oGol.com.br
·09 de dezembro de 2024
In partnership with
Yahoo sportsoGol.com.br
·09 de dezembro de 2024
Não há torcedor do Fluminense que não recorde a reação de 2009 no Brasileirão. O "Milagre Tricolor" original se tornou exemplo de superação no campeonato, com um time que chegou a ter 99% de chances de rebaixamento, mas se manteve na elite. Uma probabilidade que o Tricolor voltou a desafiar em 2024.
A virada de 2009 se transformou em um marco no clube, comemorada nas Laranjeiras quase como se valesse um troféu de campeão. Ali surgiu a mística do "Time de Guerreiros", que se sagraria campeão brasileiro por duas vezes nos anos posteriores, em 2010 e 2012. Uma história que o torcedor tricolor sonha repetir em 2025, ano histórico para o clube, com a disputa do Super Mundial da Fifa.
A história de superação o Fluminense já repetiu. O arranque de 2024 foi pior do que o de 2009. As 16 primeiras rodadas foram um desastre, com apenas oito pontos somados. Nunca no Brasileirão dos pontos corridos um time conseguiu se salvar depois de início tão ruim.
Em 2009, Fred retornou de lesão para engrenar uma série impressionante de gols na reta final do Brasileirão. Não fosse pelo "medalhão", na época grande contratação para a temporada, o Fluminense não teria conseguido se manter na elite para construir a história de sucesso da última década. Thiago Silva acabou por ter papel semelhante, apesar das posições diferentes.
Antes da chegada de Thiago Silva, o Fluminense havia sofrido gols em todos os jogos disputados. Inclusive nas três rodadas iniciais com Mano Menezes e nas duas anteriores, sob comando interino de Marcão. O Tricolor vinha de 13 jogos sem vencer no campeonato, cinco já sem Fernando Diniz, e as esperanças de mudanças com a saída do técnico campeão da Libertadores já se esvaiam.
A reestreia do Monstro marcou o fim da seca, além do primeiro jogo sem sofrer gols. Improvisado como zagueiro, Thiago Santos cresceu de produção de forma imediata ao lado do companheiro mais experiente. "Peneira" no primeiro turno, o Fluminense terminou como quarta melhor defesa do campeonato.
Mano Menezes, também importante na mudança para dar mais solidez defensiva, encerrou o Brasileirão como técnico com melhor média de gols sofridos - 0,72 por partida, contra 0,76 de Artur Jorge (contando apenas técnicos com mais de cinco jogos).
A reação do Fluminense não foi a única espetacular na temporada. O Corinthians, outro com problemas no início do Brasileirão e candidato ao rebaixamento, acabou por conseguir uma improvável vaga na Libertadores, em uma arrancada liderada por reforços de meio de temporada, entre eles Memphis Depay, que formou parceria marcante com Yuri Alberto, artilheiro do torneio.
Vitória e Grêmio acompanharam o Fluminense no Z4 no primeiro turno e terminaram salvos. O time rubro-negro terminou em 11º e se salvou sem deixar seu torcedor aflito. Já o Imortal encerrou em 14º, com a última vaga da Sul-Americana.
Assim como o Fluminense, o trio terá calendário internacional para 2025. O momento é de alívio, e a expectativa é que a próxima temporada seja de menos aflições para todos.