
Calciopédia
·06 de setembro de 2025
Na estreia de Gennaro Gattuso, a Itália contou com show de Mateo Retegui para golear a Estônia

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·06 de setembro de 2025
Pela quinta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, a Itália tinha a missão de vencer a frágil Estônia para continuar sonhando com uma vaga direta no torneio. Em tese, parecia tarefa tranquila, mas a Nazionale vive um momento conturbado, considerando que não disputou as duas últimas edições da maior competição de seleções do planeta e já vê seu caminho complicado na qualificatória devido à pesada derrota para a Noruega, que abreviou o trabalho de Luciano Spalletti. Na estreia do substituto Gennaro Gattuso, entretanto, o 5 a 0 trouxe alívio e esperança para os azzurri.
No debute de Gattuso, ex-jogador, ídolo do Milan e campeão mundial pela Nazionale em 2006, quem roubaria a cena seria um velho conhecido dos frequentadores do estádio Atleti Azzurri d’Italia, em Bérgamo. Em sua volta ao palco em que se consagrou, Retegui foi escalado como titular num onze inicial bastante ofensivo e brilhou frente aos olhos da torcida, que compareceu em peso à casa da Atalanta.
Gattuso mandou a campo um insinuante 4-2-3-1, com dois zagueiros canhotos e ofensivos (Bastoni e Calafiori), Di Lorenzo e Dimarco nas laterais, Barella e Tonali na sustentação de meio-campo e, mais à frente, Politano e Zaccagni nas pontas e Kean e Retegui centralizados. Com essa escalação, desde o apito inicial, a Itália se mostrou organizada e determinada, sufocando a Estônia.
O estreante Gattuso foi ovacionado pela torcida italiana (Getty)
Aos 3 minutos, após passe de Kean, Politano arriscou e mandou rente à trave direita. Logo depois, Dimarco finalizou após escanteio curto e tentou chutar de fora da área, confirmando a intensidade dos minutos iniciais — que seriam fundamentais para garantir a vitória. A Itália trocava passes e dominava as ações, enquanto a Estônia se limitava a se defender. Aos 16, Retegui fez bem o papel de pivô e finalizou de esquerda, mas pela linha de fundo por um triz. Aos 20, Zaccagni obrigou Hein a soltar rebote, que caiu nos pés de Dimarco, mas o goleiro voltou a salvar.
O ritmo italiano caiu a partir da metade do primeiro tempo. Kean teve boa chance aos 32 minutos, mas cabeceou mal. Aos 37, Retegui deu bom passe para o companheiro de ataque, que desperdiçou. Tonali tentou aos 41, mas a bola explodiu na zaga. No último lance, Dimarco parou em Hein e, na sequência, Politano cruzou para Retegui, que cabeceou para mais uma grande intervenção do arqueiro, que espalmou para escanteio. Apesar do domínio, a Itália foi para o intervalo sem transformar sua superioridade em gol.
Pouco depois da volta do descanso, a Squadra Azzurra manteve a pressão. Aos 54 minutos, aproveitando uma sobra, Tonali chutou forte e obrigou Hein a trabalhar, com uma defesaça em dois tempos. O ditado “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” se confirmou aos 58, quando Dimarco cruzou na área e Retegui, de calcanhar, serviu Kean, que testou para abrir o placar. A Itália quase ampliou no lance seguinte, com o centroavante da Fiorentina acertando a trave e, aos 64, com Zaccagni cabeceando e parando em outra grande intervenção do arqueiro estoniano.
Retegui deu show em sua antiga casa e Raspadori teve ingresso positivo contra a Estônia (Getty)
O segundo gol da Itália veio aos 69. Raspadori, que entrara no lugar de Zaccagni, serviu Retegui, que iludiu a defesa e, de fora da área, bateu no cantinho de Heim. Três minutos depois, Politano cruzou e Raspadori, sozinho, anotou o seu de cabeça A Estônia tentou reagir e teve sua melhor chance aos 73, com Sappinen obrigando Donnarumma a boa defesa. No rebote, Ainsalu dividiu com o goleiro e a pelota saiu em tiro de meta.
Com a vitória mais do que garantida, o debutante Gattuso promoveu a estreia de Esposito e manteve a Itália lançada ao ataque. A Nazionale viria a construir uma goleada merecida, por seu volume de jogo, na reta final da partida. Aos 89, Bastoni lançou Cambiaso, que cruzou para Retegui marcar o quarto, com uma potente e bem angulada cabeçada. Já nos acréscimos, na sequência de uma cobrança de escanteio, o ala da Juventus tabelou com Raspadori e o zagueiro da Inter teve o presente retribuído pelo novo reforço do Atlético de Madrid: recebeu cruzamento na medida e fechou o placar.
O apito final trouxe alívio e alegria para a torcida, que ovacionou Gattuso. Foi a primeira partida sob o comando do novo técnico, e o desempenho deu sinais promissores. Ainda há muito a ajustar, mas a atuação convincente e a construção de saldo de gols, que promete ser decisivo na briga com a Noruega, renovam a confiança dos azzurri, que pareciam confusos e apáticos com Spalletti – algo que o enérgico ex-volante promete consertar, com seu estilo sanguíneo. Na próxima rodada, contra Israel, a Itália viajará até a Hungria para buscar diminuir a distância para a líder Noruega e seguir na briga pela vaga direta à Copa do Mundo.