Esporte News Mundo
·22 de dezembro de 2025
Mesmo com classificação à Libertadores, Corinthians projeta 2026 com elenco mais barato

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·22 de dezembro de 2025

Apesar da conquista da Copa do Brasil, que rendeu R$ 77 milhões em premiação, e da vaga assegurada na Conmebol Libertadores de 2026, a diretoria do Corinthians não projeta um cenário de grandes investimentos no futebol.
Pelo contrário: de acordo com o Globo Esporte, o planejamento prevê cortes profundos, uso do dinheiro para pagar dívidas e uma reformulação do elenco com atletas de custo mais baixo.
Internamente, a prioridade absoluta é regularizar a situação financeira para retirar o clube da lista de punições que hoje impedem a inscrição de novos jogadores.
Uma dessas frentes envolve o Santos Laguna, do México. O Corinthians precisa quitar cerca de R$ 40 milhões referentes à contratação do zagueiro Félix Torres para derrubar o transfer ban imposto pela Fifa.
Paralelamente, o clube tenta avançar em um acordo com o meia Matías Rojas, também com valores elevados em aberto, para evitar que o caso gere uma nova sanção.
No cenário nacional, a situação também exige atenção. A Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão ligado à CBF, negou recentemente o pedido do Corinthians para suspender o transfer ban em vigor desde outubro.
Na decisão, a entidade apontou atrasos no cumprimento do plano de pagamento firmado em abril, que soma R$ 76 milhões em dívidas com clubes, empresários e jogadores brasileiros. O principal credor é o Cuiabá, que tem cerca de R$ 18 milhões a receber pela venda de Raniele.
A CNRD deixou claro que a liberação de novos registros está condicionada a uma “mudança de postura” do clube, especialmente no pagamento pontual das parcelas do acordo. A próxima prestação vence em 17 de janeiro, e o Corinthians acredita que, se cumprir o prazo, pode conseguir a suspensão da punição.
Mesmo com a entrada do prêmio da Copa do Brasil, a diretoria sabe que o valor não cobre o tamanho do rombo financeiro. A dívida total do clube gira em torno de R$ 2,7 bilhões e, até outubro, o balancete indicava um déficit de R$ 204 milhões.
Além disso, ainda há premiações pendentes a serem pagas aos jogadores pelas vitórias na semifinal contra o Cruzeiro e pela final diante do Vasco, decidida no Maracanã.
Diante desse cenário, o orçamento aprovado para 2026 já prevê uma redução de cerca de R$ 6 milhões mensais na folha salarial. Para atingir esse objetivo, o Corinthians trabalha com uma lista extensa de possíveis saídas.
Jogadores como Maycon, Romero, Félix Torres, Hugo, Fabrizio Angileri, Ryan, Matheus Donelli e Talles Magno estão entre os nomes que podem deixar o clube, abrindo espaço para reposições mais baratas e maior utilização da base.
Além dos cortes, o Timão também conta com vendas para equilibrar o caixa. A meta é arrecadar pelo menos R$ 151 milhões com negociações ao longo de 2026. Nesse contexto, até atletas de maior destaque, como Yuri Alberto, Gui Negão e Breno Bidon, podem ser negociados, desde que cheguem propostas consideradas vantajosas.
Em meio ao aperto financeiro, o Corinthians terá um calendário cheio no próximo ano: além da Libertadores, o clube defenderá os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, disputará a Série A do Brasileirão e abrirá a temporada com a Supercopa Rei, contra o Flamengo. Tudo isso sob a lógica de gastar menos, pagar dívidas e tentar reorganizar as finanças sem abrir mão da competitividade.









































