para a Copa do Mundo, com o intuito de desafogar o calendário do futebol.

Estes pontos fizeram com que a participação dos jogadores na Copa América começasse a ser debatida internamente. Além das especulações de um possível boicote que começaram a surgir, a entrevista coletiva do técnico Tite, antes do jogo contra o Equador, deu a entender a insatisfação do grupo.

"Temos uma opinião muito clara e fomos lealmente, numa sequência cronológica, eu e Juninho, externando ao presidente qual a nossa opinião. Depois, pedimos aos atletas para focarem apenas no jogo contra o Equador. Na sequência, solicitaram uma conversa direta ao presidente. Foi uma conversa muito clara, direta. A partir daí, a posição dos atletas também ficou clara. Temos uma posição, mas não vamos externar isso agora. Temos uma prioridade agora de jogar bem e ganhar o jogo contra o Equador. Entendemos que depois dessa Data Fifa, as situações vão ficar claras", disse o treinador.

Desde a oficialização do Brasil como nova sede da Copa América, as entrevistas coletivas dos jogadores foram canceladas pela CBF. Desta forma, então, o único posicionamento do grupo foi feito por Casemiro, na saída de campo após a vitória contra o Equador.

"Nosso posicionamento todo mundo sabe, mais claro impossível, Tite deixou claro nosso que pensamos da Copa América. Existe respeito e uma hierarquia que temos que respeitar, e claro que queremos dar nossa posição", disse. "Queremos falar. Não queremos desviar o foco, porque isso [Eliminatórias] para nós é a Copa do Mundo. Mas queremos falar, expressar a nossa opinião, se é certo ou não, cada um vai determinar, mas queremos expressar nossa opinião, sim".

A seleção brasileira vai participar da Copa América ou vai boicotar o torneio?

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O posicionamento oficial dos atletas vai ficar para depois do jogo contra o Paraguai, válido pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. A promessa é de que o grupo divulgou um manifesto definindo a participação no torneio, juntamente com uma crítica sobre como as coisas foram feitas.

No entanto, alguns veículos, como GE.com, Placar e CNN apuraram que, após o afastamento de Caboclo da presidência da CBF, após acusações de assédio sexual e moral, os jogadores decidiram por participar, sim, da Copa América.

Além do afastamento de Caboclo, segundo o GE.com, o aspecto técnico também pesou na decisão. O grupo entende que esta pode ser a última oportunidade que os jogadores têm de passar um longo tempo reunidos antes da Copa do Mundo, em 2022.

A participação de outras seleções também pesou contra o boicote, segundo a Veja. A AFA (Associação de Futebol Argentino) já confirmou que vai disputar a Copa América, apesar de não deixar a seleção hospedada no Brasil - o time vai ficar no centro de treinamentos, em Buenos Aires, e virá ao país apenas para os jogos.

As imprensas locais que cobrem outras seleções também descartam a possibilidade de os times não entrarem em campo. Questões financeiras e a vitrine que a Copa América pode dar aos atletas são determinantes para equipes como Venezuela e Bolívia.