Deus me Dibre
·12 de setembro de 2025
Leonardo Jardim se emociona, celebra classificação e exalta trabalho na Toca da Raposa

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·12 de setembro de 2025
O Cruzeiro confirmou sua vaga nas semifinais da Copa do Brasil ao vencer o Atlético por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, pela partida de volta das quartas de final. Com o resultado, a Raposa fechou o confronto com 4 a 0 no placar agregado e carimbou sua classificação em grande estilo diante de mais de 61 mil torcedores. Após o jogo, o técnico Leonardo Jardim falou em tom emocionado sobre o feito, relembrando o início de sua trajetória no clube, exaltando o trabalho construído no dia a dia e projetando os próximos desafios da temporada.
Logo ao analisar a vitória, Jardim lembrou que sua chegada ao Cruzeiro coincidiu com um clássico contra o rival. Na ocasião, ele acompanhou a partida das arquibancadas e viu a equipe celeste sair derrotada no Campeonato Mineiro. Por isso, ressaltou a importância do resultado desta quarta-feira.
“Em relação ao resultado, cumprimos o que era o nosso objetivo. De forma justa, pelo que aconteceu nos dois jogos. Mas esse jogo ultrapassa a parte desportiva. Um clássico é um clássico. Eu cheguei dia 9 de fevereiro, no dia do clássico. Eu fiquei triste de ver nossos torcedores saindo com uma derrota. Eu queria dar como presente uma vitória contra o rival. Não aconteceu no campeonato, apesar do excelente jogo que fizemos. E eu estou muito feliz por conseguir dar essa vitória a todos os cruzeirenses.”
O técnico também valorizou a estrutura de trabalho montada no dia a dia da Toca da Raposa II e destacou que os bons resultados passam por diversas áreas do clube, não apenas pelo elenco e comissão técnica.
“Quando acabou o jogo, dei os parabéns pelo resultado, pela classificação. Um rival que no início da temporada ia jogar pelo título. As vezes é a cara do treinador, dos jogadores, mas temos que dar parabéns ao staff que é responsável pelas bolas paradas do clube. Somos mais competentes em termos defensivos e ofensivos. E o departamento clínico também faz parte integrante dessa base. Ajudou a recuperar os jogadores, como tem ajudado a equipe a ter níveis de recuperação alta. Intensidade x recuperação.”
Sobre a luta pelo título da Copa do Brasil, Jardim afirmou que o grupo não foge da responsabilidade, mas pediu foco no presente e descartou que o peso do passado possa atrapalhar o trabalho atual.
“Essa competição é importante como o Brasileirão. Nunca fugimos dessa responsabilidade. Agora só vamos pensar em dezembro. Mas vou dizer uma coisa em relação ao passado: o passado é uma história que é importante, mas pra nós é importante o próximo jogo e o que vai acontecer no presente. Era diferente, o passado não pode vir pra nossas costas, já passou.”
Emocionado com a classificação e com a alegria da torcida celeste, o treinador fez questão de reforçar que o elenco ainda não conquistou nada e que já pensa na sequência da temporada.
“Eu estou no futebol por emoções. É uma felicidade muito grande conseguir trazer uma vitória agregada de 4 a 0 sobre o nosso rival e nossos torcedores ficarem extremamente felizes. Como técnico, senti essa evolução. Não ganhamos nada, amanhã vamos começar a recuperação porque temos um jogo difícil, jogadores de fora, temos que pensar já na frente.”
Jardim também comentou sobre a quebra de tabus e a evolução do time desde sua chegada, reforçando o papel dos atletas na assimilação de novas ideias e na construção dos bons resultados.
“Eu tenho noção de que, todos os dias, dou o meu melhor em prol do meu trabalho. Com certeza os grandes responsáveis são os jogadores. Minha função é orientas. E o elenco aceitou uma nova ideia, nova abordagem. Todos de parabéns, o treinador é um gestor e os jogadores é que conseguem trazer os resultados, até agora, positivos.”
Ao explicar a estratégia adotada contra o Atlético, Jardim citou o estudo feito sobre o trabalho de Jorge Sampaoli e a execução do plano de jogo pelo elenco cruzeirense.
“Em relação ao trabalho, foi dividido em duas fases. Nossa estratégia, nossa forma de trabalhar. A segunda foi duas alternativas que poderiam aparecer nesse sistema, já utilizado pelo treinador no Rennes e no Flamengo. Tivemos uma análise desse tipo de situações. O que fizemos: fechamos o jogo interior e demos os corredores, porque sabíamos que nos cruzamentos seríamos mais competentes e mais fortes. Em termos de oportunidades de gols, foram 4 pro Cruzeiro e 1 somente pro adversário.”
Por fim, o português comentou sobre a reorganização do calendário do futebol brasileiro, com a Copa do Brasil tendo sua reta final remarcada para dezembro, e projetou a disputa do Campeonato Brasileiro na sequência da temporada.
“A federação aproveitou a eliminação de Palmeiras, São Paulo e Flamengo da Copa do Brasil para reorganizar o calendário, se não acontecesse, teriam que organizar de outra forma. Não é positivo ou negativo, é o que é. Em relação ao Brasileirão, vai ser um campeonato duro, muitas equipes brigando pelos primeiros lugares e temos que ser competentes, humildes e trabalhadores, para angariar pontos e ver o que vamos conseguir.”