Gazeta Esportiva.com
·14 de outubro de 2024
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Luan Peres vive um momento de felicidade no Santos. Após retornar ao clube, o zagueiro anotou seu primeiro gol com a camisa do Peixe no último sábado e contribuiu decisivamente para a vitória por 3 a 2 contra o Mirassol, que colocou a equipe na liderança da Série B do Campeonato Brasileiro.
A partida também marcou o retorno de Luan Peres como titular em jogos oficiais após se recuperar de uma grave lesão no joelho. O defensor esteve no 11 inicial pela primeira vez sob o comando de Fábio Carille e fez dupla com o zagueiro Gil, que tem sido um dos pilares defensivos do Santos na atual temporada.
Luan Peres substituiu Jair no time titular do Peixe, e a experiência da dupla de zaga santista fez com que o desempenho ofensivo do lateral direito JP Chermont se destacasse. O camisa 14, então, explicou o motivo por trás disso e exaltou não só a parceria com Gil, mas também as duas joias do clube da Baixada Santista.
“(O Gil) é um grande zagueiro, um zagueiro de muita história, muitos anos de Corinthians. Para o cara ter a idade que ele tem e se manter no alto nível há tantos e tantos anos, não é para qualquer um. Não é qualquer um que consegue chegar lá. Respeito muito ele. Foi meu primeiro jogo como titular ao lado dele, e fiquei muito feliz de formar dupla com ele. Ele passa bastante tranquilidade para a equipe. É um líder, um capitão que nós temos, e isso dá liberdade. Ele jogando mais pela direita consegue falar mais com o Chermont ali, coisa que antes era o Jair. O Jair também é um jogador novo, igual o Chermont, então eram dois do mesmo lado. Claro que é natural o Jair não ter a mesma experiência que o Gil, ainda vai ter no futuro, é um jogador muito promissor. Já teve propostas do Porto, do Botafogo. Com a idade dele, ter essas propostas mostra o potencial que ele tem. Vai se tornar cada vez mais um belo jogador e mais uma joia do Santos. Mais duas né, Jair e Chermont”, afirmou Luan Peres em entrevista ao Canal GOAT.
O zagueiro também foi questionado sobre outro jovem do Santos: Miguelito. O boliviano vem sendo pauta por receber poucas oportunidades no clube, enquanto vem brilhando pela seleção de seu país. Carille, por exemplo, respondeu sobre o tema em coletiva no último sábado, assim como o meia Giuliano também já o fez.
Luan Peres, por sua vez, evitou qualquer tipo de polêmica. O defensor destacou que todos sabem da qualidade que o meia tem, mas pontuou que é preciso ter cuidado com a expectativa que tem sido criada em cima dele. O defensor ainda ressaltou a disputa acirrada por uma vaga na posição onde Miguelito e disse que a vez do jovem “vai chegar”.
“É um grande jogador. É mais um jovem jogador que tem que ter cuidado, principalmente agora com uma pressão que a torcida faz para colocar o garoto. A expectativa gerada em cima dele, por ele já estar fazendo um bom trabalho na Bolívia, é por total mérito dele. No Santos, o moleque não vai entrar lá e resolver. Ele tem que entrar aos poucos, mostrar aos poucos o futebol dele. Eu acho que é isso. Carille tem que saber preservar o Miguelito, que tem tudo para ser um grande jogador, e ir colocando no momento certo. Claro, não sou treinador, são os momentos que o Carille achar melhor. E outra coisa, têm bons jogadores na posição em que ele joga, quem tá no banco. É todo mundo brigando pela posição e é opção do treinador. A vez dele vai chegar. Na seleção ele está bem, então ele tem tudo para, quando entrar, ajudar muito a gente também”, declarou o jogador.
Luan Peres faz, neste momento, sua segunda passagem pelo Santos. A primeira foi de 2019 a julho de 2021 e terminou quando o jogador rumou ao Olympique de Marselha, da França. O atleta de 30 anos esteve no elenco alvinegro que foi vice-campeão do Brasileirão em 2019 e, depois, vice da Libertadores em 2020.
O zagueiro, então, revelou as expectativas que teve ao concluir seu retorno ao Santos neste 2024 e destacou as dificuldades que sabia que iria encontrar, mas ressaltou que o Alvinegro Praiano é um clube que “não é para estar na Segunda Divisão”.
“Falando de elenco assim, é completamente diferente. Os jogadores são outros. Com exceção do Pituca, do Sandry, do Alison, do Diógenes e do João Paulo, são outros jogadores e acho que não cabe comparação. Aquele time foi muito bom, infelizmente não fomos campeões, mas fizemos uma boa Libertadores, um bom Campeonato Brasileiro também com o Sampaoli, sendo vice-campeão. Eu já acho que o cenário mudou logo depois que esse time se desfez. Em 2022, eu acho que já brigou para não cair, 2023 que aconteceu de cair, então já estavam sendo dois anos difíceis, e esse agora. Eu já imaginava o que eu ia encontrar aqui, um clube que não é para estar na Segunda Divisão. Eu não cheguei aqui no começo do ano, imagino que as coisas deveriam estar até mais difíceis, porque o campeonato nem tinha começado. Agora, já estamos no G4, quase conquistando esse nosso objetivo, então eu chego num momento um pouco mais favorável, mas imagino que quem está desde o começo do ano acabou sofrendo até um pouco mais”, comentou.
Por fim, Luan Peres também contou que, apesar do discurso de jogo a jogo ser prioridade, o Santos também pensa no futuro e faz suas contas com o objetivo de saber do que precisa para alcançar o acesso à elite do futebol nacional. O próximo compromisso do Peixe é contra a Chapecoense, nesta quarta-feira, às 20h (de Brasília), na Arena Condá, pela 32ª rodada da Série B.
“Não tem como você não pensar no futuro. Claro que o nosso objetivo é a Chapecoense. Não adianta já pensar no outro adversário, se perde pontos para a Chapecoense, temos que recuperar depois. Temos que fazer o nosso papel, que é tentar ganhar o próximo jogo. Mas claro que a gente já fica querendo saber, querendo ver quantos jogos precisamos ganhar. Se for possível, queremos ganhar os próximos três para já subir o quanto antes. Fazemos as nossas contas também, no clube, em casa. No último jogo de sábado, ganhamos de um adversário direto, que era o Mirassol, que também estava lá em cima, e vencemos o jogo de seis pontos, como dizem. Já foi um dos times que estavam lá em cima que conseguimos ganhar. Então é pensar sempre no próximo adversário, que é a Chapecoense, mas a gente também faz as nossas contas para poder subir”, concluiu o zagueiro.