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·05 de setembro de 2025
No último tango em Buenos Aires, Messi dá adeus às Eliminatórias com mais uma noite de gala

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O último tango de Lionel Messi em Buenos Aires foi da forma como o craque acostumou os seus torcedores. Na despedida em casa nas Eliminatórias, o camisa 10 fez a sua última atuação de gala no Monumental de Núñez e comandou mais uma vitória da campeã mundial. Com dois gols do craque, a Argentina venceu a Venezuela por 3 a 0.
Líder absoluta das Eliminatórias, a Albiceleste chegou aos 38 pontos e aniquilou o sonho da Venezuela de conquistar uma vaga direta na Copa do Mundo. Na rodada final, a Argentina visita o Equador, enquanto a Vinotinto, que ainda disputa uma vaga na repescagem do Mundial, recebe a Colômbia.
Lionel Messi convocou - como se precisasse - e a torcida argentina fez a sua parte, lotando as arquibancadas do Monumental de Núñez para ver, pela última vez, o camisa 10 desfilar em Buenos Aires em uma partida oficial. O craque e a torcida sabem que o último tango de Messi em solo argentino ainda acontecerá em outro momento, mas a partida convocada pelo atacante ganhou ares de despedida, desde antes da bola rolar.
Emocionado no momento do hino nacional, Messi transformou um jogo protocolar para os Hermanos nas Eliminatórias em uma partida histórica. Em campo, a campeã mundial enfrentou uma seleção venezuelana disposta a estragar a festa. Ainda lutando pelos seus objetivos, a Vinotinto montou uma barreira na frente da sua área.
Logo na primeira escapada, o ataque argentino envolveu a defesa adversária e Julián Álvarez fuzilou Rafael Romo, que fez a sua primeira grande defesa da noite. Apesar da primeira jogada de perigo cedo, a Albiceleste não conseguiu manter a pressão.
A Venezuela esfriou a partida, valorizou quando conseguiu ter a posse e manteve pelo maior tempo possível a Argentina longe da sua área. Porém, apesar da dificuldade, o time de Lionel Scaloni continuou vertical e objetivo nos raros espaços abertos. Aos 21, Messi brigou com quatro marcadores e a bola sobrou para Tagliafico encher o pé em outra defesa de Romo.
Com dificuldade para abrir a retranca montada, a Argentina passou a explorar os momentos de saída da Venezuela para contragolpear em velocidade. Na primeira, Messi recebeu no meio-campo, disparou com a defesa bagunçada e testou novamente o goleiro adversário.
O caminho pavimentado deixou Messi e companhia em alerta. Aos 38, um escorregão de Jefferson Savarino iniciou o contra-ataque letal. Paredes tirou um passe de trivela da cartola e lançou Álvarez. Apesar do instinto artilheiro, o camisa 9, de frente para o goleiro, temporizou a jogada e rolou para Messi dar um toque final de genialidade. O craque, com um toque, encobriu o goleiro e três defensores, assinando um golaço digno da sua genialidade.
Na volta do intervalo, a Argentina teve ao seu favor mais uma vez a postura recuada da seleção venezuelana. Os Hermanos começaram novamente em ritmo moderado e aceleraram a partida ao longo dos 45 minutos finais.
Apesar de seguir criando oportunidades, os comandados de Lionel Scaloni faltaram com capricho nos arremates finais e demoraram para liquidar de vez com a partida. Na metade do segundo tempo, o técnico passou a movimentar a equipe com substituições e ganhou fôlego novo para a reta final.
Aos 31, em mais uma contribuição genial de Lionel Messi, a Argentina ampliou. Enquanto a defesa venezuelana recuava para se defender, o camisa 10 cobrou uma falta rápida e serviu Nicolás González na linha de fundo. O novo atacante do Atlético de Madrid agradeceu o presente e serviu Lautaro Martínez, que precisou de dois minutos em campo, para finalizar na pequena área, marcando o segundo.
O gol animou a seleção argentina para a reta final da partida. Apenas quatro minutos depois, Thiago Almada apareceu com liberdade pelo lado direito e rolou para Lionel Messi completar a sua própria festa. 3 a 0 e uma despedida à altura de um gigante.