
Gazeta Esportiva.com
·08 de outubro de 2025
Justiça nega habeas corpus a Duilio em investigação sobre gastos no Corinthians

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·08 de outubro de 2025
O ex-presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, impetrou pedido de liminar em habeas corpus contra o procedimento do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que investiga supostos gastos pessoais indevidos na sua gestão – além das de Andrés Sanchez e Augusto Melo – à frente do clube. O pedido, porém, foi negado pela Justiça.
Duilio alegou que sofreu “constrangimento ilegal” por conta das quebras de sigilo das despesas de sua administração no Corinthians. Segundo apuração da Gazeta Esportiva, o ex-presidente não se coloca contra a investigação, mas não concorda com a forma como ela está sendo conduzida.
“A defesa de Duilio Monteiro Alves esclarece que impetrou Habeas Corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo a fim de afastar preventivamente qualquer constrangimento ilegal decorrente de procedimento investigatório sem justa causa qualificada, apoiada em documentos apócrifos de origem duvidosa”, manifestou-se a defesa de Duilio, através do advogado Lucas Lopes Knupp.
“A medida não se opõe à realização de esclarecimentos legítimos, mas à utilização de expediente investigatório genérico e indefinido, o chamado ‘fishing expedition’, em desacordo com os limites constitucionais e legais. A defesa reitera também sua plena confiança no Poder Judiciário para a correta apreciação da matéria”, acrescentou.
(Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
O uso de cartões corporativos na gestão Duilio também será investigado pelo MP, mas, neste momento, o órgão apura supostas notas fiscais que apontam R$ 86 mil gastos durante o mandato. O Corinthians teria bancado despesas com produtos para fins pessoais, como cerveja, cigarro e até tadalafila, remédio para disfunção erétil. As compras, porém, não foram necessariamente feitas por Duilio.
O ex-presidente não reconhece as faturas e registrou uma notícia-crime na Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade/Dope), solicitando a inclusão desta no inquérito policial já em andamento, que denuncia a circulação de documentos falsos e manipulados.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado pelo Ministério Público em meados de junho deste ano. Inicialmente, a apuração do MP iria abranger somente o período das gestões de Andrés Sanchez (2018 a 2020) e Duilio Monteiro Alves (2021 a 2023). Porém, após ouvir alguns depoimentos, o órgão decidiu investigar também o mandato de Augusto Melo.
Além de uma suposta apropriação indébita, são apurados também os possíveis crimes de estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa.