AVANTE MEU TRICOLOR
·24 de setembro de 2025
Na seca e com histórico recente ruim, ataque do São Paulo vira preocupação para decisão da Libertadores contra a LDU

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·24 de setembro de 2025
Gols. É disso que o São Paulo precisa para conseguir reverter a vantagem da LDU no duelo de volta das quartas de final da Copa Libertadores às 19h (de Brasília) de quinta-feira (25), no Morumbi, e cumprir o desejo da torcida de avançar de fase.
O problema é que a fase são-paulina não anda lá muito animadora no que diz respeito a balançar as redes.
Desde que André Silva se contundiu no jogo contra o Atlético-MG, em 24 de agosto, pelo Campeonato Brasileiro, o setor ofensivo do Tricolor caducou. Apenas um gol foi marcado nos quatro jogos seguintes (ante Cruzeiro, Botafogo, LDU e Santos), curiosamente a pior sequência de Hernán Crespo no comando do clube, incluindo a primeira passagem em 2021.
Centroavante titular absoluto após as contusões de Calleri e Ryan Francisco, André Silva não cativa toda a torcida, de certo. Mas o fato é que sua ausência parece ter acentuado uma posição que a própria diretoria considera problemática (não à toa correu nos últimos dias de janela para tentar contratar uma opção).
Acontece que curiosamente a única peça nata da posição disponível no elenco é justamente quem marcou o único tento solitário do clube do Morumbi nesta sequência de escassez de rede balançando: Dinenno, que garantiu a magra vitória por 1 a 0 sobe o Botafogo.
O argentino, que chegou por indicação do técnico antecessor Luis Zubeldía, não parecia ter cativado o atual comandante, Hernán Crespo. E a oportunidade nos 11 iniciais aparece quando apenas uma escalação mista é posta a campo.
Também curiosamente, o tento redentor encerrou um jejum pessoal do jogador, que não ia às redes desde 19 de agosto do ano passado, quando ainda defendia o Cruzeiro, em passagem prejudicada pelas graves contusões.
Fim de seca para um, agonia que segue para outros. A emoção de Dinenno parece mesmo ser única entre todos os atacantes são-paulinos que lutam por uma chance no duelo ante os equatorianos, onde o Tricolor precisa vencer por três de diferença para se classificar direto sem a necessidade de pênaltis.
Quer dizer, quase única, visto que outro que conseguiu anotar tentos recentemente foi mais um contestado pela torcida e crítica: Gonzalo Tapia. O chileno já marcou duas vezes recentemente, contra Fluminense (27 de julho) e Atlético-MG (24 de agosto).
Quem também lembra com carinho do duelo contra o adversário carioca é Ferreirinha. O ponta, que teve problemas de contusão nos últimos tempos, viveu fase artilheira espetacular antes da pausa do Mundial de Clubes, talvez motivado pelo apresentador de TV e ex-jogador Neto, que o provocou com deboche. Mas com a retomada das competições, o desempenho deu uma caída, com um só tento marcado, justamente ante o Fluminense.
Sem centroavante, quem tem feito às vezes de homem de referência na área é Luciano. E de fato o camisa 10 parece ser o único a ter vaga cativa na dupla ofensiva. Mas a fase também anda das melhores: não marca um gol há 13 jogos, desde a vitória sobre o Juventude por 1 a 0, em 24 de julho.
Por fim, sobra Rigoni. O argentino, contratado no último dia de janela sob a sombra da passagem com Crespo em 2021, não vive o melhor momento da carreira: não vai às redes desde o dia 31 de janeiro deste ano, quando ainda defendia o León. Na ocasião, ele marcou na vitória por 2 a 1 contra o Mazatlán, pelo Campeonato Mexicano. O jejum se estende também para as assistências. A última participação direta em gol foi no dia 30 de março, quando deu um passe decisivo contra o Pumas, também pela liga mexicana.
Os números pouco animadores dos atacantes são apenas mais um detalhe de como as estatísticas histórias também jogam contra o Tricolor no duelo com a LDU.
Neste ano, por exemplo, o clube conseguiu apenas uma vez vencer um jogo por três gols de diferença, placar que lhe classifica direto à semifinal. E faz tempo. Foi nos 4 a 1 sobre o Mirassol, em 5 de fevereiro, ainda pelo Campeonato Paulista.
E se tratando de Libertadores, o retrospecto também não é animador: a última vez que o São Paulo venceu por três gols de diferença pela principal competição de clubes do continente foi no longínquo 25 de maio de 2021, quando bateu o Sporting Cristal, do Peru, por 3 a 0. Um alento para aqueles que acharam esse texto muito pessimista: afinal o técnico naquela ocasião era, vejam só, Crespo. Pelo menos algo de positivo para se apegar em um momento onde todas as vibrações precisam ser mais que positivas.
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