Kaká troca bola pela Bíblia e arrasta multidão como pregador em Sorocaba

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Jogada10

·19 de novembro de 2025

Kaká troca bola pela Bíblia e arrasta multidão como pregador em Sorocaba

O ex-jogador Kaká trocou os gramados pelo púlpito. Na última sexta-feira (14/11), o melhor do mundo em 2007 atraiu uma multidão para um culto em Sorocaba, no interior de São Paulo. O cenário, aliás, lembrava um estádio em dia de jogo decisivo. Mais de 1.500 pessoas lotaram o templo, ocupando até os corredores, para ouvir o testemunho do ídolo. Kaká, no entanto, chegou de forma simples, sem o glamour de outrora, vestindo roupas comuns e carregando apenas uma Bíblia.

A cerimônia começou com o tradicional “aquecimento” do craque. Ele brincou com a plateia, fez embaixadinhas e chutou bolas autografadas para os fiéis, causando um alvoroço digno de gol. Contudo, quando assumiu o microfone, o tom mudou. Com uma voz calma e introspectiva, Kaká iniciou sua pregação intitulada “O poder da presença de Deus”. Ele dividiu sua trajetória em cinco capítulos, conectando cada momento de sua carreira a passagens bíblicas que o guiaram.

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Ex-jogador pentacampeão relembrou os grandes feitos da carreira em culto – Foto: Reprodução

Kaká relembra piores momentos da carreira

O ex-meia não fugiu dos momentos difíceis. Ele relembrou o acidente na piscina em 2000, que quase o deixou tetraplégico, e as derrotas dolorosas, como a final da Champions de 2005 e a eliminação na Copa de 2006.

“Foram as piores derrotas da minha vida”, admitiu.

Kaká também falou sobre o auge no Milan e a frustração no Real Madrid, onde viveu uma crise de identidade.

“Quem eu sou? O melhor do mundo? Ou uma das piores contratações da história?”, questionou-se na época.

A resposta que encontrou, segundo ele, foi espiritual. “Descobri que a identidade é o nosso maior bem… Eu era filho de Deus”, pregou, arrancando aplausos e “améns” da congregação.

Kaká, que estudou teologia mas não se intitula pastor, segue sem vínculo com uma denominação específica. Por fim, o altar do culto virou zona mista, com fãs buscando autógrafos e fotos, provando que, mesmo sem a bola, o ídolo ainda arrasta multidões.