Jogada10
·08 de novembro de 2024
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A manifestação política da torcida do PSG nas arquibancadas do Parc des Princes, com a inscrição “Palestina Livre”, causou incômodo no ministro do Interior da França. Bruno Retailleau considerou o protesto como um ato ”inaceitável” e cobrou explicações do clube francês após a derrota por 2 a 1 para o Atlético de Madrid, pela Champions League.
O protesto dos torcedores ocorreu no momento da entrada dos times em campo, pela quarta rodada da Liga dos Campeões. Confeccionada pela organizada Auteuil Kop, do PSG, a bandeira apresentava o desenho de um mapa incluindo Israel, Cisjordânia e Gaza nas cores do lenço palestino Keffiyeh – símbolo de apoio aos palestinos.
Retailleu garantiu que cobrará explicações do PSG quanto à manifestação e não descartou possíveis sanções ao clube. A UEFA, por sua vez, garantiu que não aplicará punição ao clube francês.
Bruno Retailleau, ministro do Interior da França, não escondeu o tom de indignação com a faixa apresentada pela torcida do PSG, no Parc des Princes. Em entrevista à “Sud Rádio”, garantiu que irá cobrar explicações do clube e não descartou possíveis sanções após o ato – o qual definiu como “inaceitável”.
“Não descarto nada. Vou exigir explicações do PSG, certamente. Considero inaceitável. As regras da UEFA proíbem mensagens políticas, isso que aconteceu é exatamente uma mensagem política. Claro que o presidente [do PSG] tem que se responsabilizar. Quero saber como essa lona chegou, como que instalaram lá”, declarou Retailleau.
O Ministério do Interior convocou o presidente da Federação Francesa (FFF), Phillippe Diallo, para uma reunião nesta sexta-feira (8). Uma fonte, em contato com à Reuters, informou que o mandatário não confirmou presença até o momento da matéria. De acordo com a mídia local, o diretor geral do PSG, Victoriano Melero, também recebeu a convocação.
“O Paris Saint-Germain lembra que o Parc des Princes é – e deve permanecer – um lugar de comunhão em torno de uma paixão comum pelo futebol. Assim, se opõe firmemente a qualquer mensagem de natureza política em seu estádio”, disse o clube em um comunicado.
Além dos detalhes sobre a faixa organizada pelo grupo de torcedores do PSG, o manifesto também carregava outra mensagem. A confecção da bandeira ainda contava com um personagem – uma espécie de lutador -, um tanque e as cores do Líbano.
“Guerra no campo, mas paz no mundo”, dizia outra mensagem na faixa. Por fim, o pedido de liberdade: “Palestina Livre”.
As regras da Uefa proíbem o uso de gestos, palavras, objetos ou quaisquer outros meios para transmitir uma mensagem provocativa que seja julgada inadequada para um evento esportivo, particularmente mensagens provocativas de natureza política, ideológica, religiosa ou ofensiva.
Nesse sentido, um porta-voz da entidade máxima do futebol europeu disse que o clube não enfrentará processos disciplinares. A UEFA apenas proíbe mensagens políticas consideradas insultuosas ou provocativas.