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·03 de outubro de 2025

MP pede ao Corinthians informações sobre mais de 50 gastos de Andrés com cartão corporativo

Imagem do artigo:MP pede ao Corinthians informações sobre mais de 50 gastos de Andrés com cartão corporativo

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou ao Corinthians, entre os dias 26 e 29 de setembro, dados e explicações sobre mais de 50 aquisições suspeitas feitas por Andrés Sanchez com o cartão corporativo do clube entre 2018 e 2020, período do segundo mandato de Andrés como presidente corintiano.

Cassio Roberto Conserino, promotor responsável pelo caso, estipulou 10 dias corridos como prazo para a diretoria alvinegra enviar as respostas.


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Objetivo do MP

A intenção do MP, em meio a investigação sobre supostos gastos pessoais indevidos, é entender quais eventos relacionados à rotina do então dirigente podem justificar os mais de 50 gastos suspeitos listados e, por outro lado, quais gastos, de fato, podem ser considerados incompatíveis com o exercício da presidência de um clube de futebol.

O Corinthians recebeu a solicitação com surpresa. Conforme apuração da Gazeta Esportiva, o clube não tem qualquer condição de entregar ao promotor as respostas pretendidas por ele devido à ausência de controle interno sobre cada particularidade do dia a dia de qualquer dirigente dos últimos anos, a não ser por meio das faturas já entregues. A tendência é o clube explicar ao MP a impossibilidade de colaborar nesta situação, ou, pelo menos, não em sua totalidade.

Cassio Roberto Conserino desmembrou as investigações de Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, e a tendência é de que o caso de Andrés seja o primeiro a ser levado à Justiça por meio de uma denúncia oferecida pelo MP.

Depoimento

Nesta quinta-feira, Cassio Roberto Conserino colheu depoimento de Andrés Sanchez. A reunião aconteceu por videoconferência e durou aproximadamente 15 minutos. Dois temas principais foram abordados pelo promotor: as despesas de cerca de R$ 5 mil em uma joalheria e de quase R$ 7 mil em Fernando de Noronha, em 2020.

Em relação ao gasto no arquipélago, Andrés admitiu que estava embriagado e alegou ter se confundido ao usar o cartão, pois, em suas palavras, ele possuía um cartão do mesmo banco, o Santander.

Já sobre a compra na joalheria, o ex-presidente afirmou que trata-se de um relógio que foi entregue por ele como presente para um membro da CBF com o qual ele teve em uma reunião naquela oportunidade. Andrés vê a prática como algo comum no meio do futebol e julgou oportuno presentear o integrante da Confederação na ocasião.

O advogado de Andrés Sanchez chegou a pedir dispensa da oitiva por entender que os fatos já haviam sido explicados. Porém, o ex-presidente do Timão decidiu participar.

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