Muito melhor do que a encomenda! Inter volta bem vivo pro Beira-Rio!

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JB Filho Repórter

·14 de agosto de 2025

Muito melhor do que a encomenda! Inter volta bem vivo pro Beira-Rio!

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Olha, foi bem melhor que a encomenda. Bem menos assustador do que poderia parecer. O Inter tá voltando bem vivo pro Beira-Rio. Tá tudo muito aberto para a segunda partida. Longe de decidido. É óbvio que os caras são melhores, mas ainda tá aberto o confronto.
O Flamengo foi amplamente superior no primeiro tempo. O Inter melhorou muito no segundo e as coisas foram equilibradas. Dava até pra ter empatado, tá?
Isso tudo aconteceu por uma coisa chamada “postura”. O time do primeiro tempo só soube se defender e o do segundo pelo menos teve chance de fazer alguma coisa. É só olhar posse de bola, o Inter teve 27% de posse no primeiro e 41% no segundo.
Esse ponto aqui me gerou uma dúvida: será que o Roger pediu isso ou os jogadores meio que foram levados a fazer isso pelas ações do Flamengo? Dúvida sincera.
Em qualquer cenário, o que aconteceu no primeiro tempo foi algo terrível a fazer. Dar a bola pro Flamengo e ficar olhando os caras jogarem é pedir pra levar choque. O Samuel Lino fez o que quis pela ponta-esquerda de ataque deles, o Bruno Henrique de falso 9 também e só dava eles.
E uso a postura como a versão mais plausível porque os problemas nem passaram pela escalação. Afinal, o mesmo time que jogou o primeiro tempo, ficou para o segundo e começou muito bem a segunda etapa. Dava a sensação que o empate aconteceria, diga-se.
Mas a real também é que o gol do Flamengo só saiu na bola parada. E confesso que tô até agora tentando ler quem deveria estar com o Bruno Henrique. Motivo? O Roger marca por zona. Então, alguém deveria estar ali. Quem? O Ricardo Mathias estava sozinho. O óbvio, seria colocar a culpa nele. Só que, lembra, é por zona. Ele estava na sua zona. Na teoria, ali é lugar dos zagueiros. Só que o Vitão estava subindo mais na frente. É o grande desafio da marcação por zona, descobrir onde foi o furo. O gol teve um veneno que o Inter já usou, que é fazer um arrastão com vários jogadores indo pra uma direção e confundindo a marcação adversária pra ver se sobra alguém. O Flamengo meteu vários caras pra levar a marcação e sobrou pro BH sozinho.
Um ponto maluco da partida foi que, quase aos 30 minutos do segundo tempo, o Roger tirou o Bruno Tabata e meteu o Richard no meio. Foi como se mandasse um recado dizendo que estava aceitando a derrota por só um gol de diferença. A partir daquele momento, só deu eles. Filipe Luis meteu até o Pedro no ataque, porque virou meia linha. Por sorte/competência, não teve mais um gol. Um risco danado. E o Tabata não foi bem. A questão foi, mais uma vez, postura.
Aproveito para cobrar que o Alan Patrick não apareceu na decisão. Ele tem que fazer isso. Ricardo Mathias ficou isolado, na única bola que teve, criou uma chance de quase gol, que o Léo Ortiz tirou.
Entre os destaques, o Thiago Maia foi, sem dúvida, o melhor jogador do Inter. Protetor da zaga. Foi perfeito. Fez o que todo mundo espera dele. Foi o volante que todo mundo esperava que seria depois da lesão do Fernando. Mais, o jogador que deveria ser quando contratado. O surreal é que jogou muito justo contra o Flamengo, que tem todo rolo de não terem pago nada por ele ainda.
Rochet também precisa ser lembrado. Fez duas defesas fundamentais. Um chute cruzado no primeiro tempo e pegou um rebote do Luiz Araújo, na grande área, no segundo. Se o Inter volta vivo, tem muito dele. Os dois melhores foram eles.
Gente, no final das contas, é uma derrota administrável. É claro que ainda é muito difícil. É óbvio que a vantagem tá com os caras. Agora, em um cenário onde todo mundo temia o Maracanã, estão voltando vivos. E o segundo tempo (pelo menos até o Roger mexer) dá esperança de um enfrentamento mais igual.
Ou seja, tem como classificar no Beira-Rio.