Trivela
·22 de março de 2023
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O Paris Saint-Germain vive todo ano a expectativa de conquistar a Champions League, a principal competição de clubes da Europa, mas ainda não conseguiu. Na atual temporada, 2022/23, o time foi eliminado nas oitavas de final para o Bayern de Munique. Por isso, o ex-jogador Philipp Lahm, ex-capitão da Alemanha e do Bayern de Munique, escreveu uma coluna criticando o PSG como projeto esportivo, ainda que politicamente tenha valido a pena.
Com um investimento monumental desde 2011, o clube se tornou dominante na França, mas não conseguiu conquistar o título europeu. Conseguiu chegar a uma final, em 2019/20. O time chegou uma vez à semifinal, em 2020/21. No mais, foi eliminado sempre nas quartas de final ou mesmo oitavas de final, como aconteceu nos dois últimos anos.
“Você sente que muitos torcedores do PSG que vieram para Munique [para o jogo de volta das oitavas da Champions League no dia 8 de março]. Suas esperanças que algo poderia acontecer morre todo ano novamente”, escreveu Lahm em sua coluna no jornal alemão Die Zeit.
“O Catar investe milhões no PSG. Politicamente, a estratégia funciona, mas esportivamente é uma decepção. O clube continua uma experiência fraca”, continuou o campeão do mundo pela Alemanha, em 2014.
O ex-jogador considera que Mbappé não alcança o seu potencial máximo atuando no PSG. “Seu talento não está sendo integrado [ao time]. Em Munique ele estava meramente esperando pela bola nos seus pés. Fico imaginando como a carreira de Mbappé poderia florescer”.
A Alemanha venceu a Argentina de Lionel Messi na final da Copa do Mundo de 2014 e comentou sobre a conquista do argentino no Catar em 2022. “Messi está integrado na Argentina como Mbappé está na França. Todos por um e um por todos. Mas suas habilidades [em Munique onde o PSG perdeu por 2 a 0 em 8 de março] estavam sendo usadas sem motivo ou sem alvo. Messi estava impotente e desesperado”, avaliou Lahm.
“Politicamente, o investimento no PSG deve ter valido a pena”, afirmou Lahm. “Os donos, o Estado do Catar, usou Paris e a Europa para sua própria política de segurança e geopolítica, incluindo seus jogadores. Assim é o mundo”, continuou.
“Mas futebol é diferente. Grandes times, o que se identifique com as pessoas, desenvolvem em um processo. Isso pode apenas acontecer com cooperação, solidariedade e comunidade. Esses são os valores da Europa, mas não do PSG”.