
Central do Timão
·03 de outubro de 2025
MP-SP pede explicações a Corinthians sobre gastos considerados suspeitos no cartão de ex-presidente

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·03 de outubro de 2025
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) requisitou ao Corinthians informações sobre cerca de 50 despesas consideradas suspeitas, realizadas com o cartão corporativo durante a gestão do ex-presidente Andrés Sanchez (2018 a 2020). O promotor Cássio Conserino estipulou um prazo de dez dias corridos para que o clube responda, segundo informações veiculadas primeiramente pela Gazeta Esportiva.
Andrés Sanchez prestou depoimento ao MP-SP na última quinta-feira, 2, de forma virtual, no processo que apura possíveis irregularidades no uso dos cartões corporativos do clube. O ex-presidente reconheceu ter utilizado o cartão em viagens a Tibau do Sul (RN) e Fernando de Noronha (PE) em 2020 e reforçou já ter reembolsado R$ 15 mil ao Corinthians, aguardando retorno do departamento financeiro para restituir a correção monetária.
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
O Corinthians teria recebido a solicitação com surpresa, sinalizando dificuldade em atender ao pedido. Ainda segundo o veículo, a diretoria alegou não possuir mecanismos de controle que permitam identificar em detalhes a rotina diária de mandatários anteriores, além das faturas já entregues ao MP. A tendência é que a resposta ao promotor aponte limitações para oferecer a colaboração exigida.
Vale lembrar que as investigações atingem também os ex-presidentes Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, com apurações que incluem até mesmo suspeitas de relacionamento com empresas de fachada e possível envolvimento com organizações criminosas. O promotor decidiu separar as apurações, sendo que o caso de Andrés Sanchez tende a ser o primeiro a ser judicializado por meio de denúncia formal.
Os gastos suspeitos dos ex-presidentes vieram à tona em junho, após publicação de documentos que revelaram despesas sem ligação aparente com o clube, como viagens e compras de joias. A defesa de Andrés Sanchez tentou arquivar o caso argumentando que não havia regras claras sobre o uso do cartão, mas o pedido foi negado.
Andrés e Duilio ainda correm o risco de serem afastados temporariamente de cargos nos órgãos internos do clube, como o Conselho de Orientação (CORI), onde são membros vitalícios, caso a solicitação nesse sentido, feita pelo MP, seja atendida pela Justiça. Ainda não foi tomada uma decisão ao pedido, feito no mês de setembro.
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