Mayer manda boca das grandes a Rui Costa e revela plano no Benfica | OneFootball

Martim Mayer criticou a gestão de talento de Rui Costa. O candidato à presidência do Benfica acredita que os encarnados têm de ter "quatro a seis jogadores" da equipa B a subir ao plantel principal para agarrar a titularidade a cada época, apontando o dedo à venda de João Neves, último futebolista que cumpriu tais requisitos.

É como digo, acho que isso tem muito a ver com institucionalizar uma determinada forma de estarmos organizados. Fala-se muito da aceleração do talento, cada vez mais vemos jogadores que chegam ao seu estado maduro de máxima competitividade com 16 anos, 17 anos, quando isso há uns anos atrás, algumas décadas atrás, quase nunca acontecia. Portanto, temos que pôr as nossas energias precisamente nisso", disse, ao jornal Record.

"A formação do Benfica é algo que está muito bem feito e é necessário sublinhar isso, mas precisa de atualizações e precisa de ter uma filosofia que promova e abasteça a equipa A. Portanto, há que haver essa aposta, e essa aposta obviamente que acarreta riscos, que podem ser mais controlados ou podem ser deixados mais à mercê do que acontece", acrescentou.

Questionado sobre as saídas de talentos como João Neves, Gonçalo Ramos ou o João Félix, Mayer garantiu: "Não conseguia pôr todas as situações no mesmo saco. Mas também não quero ser o candidato que acerta o totobola à segunda-feira. Agora, focando-me especificamente no João Neves, se me pergunta se eu acho que foi vendido por questões de tesouraria, acho que foi. Sei que foi".

"E isso é demonstrativo daquilo que é uma má gestão do clube. Porque nós não podemos tomar decisões desportivas por razões financeiras, nós temos que ter uma plataforma financeira que nos dê liberdade de tomar as melhores decisões desportivas. E é assim que eu irei organizar o Benfica. Portanto, claramente que o talento saiu cedo demais por questões financeiras, admitiu Mayer - que recentemente anunciou mais um nome na lista.