Marcelo Oliveira relembra título da Copa do Brasil 2015 pelo Palmeiras após dez anos: ‘Taça para mudar o caminho’ | OneFootball

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·01 de dezembro de 2025

Marcelo Oliveira relembra título da Copa do Brasil 2015 pelo Palmeiras após dez anos: ‘Taça para mudar o caminho’

Imagem do artigo:Marcelo Oliveira relembra título da Copa do Brasil 2015 pelo Palmeiras após dez anos: ‘Taça para mudar o caminho’

Campeão da Copa do Brasil pelo Palmeiras, Marcelo Oliveira não esquece a atmosfera dos duelos contra o Santos, em 2015. Em dois duelos dramáticos e cercados de muitas provocações, o time alviverde venceu o rival nos pênaltis, após perder o primeiro jogo na Vila Belmiro por 1 a 0 e vencer por 2 a 1 na volta no Allianz Parque.

Em conteúdo especial do NOSSO PALESTRA em comemoração dos dez anos do título, Marcelo relembrou como o time foi tratado como ‘azarão’ antes das partidas, com provocações pela mídia e de parte dos santistas.


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– Esse título foi importante para mim. Eu já tinha ido a três finais e não tinha conseguido ganhar e naquele momento estava uma ideia externa de que o Santos estava melhor e iria atropelar. Fomos e conquistamos o título em casa e, inclusive, merecia ter ganho no tempo normal, já que fomos melhores que o Santos.

Antes da última partida da final, Alexandre Mattos, então diretor de futebol, levou a equipe alviverde para Atibaia, no interior de São Paulo, feito que para Marcelo ajudou a equipe a ficar concentrada. No dia do jogo, em uma das maiores festas já vistas na história do clube, a torcida tomou as ruas nos arredores do Allianz Parque para incentivar o time. Ele relembra como foram os dias e os momentos antes do duelo.

–  Foi emocionante quando chegamos, a gente esperava um campo lotado, mas ninguém esperava aqueles cem metros com tanta e tanto entusiasmo, com fogos, os jogadores filmando, aquilo me deu uma condição de até falar pouco no vestiário, acho que aquele momento foi o suficiente para entrar com uma vontade ainda maior, uma gana maior. A torcida teve um papel fundamental no título da Copa do Brasil.– Mas quando acabou o jogo em Santos a gente teve a convicção que nos prepararíamos muito. O Alexandre Mattos também foi importante pois nos levou para o interior e fizemos uma preparação muito boa

Além disso, as provocações ao longo da temporada entre os jogadores foi um combustível para os palmeirenses. Na vitória santista por 2 a 1, na Vila Belmiro, pelo segundo turno do Brasileirão, Ricardo Oliveira provocou o goleiro Fernando Prass com uma careta.

As provocações foram ainda mais infladas com o roteiro do primeiro jogo. Na primeira partida, realizada na Vila Belmiro, o Palmeiras perdeu para o Santos por 1 a 0, com gol de Gabigol – que ainda desperdiçou um pênalti neste jogo. No segundo tempo, o atacante Nilson perdeu um gol inacreditável para os santistas quase debaixo das traves. Marcelo, no entanto, relembra que não utilizou as polêmicas como combustível, sabendo que os jogadores já viam isso pelo externo.

– Em nenhum momento usei qualquer coisa sobre as provocações do Ricardo Oliveira, também não usei nem as falas de jornalistas. Isso não precisava, já tinha uma pressão grande de jogar a final com esse peso pelo Palmeiras e, afinal, os jogadores já ouviam isso (sobre as polêmicas e provocações) de outras pessoas

Marcelo também falou da importância de Fernando Prass, que bateu o pênalti decisivo na disputa na marca da cal. No entanto, relembrou que o goleiro treinava esse tipo de batida.

– O Fernando Prass não bateu o pênalti decisivo por acaso. Ele bateu, pois, era líder e de uma postura irretocável. Primeiro a entrar em campo e último a sair. Ele pediu para bater nos treinos e reconhecemos que ele batia bem.

Caminho até a decisão

Marcelo Oliveira relembrou os duelos que antecederam a final, especialmente contra o Internacional, nas quartas de final, e com o Fluminense, na semifinal, ambos conquistados com vitórias no Allianz Parque após empate e derrota no jogo de ida, respectivamente.

– As vezes as pessoas falam pouco de algo importante. Uma competição de mata-mata, como a Copa do Brasil, tem diferenças fundamentais de se jogar em relação ao Campeonato Brasileiro e aos pontos corridos. As vezes, quando você está perdendo no primeiro jogo, e sabendo que vai ter um jogo de volta em casa, não se abre e decide em casa. Essas combinações fazem com que um time chegue a final.

Ele também conta que o clube passava por transformações com a chegada da Crefisa como patrocinadora e mais de 25 contratações para aquela temporada. Marcelo chegou ao clube já na metade de 2015, após Oswaldo de Oliveira levar o time ao vice-campeonato do Paulistão.

– Não tínhamos um time formado, foram sete meses de trabalho e com muitas contusões. Estávamos buscando um time na própria final. O lateral Lucas não jogou, entrou o Joao Pedro, aí ele não aguentou e entrou um outro menino da base, o Lucas Taylor. Teve também o Matheus Sales entrando na final. Sabíamos que era a grande oportunidade de um título e que poderia mudar o caminho de muitos ali e também do clube.

Por fim, falou sobre a importância de Paulo Nobre, então presidente do Verdão para a conquista.

– Ele foi muito importante. Trabalhei 21 anos como técnico e trabalhei com muitos presidentes e ele foi o melhor com quem trabalhei, pela facilidade de dialogo, segurança, equilíbrio como pessoa, tudo isso junto fez o clube ser coroado com esse título.  Ele foi a chave para a retomada do Palmeiras

Próximos jogos do Palmeiras

  1. Atlético-MG x Palmeiras – Campeonato Brasileiro – 03/12 – 21h30 (de Brasília)
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