Milito destaca reação do Galo diante do Fluminense, enaltece mentalidade dos jogadores, mas não comemora o empate: ‘Empatar é perder dois pontos’ | OneFootball

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·05 de maio de 2024

Milito destaca reação do Galo diante do Fluminense, enaltece mentalidade dos jogadores, mas não comemora o empate: ‘Empatar é perder dois pontos’

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Por Hugo Fralodeo 5 mai 2024 10:13

Diante do Fluminense, pela primeira vez na era Milito, o Galo levou um gol na etapa inicial e teve de lidar com uma desvantagem de 2 a 0 no marcador. Mas não foi dessa vez que o treinador argentino perdeu a invencibilidade no comando do Alvinegro.


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Contando com Vargas para decidir em seis minutos e atracar o empate para o Atlético em Cariacica, no Espírito Santo, mais um pontinho somado e Galo mantido na segunda posição da tabela de classificação. Empate com sabor de vitória? Não para Gabriel Milito. Em sua entrevista coletiva no estádio Kleber Andrade, o comandante destacou o poder de reação da equipe, enalteceu a mentalidade vencedora do grupo, mas afirmou que não comemora empates.

Falado das dificuldades em enfrentar um time extremamente qualificado, o atual campeão da Libertadores, o treinador argentino conta qual foi seu plano de jogo:

“Foi um jogo que sabíamos que seria muito difícil. Estávamos jogando contra o campeão da América, quem tem muito tempo de trabalho com seu treinador e jogadores de qualidade. Precisávamos neutraliza-los no início do jogo, porque é uma equipe que tem a particularidade de acumular muitos jogadores dos lados, te obrigando a desorganizar de alguma maneira sua estrutura defensiva. Se você não acumular jogadores como eles, vão te dominar e te atacam. O que tentamos fazer foi jogar muito tempo no mano a mano, com Hulk e Paulinho contra os zagueiros, com Zaracho e Alan Franco sobre os volantes. Depois, com a descida de Cano e Ganso e a amplitude com Douglas Costa e Arias, sabíamos que teríamos que jogar ali para controlar. Há duas possibilidades: ou pressiona alto muito bem, ou fica atrás e espera e aguenta. Tomamos a decisão de ir buscar e foi todo o jogo assim, desde o começo da partida”.

Mesmo sofrendo o primeiro gol com apenas quatro minutos de bola rolando e vendo a vantagem aumentar também cedo na etapa final, Milito acredita que seus jogadores conseguiram manter a ideia e, de forma impressionante, lhe mostraram tudo que ele deseja ver:

“Com 0 a 0, com 1 a 0 muito rápido e, depois, quando estávamos bem na partida, tomamos o 2 a 0. Foi impressionante a reação da equipe à adversidade. Um treinador conhece seus jogadores nos bons momentos e nos momentos de dificuldade. Hoje me deram uma lição de valentia, orgulho, fogo sagrado, de tudo que tem que ter uma equipe que quer aspirar coisas grandes. O segundo tempo foi impressionante. Jogando mano a mano, na metade do campo, se impondo em cada duelo, obrigando o Fluminense a jogar com muitas bolas longas. Esse era o plano de jogo defensivamente. Ofensivamente era tentar encontrar as costas dos volantes, que saltavam muito em Otávio, Alan Franco, Zaracho e Paulinho, com muita amplitude e profundidade, com Arana e Scarpa e Hulk jogando com os zagueiros”.

Com o placar desfavorável, Milito agiu, mexeu no time, e sua mudança demorou poucos segundos para surtir efeito. Aos 28, o Mariscal lançou Igor Gomes e Vargas, saindo Zaracho e Hulk. O cronômetro sequer havia dado uma volta completa, o meio-campista lançou o camisa 11 na área, que diminuiu, com seu primeiro e único toque na bola até então. Seis minutos depois, dessa vez em cruzamento milimétrico de Arana, testada precisa, mais uma bola na rede, placar igualado. Reforçando que não tem apenas 11 titulares, o treinador comemora a resposta positiva dos atletas que precisaram entrar na adversidade:

“Sobre as trocas, somos uma equipe. Vocês escutam, venho falando que somos uma equipe e não temos 11 jogadores, temos um grupo. Se o que estamos fazendo está bom, os que entram têm que melhorar, finalizar o jogo melhorando. Não gosto de falar de titulares e reservas, mas sim de jogadores que iniciam e finalizam o jogo. Todos são importantes, mas têm que dar respostas positivas, como deram em muitas partidas. Hoje, uma vez mais, entraram muito bem. Rômulo estreando, Vargas, Igor Gomes e Alisson. Muita valentia da equipe. Gosto que, muito além do resultado, a equipe tenha um comportamento. Não crescer quando estivermos ganhando, jogar com humildade, nem nos afundar quando estivermos perdendo. Ter essa personalidade para, independente do resultado, jogar de uma maneira. Hoje a equipe, com 0 a 0, 1 a 0, 2 a 0, 2 a 1 e 2 a 2, jogou sempre, do princípio ao fim, da mesma maneira. Isso é o que eu resgato de mais importante. Apesar de ter empatado o jogo, com a dificuldade que se tem e perdendo contra uma grandíssima equipe, ir remontar. Fizemos 2 a 2, mas não nos conformamos, seguimos com esse comportamento de tentar ganhar o jogo e tivemos algumas situações para marcar e conseguir a vitória”.

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Foto: Pedro Souza / Atlético

Empatar é perder dois pontos

Mantendo a invencibilidade, agora com sete vitórias e quatro empates à frente do Galo, Milito acredita que os resultados servem para dar confiança. Entretanto, o treinador, revelando que, mesmo buscando o placar, os jogadores não estavam muito contentes no vestiário, garante que não comemora igualdades, uma vez que se deixa pontos para trás:

“Os resultados sempre ajudam a dar confiança, uma derrota sempre gera muita dor, porque jogamos para ganhar. A equipe sempre joga com essa intenção, como qualquer equipe. Mesmo com o 2 a 2, tinha jogadores estavam com caras de bronca no vestiário por não terem ganhado. Gosto disso. Eu não celebro um empate. Empatar é perder dois pontos. Eu celebro o comportamento da equipe, porque se mantivermos esse comportamento, há futuro”.

Destacando a mentalidade vencedora do grupo, Milito sabe que as derrotas são inevitáveis, mas acredita que a partida desse sábado dá ainda mais esperança e deixa claro que o Atlético pensa grande na temporada:

“Hoje poderíamos ter perdido, por 2 a 0 ou 2 a 1. Se Vargas não marca, se o goleiro atrapalha a bola… Mas o comportamento cria esperança, porque competem como deve competir uma equipe que aspira conseguir grandes coisas. O que mais me interessa, o que mais me importa, claro, o resultado, mas, sobretudo, o comportamento. Jogar com paixão, como equipe, não desistir nunca, seja qual for o resultado, competir. Depois, avaliaremos melhor o que fizemos e o que não, o que eu poderia ter feito melhor. Sempre há aprendizado depois do jogo. Mais importante do que a tática é jogar com paixão, com essa mentalidade vencedora. Essa equipe tem. Por isso, pudemos virar uma final e hoje, contra o campeão da América, pudemos empatar e seguir jogando para tentar a vitória. Vamos perder? Sim, claro que vamos perder alguma partida, mas quero que joguemos assim, com essa paixão, como ponto de partida. Sem isso, não se pode melhorar nada. Os jogadores querem vencer, mostram isso a cada jogo, o que me dá muita tranquilidade”.

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