Mercado do Futebol
·10 de dezembro de 2025
Novo CEO do Atlético fala sobre dívidas do clube e revela planejamento para 2026: “Recuperar credibilidade”

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·10 de dezembro de 2025

A temporada de 2025 do Atlético foi, mais uma vez, decepcionante para a torcida e para o clube. Com expectativas médias para o ano, o time terminou fugindo do rebaixamento na reta final, e com o vice da Copa Sul-Americana.
Com mudanças internas de peso para o próximo ano, o alvinegro realizou nesta quarta (10), a primeira coletiva com o novo CEO, Pedro Daniel, que assume a vaga deixada por Bruno Muzzi. E o dirigente começou falando sobre sua chegada ao clube alvinegro e também sobre o potencial que enxerga no clube mineiro.
“Sou um profissional do setor do futebol, especificamente. Trabalho há quase duas décadas nessa indústria, quase sempre prestando consultoria, trabalhando com quase todos os clubes da Série A, principalmente. Vários projetos fora, de investidores que entravam no Brasil, de reestruturações, planejamentos estratégicos. Fui líder de trabalho do Fair Play Financeiro, pela CBF. E vejo aqui o Atlético como um potencial gigantesco. Por isso estou aqui, trouxe minha família para cá, morava em São Paulo, pois acredito que podemos fazer algo diferente. Mais uma vez, é um prazer estar aqui. Estou aberto para a gente discutir e debater sobre diversos pontos”.
Além disso, o dirigente comentou sobre o balanço do clube, e as questões sobre a dívida alvinegra, além do fluxo de caixa. O CEO ainda analisou o ano complicado do Galo e comentou sobre como impactará no futuro do clube.
“O fato é, mais importante do que vamos demonstrar no balanço, é como vamos fazer esse casamento de fluxo. Como pensamos em alternativas, seja de fundo e aporte, ele não será afetado no balanço. Então é interessante que a gente tenha ciência de que não necessariamente o balanço retrata o dia a dia, que é o que estamos focados. Cumprir os requisitos novos, resgatar credibilidade. talvez o balanço de abril não vá retratar a realidade do momento. A gente tem uma reunião hoje à tarde sobre isso. O ano ainda não acabou, existe a entrada de recursos que a gente está esperando. Eu não tenho esse número (dívida) no momento. Não vou falar em números porque ainda estamos discutindo. Vou ter isso até o fim da outra semana, uma visão mais clara. Estamos vendo como vamos fazer esse casamento de fluxos. Estamos fazendo toda essa reformulação pautado muito com o CIGA, integração no futebol, e temos que ser mais certeiros. Hoje, não temos um faturamento de dois, três bilhões (de reais). A gente teve um ano difícil. O próximo também é um ano desafiador. Em termos de estrutura de aporte, estamos discutindo todas as alternativas possíveis. Como a gente consegue trabalhar essa estrutura de capital? Estamos trabalhando forte para que, nesse primeiro semestre, a gente consiga ajustar essa parte para o futebol ser o menos afetado possível. Ainda mais que agora temos um órgão regulador e que de fato as penalidades são bem sensíveis”, acrescentou Pedro.
Por fim, Pedro Daniel traçou como meta recuperar a credibilidade do Galo no mercado.
“Talvez seja o ponto um, como recuperar a credibilidade, ser bem visto pelo mercado, e falo em todos os cenários: clube-clube, clube-empresários, clube-atletas. Para isso, ações são necessárias. Existem princípios básicos, como honrar com os compromissos. Não tem coisa pior do que ser punido pelo órgão regulador pelo não cumprimento de normas das competições que participamos. Isso afeta a credibilidade em todos os cenários. Estamos falando de uma SAF, uma empresa de futebol, mas todas as áreas estão conectados. Quando a gente fala do salário do futebol, ele afeta a nossa área comercial, porque quando vai vender patrocínio, propriedades comerciais, o cliente pode não querer atrelar sua marca”, analisou.
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