AS Monaco
·06 de novembro de 2020
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·06 de novembro de 2020
Niko Kovac está prestes a experimentar o seu primeiro derby da Côte d’Azur neste domingo à frente do AS Monaco. O treinador croata concedeu coletiva dois dias antes deste encontro no gramado do OGC Nice (domingo, 8 de novembro), válido pela 10ª rodada da Ligue 1 Uber Eats.
Treinador, o que pode nos contar sobre a lesão de Benjamin Lecomte esta manhã durante o treino?
Estamos tristes porque ele é nosso goleiro. Como treinador, devemos ficar desapontados por perder um dos nossos jogadores. Lesão faz parte do futebol, é um esporte de contato. Ele infelizmente teve essa fratura e esperamos poder contar com ele o mais rápido possível.
Você sabe qual goleiro jogará contra o OGC Nice no domingo?
Temos a sorte de contar com dois ótimos goleiros, além de Benjamin Lecomte. Tenho 48 horas pela frente para pensar e encontrar a melhor solução para vencer no domingo. Radoslav (Majecki) e Vito (Mannone) são dois goleiros diferentes. O primeiro é um jovem goleiro talentoso e o segundo tem muito mais experiência, visto que já jogou em vários clubes. Vou falar com Vastroslav (Mihacic, treinador do goleiro). Recordo que temos a sorte de ter três bons goleiros no AS Monaco.
Os Niçois estarão sem Dante. Como Benjamin Lecomte, é um grande golpe para os Aiglons.
Na verdade, são dois jogadores importantes para suas equipes. Eu conheço Dante porque ele jogou na Bundesliga muito tempo, principalmente no Bayern de Munique, e é o capitão do OGC Nice. Eles vão sentir falta dele, mas nós vamos sentir falta de Benjamin também. Apesar disso, estou convencido de que os jogadores que terão a chance de jogar em seu lugar mostrarão coisas boas. Cada equipe tem que se adaptar.
Gelson Martins fez seu primeiro gol e deu sua segunda assistência da temporada no domingo. O que você pode nos contar sobre ele?
Conheci o Gelson antes de vir para o clube porque ele jogou em grandes clubes antes de vir para cá, como o Atlético de Madrid. As suas principais qualidades são a sua técnica e rapidez na execução, visto que é um jogador capaz de fazer diferenças no um contra um. Pelo lado, espero que ele consiga provocar, marcar gols e dar assistências, o que fez no último jogo. O Gelson trabalha muito e bem, tenta ajudar o coletivo, seja Wissam (Ben Yedder), Kevin (Volland) ou os outros. Embora ele tenha tido um começo um pouco difícil, ele melhorou muito. No momento ele está se sentindo bem e estou feliz com seu desempenho.
Em vez do lado direito visto no início da temporada, Gelson agora joga mais no lado esquerdo. Que instruções você deu a ele?
Ele trabalhou muito bem fisicamente. É verdade que pedi a ele para jogar no lado esquerdo em vez do lado direito para que ele pudesse continuar a provocar e atacar em profundidade, mas também ser capaz de entrar e finalizar. Gelson trabalha muito pela equipe ofensivamente, mas também se sacrifica na defesa. Ele nunca poupa esforços para voltar. Ele é uma pessoa bastante calma e introvertida, mas vemos que está progredindo e entendendo as instruções cada vez melhor. Este é o jogador de que precisamos.
O derby é o mesmo sem torcida?
Não, é óbvio que é um jogo diferente. Nós o vimos nos primeiros confrontos desta temporada, não há clima e ouvimos os treinadores dando suas instruções, gritando, mas também os jogadores quando há contato. Temos que lidar com essa pandemia e, claro, esperar que essa situação acabe rapidamente para que nossos torcedores possam voltar e nos encorajar. Essa situação nos entristece, mas não tem solução. Faremos o nosso melhor para vencer este clássico porque sabemos a sua importância para nossa torcida.
Assistiu ao jogo do OGC Nice ontem à tarde na terceira rodada da fase de grupos da Liga Europa?
Assisti a este encontro entre Nice e Slavia Praga. Acho que os tchecos mereciam a vitória, mas isso não significa que será fácil para nós. Teremos um jogo complicado e os niçois estão agora totalmente concentrados neste clássico também. Estamos nos preparando da melhor forma possível e espero repetir o que enfrentamos contra o Bordeaux. Faremos o possível para conquistar mais três pontos contra o Nice.
Que importância atribui a este jogo que é o seu primeiro derby?
Estou ciente da importância deste clássico para os torcedores e para a região. Por minha parte, independentemente do jogo, só busco uma coisa: os três pontos. Embora este seja um derby, e estou plenamente ciente da emoção que ele provoca, não se deve adicionar muito para manter os jogadores tranquilos nesta situação. Eles são os protagonistas e tenho a certeza que vão dar o seu melhor neste jogo.
Isso pode ser visto como uma revanche do ano passado?
Eu sei o que aconteceu no final da temporada passada, mas é coisa do passado. Hoje estamos tentando construir o novo AS Monaco. Estamos focados no clássico e nos três pontos em jogo.
Você acha que o Covid-19 tem conseqüências no nível físico dos jogadores?
Eu penso que não. Os jogadores afetados por este vírus eram constantemente monitorados pelo médico e por toda a equipe médica. Tenho muita sorte de ter uma equipe de alta qualidade que olha tudo nos mínimos detalhes. Tomamos todas as precauções e acho que é assim que podemos prevenir todos os tipos de lesões. Os jogadores que tiveram a Covid-19 ficam fora por duas semanas, mas não perdem todas as suas habilidades físicas. Trabalhamos muito no aspecto físico e na performance. Ainda não atingimos nosso pico, mas acho que estamos chegando perto.
Na semana passada, contra o Bordeaux, Caio Henrique foi titular pela primeira vez. O que você achou da atuação dele?
Caio Henrique agregou muito conta o Bordeaux, fez uma boa atuação, estando calmo e sereno com a bola. É um lateral de boa técnica e que também sabe ser agressivo, que tem a vantagem de ser canhoto e jogar nesse mesmo lado. Ele é interessante na zona ofensiva. O fato de ter sido convocado pelo Sub-23 do Brasil mostra suas qualidades.
Aleksandr Golovin está ausente há várias semanas. Como ele está?
Como treinador, sempre lamentamos as lesões, embora isso faça parte do nosso esporte. Sobre o Aleksandr, estamos sendo cuidadosos com toda a equipe médica. O objetivo é que ele volte o mais rápido possível, mas acima de tudo que ele esteja 100%. É por isso que tomamos nosso tempo e prestamos atenção.
Você jogou no 4-4-2 contra o Bordeaux, com dois números seis. Veremos novamente este sistema?
Youssouf (Fofana) e Aurélien (Tchouameni) contribuíram muito contra o Bordeaux e estão ajudando a equipe a encontrar esse equilíbrio e estabilizar a defesa. Uma pequena menção ao Youssouf que foi muito bem, é este nível que esperamos. Dou os parabéns a ambos pelo desempenho. São dois jogadores de grande capacidade física, mas também técnica.
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