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·10 de março de 2021

Mauro Beting: ’83min08s – Obrigado, Emerson Santos’

Imagem do artigo:Mauro Beting: ’83min08s – Obrigado, Emerson Santos’

83min08s.

Para o palmeirense bicampeão da América, esse instante é tão importante quanto o 98min28s de Breno Lopes, na glória eterna no Maracanã.


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Aos 38min08s da segunda etapa que durou 20 anos na segunda partida semifinal no Allianz Parque, contra o grande River Plate, o melhor time da década passada na América, o zagueiro Émerson Santos salvou de cabeça quase sobre a linha a bola de Díaz que já tinha sido rebatida por Alan Empereur aos 83min06, foi chutada antes por Borré aos 83min04 na trave esquerda, e tinha sido cabeceada pelo mesmo Díaz e bem defendida pelo monstruoso Weverton, aos 83min03s.

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Em 5 segundos, o River Plate mandou uma bola travada pela zaga, outra na trave, e mais duas salvas quase sobre a linha. Como Zé Roberto, no peito e na raça, salvou aquele gol do Cruzeiro em Araraquara, no BR-16.

O bandeira já tinha marcado impedimento no Allianz – que o VAR corrigiria, pois não havia irregularidade no lance do River. Isto é: não fosse primeiro Weverton, e por último Emerson Santos, o gol millonario seria validado. O confronto estaria empatado por três gols em dois jogos semifinais. E talvez nem Maracanã teria para repetir 70 anos depois a conquista da Copa Rio de 1951.

Emerson Santos salvou de cabeça. O zagueiro de trajetória discutível que chegou do Botafogo ao Palmeiras, em janeiro de 2018, para agora ser bem vendido ao Japão. Lance histórico no Gol Norte que, exatos três anos antes, no janeiro de 2018, os pais foram conhecer no tour do Allianz Parque guiado pelo meu fratello Felipe Senna.

Senna logo no começo da visita perguntou de onde vinham os pais de Emerson. Eles, muito tímidos, disseram que estavam no Allianz Parque para conhecer a casa onde jogaria o filho deles. Ficaram maravilhados com o novo lar. E emocionados pela luta dele para jogar nesse clube.

Um sonho que nem em sonho eles, ele e todos nós imaginaríamos que três anos daria a América. Um delírio que não passaria pela cabeça como aquela bola do River não passou pela cabeça de Emerson Santos.

Boa sorte, Emerson.

83min08s eternos. E gloriosos.

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