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·28 de junho de 2025

Luto no jornalismo: Morre Ruy Carlos Ostermann

Imagem do artigo:Luto no jornalismo: Morre Ruy Carlos Ostermann

O jornalismo brasileiro perdeu uma de suas maiores referências. Morreu na noite desta sexta-feira (27), em Porto Alegre, aos 90 anos, o icônico Ruy Carlos Ostermann, carinhosamente conhecido como “O Professor”.

A notícia deixa em luto não só o Rio Grande do Sul, mas toda uma geração de profissionais da comunicação e amantes do esporte.


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Ostermann deixa três filhos — Cristiane, Fernanda e Felipe — além de cinco netos. Sua esposa, Nilce, com quem foi casado por 58 anos, faleceu em 2021.

Nascido em São Leopoldo, em 26 de setembro de 1934, Ruy iniciou sua carreira jornalística em 1962, na Caldas Júnior, passando pelas rádios e jornais da casa.

Depois, ingressou no Grupo RBS, em 1978, onde se consagrou como principal comentarista da Rádio Gaúcha e colunista da Zero Hora. Paralelamente, lecionava na UFRGS, onde uniu o conhecimento da Filosofia com a paixão pelos esportes.

Antes mesmo de entrar nas redações, Ruy já respirava esporte: foi jogador de futebol juvenil por Nacional e Aimoré, além de brilhar no basquete, representando a seleção gaúcha.

Mas foi com o microfone na mão e a caneta no papel que Ruy Ostermann revolucionou o jornalismo esportivo. Com análises embasadas, linguagem refinada e abordagem filosófica, o “Professor” criou um estilo único e pioneiro de comentar futebol.

Foi a voz que narrou os grandes feitos de Grêmio, Inter e Seleção Brasileira, em todas as Copas do Mundo entre 1966 e 2014 — um feito histórico.

Não se limitou às ondas do rádio. Comandou o programa “Encontros com o Professor”, foi deputado estadual por dois mandatos e secretário de Estado durante o governo Pedro Simon.

Em setembro de 2024, teve sua trajetória eternizada em uma biografia escrita pelo jornalista Carlos Guimarães.

Ruy Carlos Ostermann não foi apenas um comentarista. Foi um pensador do esporte, um formador de opinião, um mestre de gerações.

Seu legado permanecerá vivo em cada debate esportivo, em cada crônica reflexiva, em cada jovem que sonha em contar histórias como ele contava.

Descanse em paz, Professor. O jornalismo e o futebol te agradecem.

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