Esporte News Mundo
·05 de maio de 2021
In partnership with
Yahoo sportsEsporte News Mundo
·05 de maio de 2021
Júlio César foi um dos principais zagueiros da história centenária do Guarani Futebol Clube.
Dono de força, técnica refinada e excelente posicionalmente, defensor, em entrevista ao Correio Popular comentou sobre os dérbis históricos disputados pelo Bugre.
Eleito pela Fifa como melhor zagueiro central na Copa do Mundo de 1986, atleta disputou 247 jogos pelo Alviverde, no período de 1980 a 1986, e marcou 11 gols.
Júlio participou de dez dérbis a partir de 1º de agosto de 1981, com duas vitórias, quatro empates e quatro derrotas.
Após deixar o Brinco de Ouro da Princesa, jogador fez história em grandes centros do futebol europeu, com passagens por Montpellier (FRA), Juventus (ITA), Borussia Dortmund (ALE), Panathinaikos (GRE) e Werder Bremen (ALE).
A chuteira foi pendurado no início do século XXI, em 2001, quando despediu-se dos gramados com a camisa do Rio Branco, de Americana.
1) Júlio, você chegou ao Guarani ainda muito novo e disputou muitos dérbis. Qual foi o clássico mais memorável e em qual teve melhor atuação individual?
Essa primeira pergunta é interessante. Eu tive vários dérbis disputados pelo Guarani, no qual nós ganhamos alguns, perdemos e faz parte. Quando se trata de um grande clássico, isso é normal. O resultado não é a matemática exata. Então pode acontecer qualquer resultado, vitória, empate ou derrota de qualquer um dos times. Então, para mim, na minha memória, foi 1 a 1, Guarani e Ponte, no Brinco de Ouro da Princesa, em 1985.
2) Muito se diz que o dérbi é um campeonato à parte. Você concorda com essa afirmação?
Hoje em dia, o futebol mudou bastante. A característica dos torcedores também mudou muito. Por se tratar de duas grandes equipes na mesma cidade, é uma rivalidade muito grande, mas eu acho que é um jogo normal. Isso aí é mais referência para os torcedores. Para mim, é um jogo normal.
3) Na sua opinião, qual é o segredo para vencer o dérbi?
Eu acho que para vencer o dérbi tem que estar bem preparado. Tem que estar psicologicamente bem preparado, fisicamente e em todos os sentidos. Depois, é a personalidade e a tomada de decisão de cada equipe dentro dos 90 minutos. Então eu penso que o mais importante mesmo é o empenho e a dedicação. O time que errar menos consegue a vitória.
4) Você disputou dérbis ao lado de vários craques pelo Guarani. Qual ex-companheiro de clube mais te marcou em um jogo contra a Ponte Preta?
Eu tive oportunidade de jogar com grandes jogadores. Pra mim, na minha memória, fica que sou um fã eterno do Jorge Mendonça. Nós jogamos juntos. Tivemos a oportunidade de jogar vários dérbis juntos. Então, para mim, Jorge Mendonça é um jogador inesquecível na minha memória.
5) Você foi revelado no Guarani, chegou à Europa e representou o clube na Copa do Mundo. Gostaria que falasse sobre a importância do Bugre no processo de formação profissional.
O Guarani foi o início de tudo. Eu tive a oportunidade de chegar ao Guarani em 1978, ano no qual estava sendo campeão brasileiro. Ali eu tive o privilégio de visualizar o Guarani sendo campeão brasileiro. A partir dali, estava tentando realizar o meu sonho também como um atleta profissional. Eu tive grandes treinadores, os quais me ajudaram muito: Zé Duarte, Roberto Lazaretti, enfim. São grandes treinadores que me ajudaram chegar à Seleção Brasileira e disputar uma Copa do Mundo.
6) Tem algum palpite para o jogo?
Em se tratando de dérbi, é difícil você dar um diagnóstico do jogo ou dar um palpite. Eu acho que a equipe que estiver melhor preparada e errar menos vai vencer o jogo. É difícil falar de resultado. Espero que vença a melhor equipe, a que jogue um futebol melhor, um futebol mais vistoso, e que possa agradar aqueles que estiverem assistindo. Apesar de a gente não ter a possibilidade de ter público no estádio, se for possível, aqueles que estiverem na televisão assistindo ao jogo, vão ter uma bela noite, de um futebol bem jogado e bem bonito.