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·01 de dezembro de 2025

Justiça condena Estado, Federação e Botafogo por morte de torcedor em 2017

Imagem do artigo:Justiça condena Estado, Federação e Botafogo por morte de torcedor em 2017

A Justiça do Rio de Janeiro determinou que parentes de Diego Silva dos Santos, torcedor do Botafogo morto em uma briga contra organizadas do Flamengo em 2017, recebam R$ 150 mil de indenização. De acordo com a decisão, houve falha de segurança no entorno do Nilton Santos, onde ocorreu o crime, durante o clássico válido pelo Carioca daquele ano.

O episódio ocorreu em 12 de fevereiro de 2017, por volta das 18h, quando integrantes das torcidas rivais entraram em confronto nas imediações do Engenhão à época. Sócio do Alvinegro, Diego caiu durante a briga e sofreu agressões com chutes, socos, golpes de porrete e perfurações. O torcedor foi encaminhado ao Hospital Salgado Filho, mas não resistiu.


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À época, o Esporte Espetacular divulgou a causa da morte por perfurações causadas com um espeto de churrasco.

A ação que indenizará os familiares de Diego foi movida pela mãe, pelo pai e pelo irmão do torcedor contra o Estado do Rio de Janeiro. Ainda segundo O Globo, o processo também envolvia a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) e os clubes envolvidos.

Botafogo condenado

A Sexta Câmara de Direito Público concluiu que o Estado, a Federação e o mandante da partida — no caso, o Botafogo — deveriam indenizar os familiares. O tribunal considerou que a falta de segurança no perímetro do estádio contribuiu diretamente para a tragédia.

Segundo registros da época, quartéis da Polícia Militar enfrentavam protestos de familiares de agentes dias antes do jogo. A mobilização impediu saída de viaturas e pressionou o governo por melhores condições de trabalho. O Alvinegro, por sua vez, afirmou à época que havia solicitado reforço, e o efetivo dentro do estádio passou de 60 para 65 policiais militares.

Os confrontos tiveram início cerca de duas horas antes do clássico, do lado de fora, justamente no perímetro com déficit de patrulhamento. A decisão destacou que a segurança pública exige prudência individual, mas que falhas estruturais tornam o Estado responsável diante de danos previsíveis e evitáveis.

Julgamentos dos envolvidos no crime

O processo criminal avançou nos anos seguintes, e Rogério Silva Guinard, à época membro de uma organizada do Flamengo, recebeu 19 anos de reclusão em regime fechado, em novembro de 2019, pelo homicídio de Diego. Ele recebeu mais sete anos e seis meses por associação criminosa.

Já o outro acusado, Herbert Vinicius Sabino de Paula, acabou absolvido do homicídio pelo Conselho de Sentença, mas condenado por associação criminosa. Ele já havia cumprido três anos em prisão provisória e passou a cumprir o restante da pena em regime aberto.

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