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·26 de novembro de 2025

No sufoco, a Juventus bateu o Bodø/Glimt e garantiu primeira vitória na Champions League

Imagem do artigo:No sufoco, a Juventus bateu o Bodø/Glimt e garantiu primeira vitória na Champions League

Após cinco rodadas, enfim, chegou a primeira vitória da Juventus na Champions League 2025-26 e, como de costume, os três pontos tiveram nome e sobrenome: Kenan Yildiz. A Noruega tem sido um problema para a Itália quando o assunto é futebol, e o mandante Bodø/Glimt – que já havia eliminado a Lazio nas quartas de final da Liga Europa da temporada passada – dominou a Velha Senhora, que só voltou aos trilhos na volta do intervalo, com a entrada de seu camisa 10, que fazia sua centésima partida pelo clube. Meio tempo que foi o suficiente para garantir o 3 a 2 e afastar, ao menos momentaneamente, a crise europeia bianconera.

Depois de um primeiro tempo esquecível, compensado por uma boa virada na segunda etapa, a Juventus flertou com mais um vexame ao ceder o empate para o valente Bodø/Glimt, quase nos acréscimos. Porém, mais uma vez na temporada, o “fino alla fine” entrou em campo e, dos pés de David, após jogada de Yildiz, a Juve conseguiu sobrevida na competição.


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Luciano Spalletti planejava um jogo mais tranquilo, apesar do gramado sintético e da baixíssima temperatura no Aspmyra Stadion – que tinha bastante neve nos arredores do gramado. Pensando nisso, entrou com um time diferente do habitual, mesmo com a vitória sendo imprescindível na Noruega. Perin voltou à meta e, com três zagueiros, atuaram Kalulu, Kelly e Koopmeiners. McKennie e Cambiaso (que, tal qual Yildiz, fazia sua centésima partida pela Juve) jogaram nas pontas, ao lado de Miretti e do capitão Locatelli. Já Adzic e Conceição foram os responsáveis por municiar Openda.

Apesar da primeira oportunidade do jogo, aos 8 minutos, ter sido italiana – nos pés de Conceição, em sua jogada característica, cortando para o meio e chutando de esquerda –, foram os noruegueses que dominaram as ações como um todo. O Bodø/Glimt se sentia confortável trocando passes. Aleesami, ex-Palermo, controlava sem dificuldades um desencaixado Openda, enquanto Blomberg e Määttä escapavam com alguma facilidade no setor ofensivo. A Juve encontrou seus melhores momentos em escapadas de Conceição, como aos 21, quando o português cruzou para Adzic do outro lado da área. Entretanto, o camisa 17 finalizou de coxa, por cima do gol. Na sequência, Blomberg finalizou mascado, e a bola passou em frente à meta de Perin.

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Depois de tantas chances, Openda finalmente desencantou pelos bianconeri (Arquivo/Juventus FC)

Esse lance esquentou o Bodø/Glimt. Pouco depois, foi a vez de Määttä finalizar, com a bola desviando em Cambiaso. A pressão, somada ao momento ruim da Juventus no jogo, resultaria em gol no escanteio dessa finalização, aos 26 minutos. Høgh, atacante dinamarquês, subiu mais alto que todo mundo e encontrou Blomberg, que chutou com força para vencer Perin e abrir o placar. A Velha Senhora respondeu pouco depois, com um cabeceio de Adzic em outro cruzamento de Conceição, mas parou novamente no goleiro Haikin.

Apesar das duas chances, Adzic refletia o nervosismo da Juventus em campo. O time não conseguia se encontrar em passes simples, vencer divididas ou criar perigo em uma partida dominada pelos noruegueses. O problema, claro, não passava exclusivamente por um jogador, mas pelo aspecto anímico geral da equipe, que flertou com a possibilidade de ir para o intervalo com uma desvantagem ainda maior. Com o momento ruim, somado à pressão de ter que vencer, Spalletti fez uma mudança pontual na volta do segundo tempo: Yildiz no lugar do montenegrino.

O camisa 10 bianconero precisou de apenas três minutos em seu centésimo jogo pela Juve para espantar a má fase e recolocar a equipe de volta não só no jogo, mas na competição. Após boa jogada do turco, a bola chegou a Locatelli, que devolveu dentro da área. Yildiz finalizou em cima da zaga e, na sobra, Openda fuzilou o gol norueguês para marcar seu primeiro com a camisa da Velha Senhora, encerrando um jejum pessoal que durava desde abril, ainda pelo Leipzig. Pouco depois, Yildiz ainda serviria Miretti para virar o confronto, mas Openda estava impedido no início da jogada, invalidando o tento.

A Juventus voltou diferente do intervalo, mais concentrada e intensa. A disparidade técnica entre as equipes, enfim, se refletia no campo. Yildiz fazia o que queria pelo lado esquerdo, e não demorou para a virada acontecer. O camisa 10 encontrou Miretti dentro da área e o italiano cruzou para encontrar McKennie, que, de cabeça, fez o segundo para os visitantes. O jogo se tranquilizou após o gol, mas, apesar disso, não mudou: os bianconeri seguiram dominando a etapa complementar e empilhando oportunidades. O principal responsável por evitar uma goleada visitante foi Haikin, que, aos 73 minutos, bloqueou o que seria um merecido gol de Conceição.

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No fim, contando com mais uma jogada de Yildiz, David salvou a Velha Senhora de tropeço (Arquivo/Juventus FC)

Spalletti lançou Thuram no lugar de Miretti, que novamente fez bom jogo. Pouco depois, Cabal e David entraram nas vagas de Cambiaso e Openda, respectivamente. Apesar da boa atuação, era natural que o Bodø/Glimt se atirasse ao ataque em busca do empate, principalmente depois do volume criado na primeira etapa. Kjetil Knutsen, treinador do time da casa, mandou a campo dois atacantes: Jørgensen e Hauge, ex-Milan. A Juve se acomodou no fim e, aos 83 minutos, Cabal calçou Auklend dentro da área: pênalti para os mandantes. Perin para um lado e bola no centro: Fet marcou para igualar o placar.

Parecia que o filme se repetiria para a Juve – mais um empate cedido no apagar das luzes. Felizmente, para os bianconeri, Yildiz estava disposto a mudar esse cenário. Já aos 91 minutos, Locatelli encontrou um excelente lançamento para o camisa 10, que conduziu a bola para dentro da área, viu Haikin bloquear novamente seu chute e, no rebote, David devolveu a liderança do placar para a Velha Senhora. Depois disso, o jogo virou um lá e cá, com os italianos empilhando chances para ampliar, explorando os espaços deixados pelo desesperado Bodø/Glimt – o que não aconteceu.

Fim de jogo e primeira vitória para a Juve na Champions League: três pontos tardios, mas que colocam a equipe na zona de classificação para os playoffs, com totais condições de avançar – claro, se esse jogo tiver sido a retomada da equipe na competição. Spalletti tem muita coisa positiva em que se apoiar, todas vindas do segundo tempo. A mais óbvia é Yildiz, que, mesmo sem marcar, foi eleito o melhor em campo, assim como Openda e David, que reacenderam a disputa com Vlahovic no ataque. Os erros, principalmente defensivos, não são novos e, apesar de remeterem à individualidade, não podem ser ignorados devido à sua recorrência. A solução para isso passa por um nome: Bremer. Thiago Motta, Igor Tudor e Spalletti não encontraram alternativa para preencher o espaço deixado pelo brasileiro, que retornará apenas em 2026.

Apesar disso, a Juventus agora seguirá mais leve na reta final do ano. Na Champions League, receberá o Pafos no dia 10 de dezembro. Antes disso, terá Cagliari e Napoli pela Serie A, além das oitavas da Coppa Italia contra a Udinese, também em Turim. Já o Bodø/Glimt visitará o Borussia Dortmund em busca de sua primeira vitória na competição.

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